sexta-feira, 31 de maio de 2013

Governo Tarso tenta desmobilizar a categoria com ataques

Agindo de modo autoritário e desrespeitoso, o governo Tarso decidiu cortar o ponto dos educadores que participaram da greve nacional realizada em abril. Um corte feito de forma unilateral e com um viés revanchista, uma vez que se nega a discutir o assunto com o sindicato que representa a categoria. As reuniões que aconteceram foram de fachada, com o governo apenas fingindo que negocia. Abaixo, veja o ofício encaminhado pelo sindicato aos seus núcleos.



OF. CIRC. Nº 029/2013                                  Porto Alegre, 29 de maio de 2013.

Senhor(a) Diretor(a) Geral:

Como é do conhecimento de todas(os), o Governo Tarso, de forma autoritária, interrompeu o processo de negociação e descontou os dias de greve de parte da categoria.

                                              
Diante disso esclarecemos o que segue:


  1. Na audiência solicitada pelo Sindicato, os seus representantes em nenhum momento informaram que haveria desconto de salário;
  2. No dia 03 de maio de 2013 encaminharam um ofício, por solicitação da Direção do CPERS/Sindicato, que também não faz referência a descontos dos dias parados;
  3. Diante da falta de diálogo e da postura intransigente deste Governo, estamos, mais uma vez, orientando que as escolas, mesmo já tendo discutido e aprovado seus calendários, não efetuem a recuperação dos dias de greve antes de termos a garantia do abono das faltas;
  4. Informamos que, conforme deliberação do Conselho Geral, marcamos, para o dia 21 de junho, “um Ato Estadual, em Porto Alegre”, às 10 horas, com concentração no CPERS/Sindicato;
  5. Orientamos que os Núcleos devem fortalecer a campanha de denúncia contra o Governo e seus seguidores, principalmente “o Secretário da Educação Jose Clovis de Azevedo”;
  6. Por fim, informar que na semana que vem estará nos Núcleos cartaz chamando para o Ato, panfleto e, também, faremos uma campanha de rádio para fortalecer a nossa pressão.

Sendo o que tínhamos para o momento, lembramos “que nossos direitos só a luta faz valer”.

Direção Estadual do CPERS/Sindicato.

Fonte:  CPERS/Sindicato

terça-feira, 28 de maio de 2013

'NA FINLÂNDIA, A PROFISSÃO DE PROFESSOR É VALORIZADA'

No país que está entre os melhores em rankings de educação, docentes dão aula em só uma escola e têm liberdade de avaliar

Na análise de quaisquer que sejam os rankings de educação, é praticamente certo que a Finlândia - país nórdico de cerca de 5 milhões de habitantes (mesma quantidade de alunos da rede estadual de São Paulo) - esteja presente nas primeiras posições. Por ter um dos melhores sistemas de ensino do mundo, representantes do Ministério da Educação do país foram convidados a vir a São Paulo para detalhar o modelo que pode servir de inspiração ao Brasil. O evento foi promovido pelo Colégio Rio Branco e pela Embaixada da Finlândia.

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, ao jornalista Davi Lira,  a Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia, disse que a principal "receita do sucesso" tem a ver com o trabalho do professor, cuja profissão é valorizada e muitos jovens querem segui-la.

A valorização da carreira dentro da própria sociedade foi observado pela educadora Esther Carvalho, diretora-geral do Colégio Rio Branco, que visitou o país em duas ocasiões. "Mesmo não sendo um dos mais altos salários pagos em comparação com outros países europeus, lá o professor tem um prestígio social. Isso é evidente", fala Esther.

Ao observar o ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2009 - realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) -, o país ficou na 3ª melhor posição, entre mais de 65 países. O Brasil acumulou a 53º posição.

O que mais chama atenção no seu modelo educacional, é a descentralização administrativa das escolas - professor tem poder para remodelar o currículo de seu grupo de alunos -, há pouco dever de casa e as crianças não são expostas a quantidades excessivas de conteúdo. Uma realidade bastante distinta de países asiáticos como Coreia, líder do Pisa. O sistema coreano é reconhecido por exigir bastante dos alunos na escola e fora dela.

Na Finlândia, manter um ambiente propício à aprendizagem, tendo o professor como figura central desse processo é o principal foco do Estado, que financia completamente o ensino básico.

O Estado de S. Paulo - É fácil ser professor na Finlândia?
Jaana Palojärvi - É das profissões mais populares no país. Por isso, nos preocupamos em selecionar bem os profissionais. Apenas 10% dos candidatos que pretendem entrar na universidade para serem professores conseguem fazer o curso. E não se pode ser professor na Finlândia sem ter mestrado.

No Brasil há déficit de professores de Química, Física e Matemática. Faltam esses profissionais na Finlândia?

 
Nossa situação é diferente. É fácil para nós termos professores, pela grande procura. Só em Matemática é um pouco mais difícil.


Professor em seu país dá aula em mais de uma escola?
Sabemos que os professores brasileiros fazem isso, mas não na Finlândia. Lá, o docente dá aula em apenas uma escola. Geralmente fica com o mesmo grupo de alunos, acompanhando-os por cerca de 6 anos.

Qual o salário médio dos docentes?
Eles não são nem mal pagos nem tão bem pagos. O salarial inicial de professor de ensino fundamental é de cerca de € 3.000 (R$ 7.860) por mês.

