terça-feira, 28 de agosto de 2012

Mercadante: escola de tempo integral é o futuro da educação


28 de agosto de 2012 10h35 atualizado às 11h26


O ministro da Educação Aloizio Mercadante participou nesta terça, dia 28, do evento de lançamento da campanha institucional do Grupo RBS "A Educação precisa de respostas", que tem por objetivo debater problemas e apresentar soluções para o setor. Durante sua fala, transmitida ao vivo, o ministro citou que o MEC deve lançar no próximo ano um concurso para a escolha do melhor professor brasileiro e destacou ainda a importância do ensino em turno integral no País. "Nunca colocamos a educação como prioridade na história do País. (...) E sem educação integral o Brasil não dará um salto", disse ao afirmar que esse é o melhor caminho para se conseguir uma melhora nos índices.

O ministro, que respondeu a perguntas de educadores, especialistas e de pessoas ligadas à educação no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, assumiu que o País tem deficiência na formação dos professores, principalmente os alfabetizadores e nas áreas de física química e matemática. "Estamos estimulando programas de bolsas para o professor se qualificar", disse. No entanto, destacou que o Brasil, que ocupa a 88ª posição no ranking da educação mundial organizado pela Unesco, foi o País que mais evoluiu nos últimos anos.

Mercadante também voltou a falar sobre os desafios do ensino médio e disse que em outubro a pasta fará uma reunião para definir mudanças e incentivos. Recentemente o MEC anunciou que mudará a forma de avaliar a qualidade do ensino. A proposta é substituir a Prova Brasil, avaliação que compõe o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O ensino médio é considerado o "gargalo" da educação básica, por registrar altos índices de abandono e reprovação, além de problemas na aprendizagem.

O ministro também cobrou participação e atenção da família na educação dos filhos, para todos os níveis de ensino. "Tem que ter parceria entre segurança pública, escola, família. Assim as crianças terão um desempenho melhor". Uma das prioridades no MEC, a alfabetização na idade certa, também foi destacada no debate. Para Mercadante, esse é um dos principais problemas da educação e um dos fatores que puxam o Rio Grande do Sul para baixo no Ideb.

Para Mercadante, com a distribuição de tablets a escolas públicas e o treinamento de professores, o governo começa a equilibrar a relação dos docentes com os alunos. "Temos professores analógicos, do século 20, e alunos digitais, do século 21. Teremos toda a bibliografia necessária dentro dos tablets, além dos vídeos da Khan Academy, o que ajudará os professores e motivará os alunos".

O painel também reuniu os secretários de Educação do Rio Grande do Sul, Jose Clovis de Azevedo, e de Santa Catarina, Eduardo Deschamps, o conselheiro da organização Todos Pela Educação Mozart Neves Ramos e a secretária municipal de educação do Rio de Janeiro Claudia Costin.

Comentário

“Nunca colocamos a educação como prioridade na história do País.” Palavras  do ministro, em que concordamos plenamente.

Mas,  será que no presente colocamos  a educação como preocupação preferencial? 

Vejamos: Piso salarial dos educadores na rede estadual  gaúcha menor que R$ 450,00. (20h)

Por enquanto,  os investimentos em educação existem, principalmente,  nos discursos...

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