Alexandre Leboutte, J. Comércio - 22/08/2012
Depois de quase duas horas de discursos inflamados por parte da oposição, com críticas ao endividamento do Estado, a Assembleia Legislativa aprovou ontem, por unanimidade, o projeto que autoriza o Executivo a contratar um empréstimo de R$ 785 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), com juro anual de 1,5% e prazo de pagamento de 20 anos. Foram 51 votos a favor e nenhum contrário.
Na tribuna, o líder do PMDB, Márcio Biolchi, chegou a dizer que votaria favorável à proposta, mas criticou o governo por já ter tomado “mais de R$ 4 bilhões em empréstimos” em um ano e meio. “Voto favorável pela importância de o governo ter capacidade financeira para o custeio, para os investimentos, para atender às demandas que a sociedade apresenta”, disse o parlamentar, ponderando estar preocupado.
“Podemos estar inaugurando a consolidação de um novo problema crônico para o Rio Grande do Sul, transferindo para o futuro uma conta que não é insignificante, e fazendo com que o Estado perca a capacidade de investimento com recursos próprios”, observou o deputado Biolchi.
Antes dele, o líder do PSDB, Lucas Redecker, já havia usado o microfone para revelar preocupação com “o aumento do déficit do Estado, o saque no caixa único e o endividamento”, e destacou que a bancada tucana propôs uma emenda ao projeto, para que parte dos recursos recebidos do Bndes fosse aplicada na amortização de dívidas já existentes com juros mais altos.
A emenda acabou sendo retirada, em virtude de um acordo com o líder do governo, Valdeci Oliveira (PT), que se comprometeu a tratar do tema com Redecker. Ainda na linha das críticas, Paulo Odone (PPS) disse que os empréstimos já ultrapassaram muito a capacidade de endividamento do Estado. “A solução é a mais enganosa possível. É uma forma de antecipar receita”, reclamou.
Na sequência, Zilá Breitenbach (PSDB) cobrou o uso de recursos próprios. “Onde estão os R$ 11 bilhões que o governador disse que tinha para investir? Por que não usa esse dinheiro? E por que não aceita a nossa emenda?”, questionou a tucana.
Diante das críticas, Nelsinho Metalúrgico (PT) afirmou que a oposição estava “atônita” e que ia à tribuna apenas “para criar confusão”. “O governo federal disponibiliza R$ 20 bilhões a 1,5% ao ano e ainda vem deputado reclamar”, provocou, dizendo tratarem-se de recursos para acesso asfáltico e outros investimentos. “São recursos para mudar o patamar da economia do Rio Grande do Sul”, justificou. O líder da bancada petista, Edegar Pretto, acrescentou que o dinheiro será investido em infraestrutura energética, presídios, educação, saúde e segurança. “Estamos fazendo investimentos que vão levar o Estado, daqui a 20 anos, a recuperar a condição de destaque no cenário nacional”, defendeu.
Indignado com a fala de Nelsinho Metalúrgico, Frederico Antunes se disse “atônito, confuso e perplexo com um governador (Tarso Genro, PT) que prometeu durante a campanha que pagaria o piso para o magistério e que não mexeria na Previdência”.
Faltando poucos minutos para o encerramento da sessão, os discursos se encerraram, e todos votaram a favor do empréstimo.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=101641
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Na tribuna, o líder do PMDB, Márcio Biolchi, chegou a dizer que votaria favorável à proposta, mas criticou o governo por já ter tomado “mais de R$ 4 bilhões em empréstimos” em um ano e meio. “Voto favorável pela importância de o governo ter capacidade financeira para o custeio, para os investimentos, para atender às demandas que a sociedade apresenta”, disse o parlamentar, ponderando estar preocupado.
“Podemos estar inaugurando a consolidação de um novo problema crônico para o Rio Grande do Sul, transferindo para o futuro uma conta que não é insignificante, e fazendo com que o Estado perca a capacidade de investimento com recursos próprios”, observou o deputado Biolchi.
Antes dele, o líder do PSDB, Lucas Redecker, já havia usado o microfone para revelar preocupação com “o aumento do déficit do Estado, o saque no caixa único e o endividamento”, e destacou que a bancada tucana propôs uma emenda ao projeto, para que parte dos recursos recebidos do Bndes fosse aplicada na amortização de dívidas já existentes com juros mais altos.
A emenda acabou sendo retirada, em virtude de um acordo com o líder do governo, Valdeci Oliveira (PT), que se comprometeu a tratar do tema com Redecker. Ainda na linha das críticas, Paulo Odone (PPS) disse que os empréstimos já ultrapassaram muito a capacidade de endividamento do Estado. “A solução é a mais enganosa possível. É uma forma de antecipar receita”, reclamou.
Na sequência, Zilá Breitenbach (PSDB) cobrou o uso de recursos próprios. “Onde estão os R$ 11 bilhões que o governador disse que tinha para investir? Por que não usa esse dinheiro? E por que não aceita a nossa emenda?”, questionou a tucana.
Diante das críticas, Nelsinho Metalúrgico (PT) afirmou que a oposição estava “atônita” e que ia à tribuna apenas “para criar confusão”. “O governo federal disponibiliza R$ 20 bilhões a 1,5% ao ano e ainda vem deputado reclamar”, provocou, dizendo tratarem-se de recursos para acesso asfáltico e outros investimentos. “São recursos para mudar o patamar da economia do Rio Grande do Sul”, justificou. O líder da bancada petista, Edegar Pretto, acrescentou que o dinheiro será investido em infraestrutura energética, presídios, educação, saúde e segurança. “Estamos fazendo investimentos que vão levar o Estado, daqui a 20 anos, a recuperar a condição de destaque no cenário nacional”, defendeu.
Indignado com a fala de Nelsinho Metalúrgico, Frederico Antunes se disse “atônito, confuso e perplexo com um governador (Tarso Genro, PT) que prometeu durante a campanha que pagaria o piso para o magistério e que não mexeria na Previdência”.
Faltando poucos minutos para o encerramento da sessão, os discursos se encerraram, e todos votaram a favor do empréstimo.
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