Qual é o tamanho da carga horária nas escolas finlandesas?
Temos uma das cargas horárias mais curtas do mundo. Nos anos iniciais do ensino fundamental, por exemplo, os estudantes ficam entre 3 e 4 horas na escola apenas.

Então, eles levam muito dever escolar para casa?
Nós não somos muito defensores da tarefa de casa. A quantidade que passamos para os nossos alunos é baixa. É um sistema diferente de países asiáticos, que passam muita tarefa.

Como são feitas as avaliações?
Na educação básica não temos uma avaliação nacional. Em cada sala, o professor é quem decide como avaliar seus alunos. Não acreditamos muito em testes e controle, focamos mais no aprendizado. Temos um sistema bem descentralizado.

No Brasil, o currículo do ensino médio está sendo repensado. A ideia é enxugar a quantidade de disciplinas que podem chegar a 13. Como é o currículo na Finlândia?
Atualmente estamos reformulando o nosso currículo para distribuir melhor os horários de aulas na educação básica. Estamos colocando especial atenção à disciplina de Artes. Queremos impulsionar cada vez mais a criatividade das nossas crianças.
  


Quem define o currículo?
À nível nacional, desenhamos apenas o esqueleto. É no nível da escola que são definidos as especificidades. Algumas escolas por exemplo, tem um perfi que dá mais destaque a aulas de música, por exemplo. As escolas podem incluir cursos extras à seu critério.

E como a tecnologia é utilizada no aprendizado?
Existem escolas que trabalham bastante com a tecnologia aplicada à educação e outras que nem tanto. Mas no geral, as escolas finlandensas estão mais interessadas no processo não no meio. Não importa se os professores utilizam papel ou aparelhos tecnológicos. O mais importante é a qualidade do aprendizado.

Com que idade os alunos finlandeses aprendem a ler?
Nós não esperamos que aprendam a ler antes dos 7 ou 8 anos. As crianças precisam ser crianças.

No Brasil, há críticas quanto a descontinuidade de políticas públicas. Esse problema é enfrentado pela Finlândia?
No início da década de 70 concluimos um intenso debate sobre mudanças no nosso sistema educacional. FOi uma revolução. Mas depois disso, não importa se o governo é de direita ou de esquerda, não foram modificadas até hoje as bases dessa mudança.

No País, existem professores queixam de excesso de alunos por sala. Algumas turmas chegam a ter mais de 40 alunos. Qual é a situação da Finlândia?
Temos menos de 20 estudantes por sala nos anos iniciais do ensino fundamental. Nos outros níveis da educação básica o número não ultrapassa 25 estudante. Nós nos preocupamos bastante com classes com muitos alunos. Sempre incentivamos escolas localizadas em grandes cidades com grande quantidade de alunos a reduzirem o número de estudantes por sala.

Qual a grande mensagem que a Finlândia pode oferecer ao Brasil?
A qualidade e a equidade são os pontos mais importantes. Independentemente da cidade e do bairro em que estejam localizadas as escolas, elas devem oferecer uma boa educação para todos os alunos. Isso é fundamental.

  FONTE - SECOM/CPP

segunda-feira, 27 de maio de 2013

IPE Saúde forte e público


IPE Saúde forte e público é o nosso compromisso

Leia a seguir o artigo do presidente do Ipergs, Valter Morigi. O texto foi divulgado no dia da mobilização capitaneada pela União Gaúcha em defesa do IPE- Saúde, em 22/5. No artigo, o dirigente destaca que acusar o IPE Saúde de ser o “pior plano de saúde do Estado” é, no mínimo, leviano. 

As entidades acusam o IPE de pagar valores aviltantes para a categoria. Isto não é verdade. O valor pago por consulta - R$ 47 – após reajuste de 40% em agosto de 2011 só foi superado por alguns planos neste ano. Os pagamentos quinzenais estão rigorosamente em dia. Atualmente, 1 milhão e 20 mil pessoas têm o IPE Saúde, mais de 10% da população gaúcha.

IPE Saúde forte e público é o nosso compromisso
Valter Morigi, presidente do IPE

Temos acompanhado a mobilização das entidades médicas por aumento nos valores pagos pelos planos de saúde. A reivindicação neste sentido é parte do jogo democrático, porém, acusar o IPE Saúde de ser o “pior plano de saúde do Estado” é, no mínimo, leviano. As entidades acusam o IPE de pagar valores aviltantes para a categoria. Isto não é verdade. O valor pago por consulta - R$ 47 – após reajuste de 40% em agosto de 2011 só foi superado por alguns planos neste ano. Os pagamentos quinzenais estão rigorosamente em dia. 



Atualmente, 1 milhão e 20 mil pessoas têm o IPE Saúde, mais de 10% da população gaúcha. Por ano, R$ 165 milhões são repassados aos cerca de 7 mil médicos credenciados apenas para consultas, sem contar os atendimentos em hospitais e clínicas.

Nosso compromisso é manter o IPE Saúde público e forte. Nossos segurados contribuem com 3,1% do seu salário de servidor público e quando há reajuste para os médicos nada muda para o usuário. Não podemos ser equiparados aos planos privados. Enquanto um plano privado de grande porte realiza 185 mil consultas por ano, os médicos credenciados do IPE fazem 3,5 milhões de atendimentos.

O diálogo com as entidades médicas é constante, para aprimorar os serviços prestados por ambas as partes. Estamos trabalhando para adotar uma nova classificação de procedimentos que substituirá a atual tabela do IPE. Avançamos, por exemplo, na implantação do pin-pad (máquina que registra as consultas realizadas com o cartão magnético e senha do paciente) e no recadastramento anual onde o médico informa quais dias e horários tem disponibilidade de atender pelo plano. Está em fase de finalização a implantação da reserva eletrônica de consultas e o credenciamento eletrônico de prestadores, que vai agilizar o ingresso de profissionais, especialmente do interior do Estado para todas as especialidades. Ampliamos os convênios globais com hospitais. Neste formato, todos os procedimentos feitos na unidade hospitalar conveniada podem ser realizados pelo plano, inclusive anestesia, mesmo que o médico não seja “do IPE”.

Com o fortalecimento da ouvidoria do IPE estreitamos o relacionamento com os segurados. Hoje percebemos com mais eficiência as suas necessidades acolhendo denúncias e orientando sobre cobranças indevidas, dificuldades de conseguir consulta e até mesmo identificando carências de especialidades em determinada região.

Temos certeza de que a parceria entre o IPE e os prestadores de serviço é peça chave para qualificar cada vez mais o plano de saúde do servidor público gaúcho.


http://www.uniaogaucha.org/index.php?go=artigos&editoria=7&uid=292

Fonte: profemarli.comunidades.net
 

 

 

domingo, 26 de maio de 2013

Gastos com estádio pagariam anos de educação


Gastos com estádio em Brasília pagariam 12 anos de educação para 15 mil crianças, diz Cristovam Buarque

 

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que os R$ 1,6 bilhão gastos na construção do estádio de futebol recentemente inaugurado no Distrito Federal seriam suficientes para garantir 12 anos de educação para 15 mil alunos em superescolas. Ele definiu superescolas como escolas muito bem construídas e equipadas, com professores ganhando R$ 9,5 mil por mês e com todas as crianças estudando em horário integral.


Em pronunciamento nesta quarta-feira (22), o senador acrescentou que esses alunos, egressos de um ensino médio de qualidade, poderiam facilmente obter um trabalho que lhes garantisse uma renda mínima mensal de R$ 4 mil.

"Se a gente considera esses R$ 4 mil por mês, ao longo da vida útil desse jovem até ele ficar velho, isso equivale a R$ 26 bilhões. Ou seja, numa visão progressista, a meu ver, esse estádio se transformaria em 17 estádios", afirmou o parlamentar.

Cristovam afirmou ser usual, ultimamente, "dizer que não existe mais esquerda e direita, não existe mais progressista e conservador, que os partidos são todos iguais". Mas, para ele, ainda existe a distinção. O senador definiu como conservador "aquele que comemora as coisas boas que aconteceram". E, como progressista, "aquele que luta pelas coisas boas que ainda falta serem feitas, sem esquecer as boas coisas que aconteceram".

Para Cristovam, a diferença entre um lado e outro reside em como se usa os recursos e quem são os beneficiários desses recursos.


"É como se usa, se na construção de um estádio ou na educação das crianças. O beneficiado é cada um de nós que vai ao jogo, porque prefere ir lá a assistir pela televisão, ou uma vida inteira desses jovens com um salário conquistado graças à educação que receberam. É isso que divide a gente", afirmou o senador, que se considera um progressista. Cristovam teve seu pronunciamento elogiado, em apartes, pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Eduardo Suplicy (PT-SP).
http://www.diariododf.com.br

Fonte: profemarli.comunidades.net




sábado, 25 de maio de 2013

Município é condenado a pagar o piso nacional do magistério, no RS








A Justiça condenou na terça-feira, 21, o município de Herval, localizado na Região Sul do estado, a pagar o piso nacional do magistério a professores da educação básica. A sentença determina que a prefeitura cumpra a lei e salde a diferença devida desde 1º de janeiro de 2009, data na qual o piso deveria ter sido implementado.

Além disso, a administração municipal deverá incluir as despesas correspondentes nas leis orçamentárias. A ação civil pública que pedia o pagamento retroativo foi movida pelo Ministério Público. A sentença não invalida o novo plano de carreira do magistério, instituído por lei municipal em março deste ano.

G1 RS/Foto: Arquivo/Reprodução  - Trespassos News

   


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Gaúcho ganha em média 3,1 salários mínimos, revela IBGE

Rio Grande do Sul está abaixo da média nacional que é de 3,2
24/05/2013 11:28
 

O assalariado gaúcho ganha em média 3,1 salários mínimos, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. O Rio Grande do Sul ocupa a sexta colocação, atrás do Distrito Federal (6,5), Rio de Janeiro (3,8), Amapá (3,8),  São Paulo (3,7) e Roraima (3,4). O rendimento do trabalhador também está abaixo da média nacional: 3,2 salários mínimos.

Em Porto Alegre, o trabalhador assalariado ganha em média 4,4 salários mínimos. A capital gaúcha está empatada com Palmas e Vitória, mas fica atrás de Rio de Janeiro (4,5 salários mínimos), São Paulo (4,6 salários mínimos), Florianópolis (4,8 salários mínimos) e Brasília (6,3 salários mínimos). Na comparação com as demais capitais do Sul, Porto Alegre está atrás de Florianópolis (4,8 salários mínimos), mas à frente de Curitiba (4,1 salários mínimos).

Os maiores salários médios foram identificados no Distrito Federal (6,3 salários mínimos), Rio de Janeiro (3,9 salários mínimos), em São Paulo e no Amapá (3,8 salários mínimos), e em Roraima (3,3 salários mínimos). As menores participações ficaram no Ceará (2,3 salários mínimos), em Alagoas, na Paraíba e no Piauí (2,4 salários mínimos).

Os dados fazem parte das Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre) 2011. O levantamento considerou o valor médio anual do salário mínimo de R$ 510, em 2010, e de R$ 544, em 2011.

Homens recebem 25,7% a mais que mulheres
Quanto ao sexo, o aumento do número de mulheres, entre 2010 e 2011, foi superior ao de homens, 5,7% e 4,7%, respectivamente, mas os homens continuam a predominar, numericamente (57,7% contra 42,3%) e continuam a ganhar mais: em média, R$ 1.962,97, 25,7% a mais do que a média recebida pelas mulheres (R$ 1.561,12).

As mulheres receberam o equivalente a 79,5% dos salários dos homens, porém seus salários médios tiveram um aumento real ligeiramente superior: 2,5% contra 2,4%.

Nível superior eleva salário em 219%
A diferença salarial entre os trabalhadores brasileiros com e sem nível superior pode chegar a 219%, segundo a pesquisa do IBGE. Em 2011, quem tinha nível superior recebia, em média, salário de R$ 4.135 e quem não tinha, R$ 1.294. O estudo mostra ainda que 82,9% dos assalariados não tinham nível superior e 17,1% tinham.

Em 2011, as empresas pagaram os salários mensais mais baixos (média de R$ 1.592), enquanto a administração pública pagou os mais elevados (média de R$ 2.478), seguida das entidades sem fins lucrativos, que pagaram salário mensal médio de R$ 1.691.
http://portallw.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=499310
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quarta-feira, 22 de maio de 2013

O que é pior: o IPE ou a BR116?

O que é pior: o IPE ou a BR116? Estresse, vômitos e viroses! Argh… ninguém merece…

 
Angela Maieski* - 19.05.13
 
Situação um tanto inusitada pela qual a passou uma colega. Moradora de um bairro de São Leopoldo, depois de ser vítima de roubo, furto e arrombamento, sentiu toda a impotência quando um elemento pulou o portão e rendeu sua mãe idosa, em mais um capítulo da novela da insegurança. O fato não acabou em tragédia, mas as marcas do estresse permanecem.

Optou por abandonar a casa da família e alugar outro imóvel na cidade de Estância Velha. Dia desses sofreu com uma indisposição e os problemas de saúde agravados pelo estresse exigiam atendimento médico. Passando muito mal, dirigiu-se para o Hospital da cidade e lá ouviu que não poderiam atendê-la, pois o mesmo não é conveniado ao IPE. Também não podia ser atendida pelo SUS já que seu cartão era de São Leopoldo, como se o atendimento médico não fosse um direito de todo e qualquer cidadão, uma vez que todos são iguais perante a lei.


Hospitais de Novo Hamburgo também não atendem emergências pelo IPE e nesse caso teria a opção do Prontomed, mas cujos médicos não são conveniados e qualquer exame solicitado exige uma nova consulta, com médico credenciado. No caso de uma emergência fica bem complicado, pois é quase impossível agendar uma consulta para o mesmo dia ou para o seguinte. Realizar um exame solicitado por médico não credenciado significa arcar com a despesa proveniente do mesmo, mas como salário de professor não é lá nenhum piso, o melhor é usar o serviço público ou o plano, quando possível.
Assim, correndo o risco de vir a causar um acidente, foi dirigindo pela BR 116, entre uma dor e outra, contendo o vômito para não piorar a situação e conseguiu se atendida na Uban da Scharlau. 


Nenhum exame foi solicitado já que o diagnóstico médico indicou que era uma virose. Ela saiu de lá sob o efeito do Buscopan.

O melhor é esperar que o episódio não se repita, seja motivado por estresse ou virose. Afinal, não se sabe o que é pior, passar mal, correr em busca de atendimento ou enfrentar a BR 116.


*Angela Maieski é Professora Estadual em Novo Hamburgo

 http://nucleo14cpers.blogspot.com.br/

segunda-feira, 20 de maio de 2013

ESTRUTURA DA ESCOLA PROVOCA ADOECIMENTO DOS PROFESSORES

As escolas públicas sempre enfrentaram muitos problemas para garantir sua existência e construir uma estrutura para que os educadores pudessem desenvolver um bom trabalho. Esses problemas permanecem e se agravaram, agora, e se juntam a eles mais alguns, como o crescimento do adoecimento dos professores e a sua deserção da escola pública.

A constatação de não serem escutados quando falam sobre a insuportável rotina escolar, sobre os salários e carreira indigna, sobre não terem acesso a um bom atendimento quanto à saúde, produz em muitos educadores um sentimento de solidão e impotência.

Solidão por sentirem-se incapazes de comunicarem-se, de serem escutados, e, impotência pela falta de solidariedade, pois, ano após ano, não veem suas necessidades serem atendidas.

Essa situação afeta todo o processo educativo.

O papel do educador na escola é fundamental e o seu bem estar, sua saúde física, emocional, psíquica são as bases sobre as quais se assentam a sua força para construir e reconstruir o seu projeto educacional.

Portanto, é impossível separar a saúde do professor do seu trabalho e dos resultados dele esperado. Assim como é impossível construir uma escola pública que forme CIDADÃOS, se o governo e toda a sociedade não se dispuserem a escutar os educadores e priorizar intervenções determinadas pelos seus problemas e pela sua experiência profissional.


Opinião assinada por Eduardo Viana Junqueira.
Psicólogo (CRP 06/71379)

Fonte: Portal do  CPP

domingo, 19 de maio de 2013

O gabarito do concurso

FDRH divulga índice de abstenção do concurso do magistério


Responsável pela coordenação e execução do concurso público do magistério, a Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH) divulga os índices de abstenção para o certame de 2013.

Dos 69.498 candidatos homologados, 5.837 não compareceram. O índice de abstenção ficou em 8,4%.

O gabarito será divulgado dia 24 de maio. 

http://www.fdrh.rs.gov.br/


Prova do magistério estava clara e objetiva

 

Candidatos avaliam prova do magistério como "muito fácil"

 

No ano passado, teste para seleção de novos professores reprovou 92% dos inscritos

"Bah, achei muito fácil a prova". Este foi o comentário que mais se ouvia na saída da prova do magistério no Instituto de Educação, em Porto Alegre. Diferentemente do teste do ano passado, que reprovou 92% dos inscritos, este deve flexibilizar a entrada de mais professores para a rede estadual.

Gisele Rodrigues, 44 anos, tenta uma das 10 mil vagas. Deixou a sala com a prova na mão e muito aliviada.

– Eu fiz o concurso em 2012 e estava difícil demais. Estudei muito e fui muito mal. Desta vez não deu tempo de me preparar, mas as questões estavam bem acessíveis – disse Gisele.

No ano passado, a maior reclamação dos candidatos foi a dificuldade para compreensão dos textos e a inclusão de autores pouco conhecidos na parte de conhecimentos específicos em pedagogia. Ao que parece, pela expressão de alívio dos inscritos, este ano estava mais fácil para quem estudou.

Prova do magistério estava clara e objetiva, dizem especialistasÍndice de abstenção da prova foi de 8,4%, maior do que o apresentado no concurso de 2012

Prova do magistério estava clara e objetiva, dizem especialistas Lauro Alves/Agencia RBS
Especialistas dizem que as questões estavam claras, objetivas, coesas e com textos curtos, diferente da seleção de o ano passado Foto: Lauro Alves / Agencia RBS


Diferente da prova de 2012 que reprovou 92% dos candidatos do concurso do magistério no ano passado, o concurso deste ano deve contemplar o aluno que se preparou e seguiu à risca o edital. Pelo menos é o que acreditam os especialistas consultados por ZH.

Os professores do curso Vigor, especializado em preparação para concursos, analisaram a prova de Anos Iniciais do Ensino Fundamental, _ pois é a que tem o maior número de vagas (2.382) _, e afirmam que estavam claras, objetivas, coesas e com textos curtos, diferente da seleção de o ano passado. 

Para os especialistas, as questões englobaram o cotidiano do professor em sala de aula e também os temas vistos nas aulas de formação, tanto no Ensino Médio como na graduação.

Para Beatriz Margarida Backes, diretora do curso e professora de Língua Portuguesa, a prova estava mais fácil.

— Desta vez pediram um português cotidiano, sem pegadinha. Acredito que até mais do que as vagas previstas para as séries iniciais serão preenchidas — comenta Beatriz.

Docente da área de conhecimentos pedagógicos e específicos para anos iniciais, Clarissa Maria Aquere Szadkoski, afirma que as questões estavam bem menos complicadas e bastantes focadas nas competências e habilidades do professor. Segundo Clarissa, teoria e prática se apresentaram como aliadas:

— Veio ao encontro da pratica do professor em sala de aula. Foi bastante didática e não de exclusão como a última.

O teste de legislação andou pela mesma linha. Flávio Renato Antunes dos Santos, professor da área, avalia que o teste teve clareza, evitando polêmicas.

— A prova de legislação não foi a mais difícil do ano passado. Agora, além de não estar complicada para quem estudou, também apresenta questões mais simples e diretas, facilitando a compreensão do enunciado. Dificilmente será possível anular alguma questão — comentou Santos a respeito do exame para os anos iniciais.

Responsável pela coordenação e execução do concurso público do magistério, a Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH) informou dos 69.498 candidatos inscritos na seleção, 5.837 não foram fazer a prova. 

O índice de abstenção deste ano, de 8,4%, foi maior do que os 7,76% do ano passado. Ainda não há prazo para a divulgação do gabarito oficial. A Secretaria Estadual de Educação pretende nomear os aprovados até agosto deste ano.


ZERO HORA

Fonte: profemarli.comunidades.net

sábado, 18 de maio de 2013

CONCURSO

Provas do concurso estadual do magistério ocorrem no domingo no RS



Entre os mais concorridos do Rio Grande do Sul, o concurso público do magistério ocorre neste domingo, 19, em 30 municípios. As provas serão aplicadas em 147 escolas do estado, a partir das 14h, com duração de 4 horas. O concurso pretende preencher 10 mil vagas, e é realizado pela Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH).


São 69.498 candidatos inscritos.  Das vagas, 26% serão destinadas ao sistema de cotas, sendo 16% aos candidatos negros e pardos e 10% às pessoas com deficiência.


Municípios

O concurso ocorre em Porto Alegre, São Leopoldo, Estrela, Caxias do Sul, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Passo Fundo, Santa Maria, Cruz Alta, Uruguaiana, Osório, Guaíba, Bagé, Santo Ângelo, Erechim, Bento Gonçalves, Santa Rosa, Rio Grande, Santana do Livramento, Palmeira das Missões, Três Passos, Vacaria, Cachoeira do Sul, Soledade, Canoas, Gravataí, São Luís Gonzaga, São Borja, Ijuí e Carazinho.

Validade

O prazo de validade do concurso público será de dois anos, prorrogável por igual período. As vagas disputadas serão para as áreas de Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Educação Básica: Etapas e Modalidades, Educação Profissional e suas Tecnologias (Produção Alimentícia, Recursos Naturais, Controle e Processos Industriais, Infraestrutura, Informação e Comunicação, Gestão e Negócios, Saúde, Hospitalidade e Lazer, Produção Cultural e Design, Produção Industrial e Eixo Interdisciplinar).

Serviço

Data das provas: 19 de maio de 2013.
Horário das provas: 14h às 18h.
Horário de apresentação dos candidatos: 13h.
Horário de fechamento dos portões e de início das provas: 14h.


O candidato pode verificar inscrição e local de prova no site da FDRH. Para a consulta, é necessário indicar o número do CPF e a data de nascimento.



Fonte: Trespassos News ( Com modificações)

Pássaro se choca contra turbina e faz avião com Yeda e outros políticos retornar a Porto Alegre

17.05.13
Um avião da TAM que faria o voo JJ3072, entre Porto Alegre e Brasília, teve um problema na turbina logo depois da decolagem e precisou retornar ao Aeroporto Salgado Filho. Entre os passageiros, estava a ex-governadora Yeda Crusius e outros tucanos que viajavam para a convenção nacional do PSDB.

O professor Wambert Di Lorenzo, que concorreu a prefeito de Porto Alegre em 2012, ouviu um estouro e um clarão na turbina esquerda e avisou os comissários. Wambert estava sentado na poltrona 25 C, no corredor.

— Eu, o rapaz e a moça que estavam na mesma fileira pensamos no pior, mas mantivemos a calma e começamos a rezar. Rezei o Ato de Contrição — contou Wambert, católico praticante.

Quando o avião pousou, depois de minutos que para ele pareceram uma eternidade, Wambert escreveu em seu Twitter: "Voo 3072 da TAM voltou para o Aeroporto depois de estouro e clarão na turbina. Eu e mais 2 passageiros vimos e avisamos à tripulação".

Yeda, de quem Wambert antes aliado agora quer manter distância, estava sentada na parte da frente do avião.

Segundo o comandante, o problema foi provocado por um pássaro que se chocou contra a turbina.

Postado por rosane_oliveira, às 18:26
http://wp.clicrbs.com.br/rosanedeoliveira/2013/05/17/susto-em-aviao-da-tam-que-ia-para-brasilia/?topo=13,1,1,,,13

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sexta-feira, 17 de maio de 2013

O nó do desenvolvimento

SILVIO CACCIA BAVA

 

Já no período Collor (1990-1992), o alinhamento com o neoliberalismo levou o governo a adotar políticas de favorecimento do grande capital, como a isenção de Imposto de Renda sobre a distribuição de lucros, fortalecendo um modelo de crescimento que privilegia grandes empresas e corporações internacionais − uma política que aumentou a desigualdade social, concentrando ainda mais a riqueza no topo da pirâmide social. Seus efeitos perduram até hoje: menos de 10% da população brasileira fica com cerca de 50% da renda nacional.

Vários mecanismos foram utilizados desde então para reforçar políticas que beneficiam o grande capital, preservam privilégios e colocam o Brasil entre os países mais desiguais do planeta.

No início de seu primeiro governo, em 1995, Fernando Henrique Cardoso ofereceu uma cesta de bondades para os mais ricos: redução da alíquota do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) das instituições financeiras de 25% para 15%; redução do adicional do IRPJ de 12% e 18% para 10%; redução da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido de 30% para 8%, depois elevada para 9%; dedução dos juros sobre capital próprio, que permite às empresas pagar juros de mercado para seus acionistas sobre o capital detido por cada um, como se fossem empréstimos, reduzindo assim os impostos a pagar de 34% para 15%; redução da alíquota máxima do Imposto de Renda de Pessoas Físicas de 35% para 27,5%.

Em 1999, em pleno segundo mandato, FHC lançou o Pacote Fiscal 51, aumentando os tributos sobre o consumo, isto é, a tributação sobre os mais pobres. Como? Elevando em 50% a Cofins – de 2% para 3%; aumentando a base de incidência do PIS/Pasep e da Cofins; aumentando em 90% a CPMF, hoje extinta, de 0,20% para 0,38%, entre outras medidas.

O fato é que no início do Plano Real um trabalhador começava a pagar Imposto de Renda a partir de 10,48 salários mínimos; em 2005, a partir de 3,88 salários mínimos. Em 1996, as famílias com menos de dois salários mínimos gastavam 26% de sua renda para pagar impostos; em 2002, esse percentual chegou a 46%. Já para as famílias com renda superior a 30 salários mínimos, os índices eram de 7,3% em 1996, passando para 16% em 2002.2

A tributação sobre o consumo representa hoje mais de 50% da carga tributária bruta; a tributação sobre a renda, 20,5%; a tributação sobre a propriedade, apenas 3,3%. Em nenhum país do mundo com o qual o Brasil possa se comparar o Imposto de Renda é tão favorável aos mais ricos: nossa maior alíquota é de 27,5%, e a França acaba de aprovar em seu Parlamento o limite máximo de 66,6%. Essas políticas tributárias permanecem intocadas até hoje.

Se a arrecadação dos tributos mostra uma sociedade profundamente desigual, o gasto público não faz mais do que reforçar isso. Em 2010, o total dos impostos arrecadados pelo governo correspondeu a 33,56% do PIB. Vejamos a quem se destinam esses recursos.

Em 2011, o governo gastou R$ 708 bilhões, ou 45,05% dos impostos arrecadados, com o pagamento dos juros e amortizações da dívida pública. Os credores são bancos nacionais e estrangeiros (55%), fundos de investimento (21%), fundos de pensão (16%) e empresas não financeiras (8%). Em 2012, se comparados os quatro primeiros meses com o gasto no mesmo período em 2011, mesmo com a redução da taxa Selic, o volume de recursos destinados a pagar essa conta aumentou 40%, chegando a R$ 369,2 bilhões. É um cenário preocupante, já que nesse mesmo ano foram destinados, do Orçamento Geral da União, 2,99% para a educação, 4,07% para a saúde e 2,85% para a assistência social.

Nossa Constituição, em seu artigo 166, assegura que a prioridade na execução orçamentária é o pagamento da dívida, e, quando forem necessários cortes no orçamento para cumprir essa prioridade, eles se aplicarão a outras rubricas, por exemplo, nas políticas sociais. Com a mesma lógica, a Lei de Responsabilidade Fiscal só limita os gastos e investimentos sociais, dando liberdade total para o aumento dos juros e o custeio da política monetária.

Somando os estoques da dívida interna (R$ 2,637 trilhões) com a dívida externa (R$ 788 bilhões), o Brasil tem uma dívida bruta acumulada que corresponde a 78% do PIB, base de cálculo para a remuneração dos rentistas atuantes no setor financeiro, que se estima sejam 22 mil famílias ampliadas e grandes bancos e corporações, em sua maioria estrangeiros.3

Vale ressaltar que as tentativas de fazer uma auditoria da dívida foram barradas pelo Senado em 1992, apesar das evidências de flagrantes ilegalidades e questionamentos sobre a composição da dívida. Por iniciativa da sociedade civil, no ano 2000 foi realizado o Plebiscito da Dívida. Na ocasião, votaram 6 milhões de brasileiros, que propuseram o não pagamento da dívida pública enquanto não fosse realizada a auditoria prevista na Constituição Federal de 1988. De lá para cá, só estamos pagando mais para os rentistas.

SILVIO CACCIA BAVA é diretor e editor-chefe do Le Monde Diplomatique Brasil

1 Este artigo se apoia num excelente livro recém-publicado: Antonio David Cattani e Marcelo Ramos Oliveira (orgs.), A sociedade justa e seus inimigos, Tomo Editorial, Porto Alegre, 2012.

2 Fátima Gondim Farias e Marcelo Lettieri Siqueira, “Bases tributárias brasileiras – Penalizando os pobres e beneficiando os rentistas”. In: Antonio David Cattani e Marcelo Ramos Oliveira (orgs.), op. cit.

3 Maria Lucia Fatorelli, “Bolsa Rico”. In Antonio David Cattani e Marcelo Ramos Oliveira (orgs.), op. cit.

Fonte: CPERS/SINDICATO

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Pesquisa da USP mostra desinteresse de alunos em seguir o magistério

Uma pesquisa feita na Universidade de São Paulo (USP) mostra que metade dos alunos de licenciatura nas áreas de matemática e física não pretende ou tem dúvidas quanto a seguir a carreira de professor de educação básica. Dos que cursam licenciatura em física, 52% não pretendem ser professores ou tem dúvidas. Em matemática, o percentual é 48%. A pesquisa ouviu um total de 512 estudantes recém-ingressantes da USP, incluindo também alunos de pedagogia e medicina. 

A pesquisa Atratividade do Magistério para a Educação Básica: Estudo com Ingressantes de Cursos Superiores da USP, da pedagoga e mestre em educação pela Faculdade de Educação da USP Luciana França Leme selecionou as duas disciplinas de licenciatura em função da escassez de professores nas áreas de exatas. A estimativa do Ministério da Educação (MEC) é que o déficit de professores nas áreas de matemática, física e química seja de cerca de 170 mil.

A baixa remuneração do magistério, as más condições de infraestrutura das escolas e o desprestígio social da profissão estão entre os motivos apontados pelos estudantes para a falta de interesse em seguir a carreira. Segundo a pedagoga, a dificuldade de implementar em sala de aula o ensino da matemática e da física e a concorrência com profissões como as do mercado financeiro também afastam das salas de aula quem se forma nessas áreas.

“Pesquisados disseram que escolheram o curso porque gostam de matemática e física. Mas gostar é uma coisa, outra é o ensino dessas matérias que engloba habilidade como o pensar a matemática, as ciências, e saber ensinar a matemática e verificar como o aluno está aprendendo”, destacou. “Outro fator é o mercado de trabalho. Um aluno formado na USP, nessas disciplinas, pode trabalhar com pesquisa, pós-graduação, no mercado financeiro. A profissão de docente acaba concorrendo com outras opções”, disse Luciana França Leme. A questão de gênero também é apontada pela pesquisadora. “Física e matemática tem muitos alunos homens e as mulheres seguem mais a carreira de professor.”

Na avaliação da pesquisadora, reverter esse quadro de desinteresse pelo magistério requer um plano de atratividade com metas claras e de longo prazo. “É importante uma articulação de vários fatores, igualar os salários com os de profissionais com a mesma formação, reconhecimento e fortalecimento profissional, e despertar o interesse pela profissão ao longo da vida estudantil”, disse.


Yara Aquino, da Agência Brasil

Fonte: CPERS/SINDICATO

terça-feira, 14 de maio de 2013

MANOBRA MAQUIA GASTOS COM EDUCAÇÃO

Parecer do relator do Plano Nacional de Educação (PNE) no Senado, José Pimentel (PT-CE), altera texto aprovado na Câmara e permite a inclusão de gastos com programas como Ciência sem Fronteiras para que governo atinja investimento de 10% do PIB na área

Após lutar contra a meta de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para educação, o governo federal optou por uma manobra contábil para maquiar a conta. O novo parecer do relator do Plano Nacional de Educação (PNE), José Pimentel (PT-CE), altera a redação aprovada na Câmara dos Deputados, que previa 10% de investimento federal em educação pública. Agora, o texto cita "investimento público em educação".

A mudança, com a supressão do adjetivo "pública", fará com que sejam incluídas na conta, por exemplo, a renúncia fiscal com o Programa Universidade para Todos (ProUni), que concede bolsas em instituições particulares de ensino superior, e os investimentos do Ciência sem Fronteiras (CsF), que envia estudantes brasileiros a faculdades fora do País.

O PNE estabelece 10 diretrizes e 20 metas para serem cumpridas dentro de dez anos. A leitura do parecer de Pimentel deve ocorrer amanhã, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, mas a mudança nos termos e suas implicações já são contestadas por entidades ligadas à educação.

"Da forma como está, o parecer fragiliza a concepção de que a educação pública é o caminho para o desenvolvimento do País", criticou o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu.


Outra mudança que consta no parecer é a eliminação da chamada meta intermediária. O texto que saiu da Câmara estabelecia que se devia chegar a um patamar de 7% do PIB no quinto ano de vigência do PNE e a 10% ao final do decênio. O parecer de Pimentel, porém, elimina a meta intermediária, livrando a presidente Dilma Rousseff de cobranças, caso seja reeleita.

O coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, critica a medida. "A meta intermediária era um objetivo para o governo Dilma Rousseff, e a sua eliminação a isentou da responsabilidade", afirmou o coordenador-geral.

"A gente considera o ProUni e o Pronatec (programas de bolsas para os ensinos técnico, profissionalizante e superior) políticas transitórias. Dinheiro público deve ser investido em educação pública", disse Cara.

O Estado não conseguiu entrar em contato com Pimentel na sexta-feira, mas, em outras ocasiões, ele havia dito que o texto da Câmara sobre o PNE "inviabilizava o ProUni e o Ciência sem Fronteiras".

Se em 2011 o investimento público em educação já considerasse como despesa em educação as bolsas do CsF e o dinheiro do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o porcentual investido - que foi de 5,3% - passaria para 6,1%.

Tentativa anterior. Em 2012, o deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR) tentou manobra contábil semelhante quando relatava o PNE na Câmara, mas a pressão de entidades e sindicatos o fez recuar. Nos bastidores, o Palácio do Planalto atuou contra os 10% do PIB - o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a dizer que o PNE ia "quebrar" o Estado brasileiro. Depois, o governo mudou de estratégia e optou por aderir à campanha, ressaltando que é preciso garantir fonte de financiamento.

SECOM / CPP
Fonte: "O Estado de São Paulo"

domingo, 12 de maio de 2013

Consumidores podem ter bebido 600 mil litros de leite contaminado, diz MP

Os gaúchos ainda se estarreciam com o escândalo das licenças ambientais quando a descoberta de uma nova fraude fez o Rio Grande do Sul novamente amanhecer perplexo na quarta-feira passada. Desta vez, o crime tornado público era a adulteração de leite. Sinônimo de saúde, continha ureia e formol — substância cancerígena — devido à ação de transportadores em busca de lucro fácil.

Depois de um ano do começo de investigações, em abril de 2012, quando os primeiros lotes adulterados foram identificados em análises do Ministério da Agricultura, a operação Leite Compen$ado foi deflagrada em Ibirubá, Guaporé e Horizontina. Com o Ministério Público (MP) à frente da ação, foram presas oito pessoas ainda na quarta-feira e um nono acusado se apresentou à Polícia Civil no dia seguinte.

Após a coleta nas propriedades, os atravessadores faziam a adulteração antes de entregarem o leite nas indústrias. Chegavam a colocar água de poço para ganhar em volume e adicionavam ureia para evitar que a diluição fosse detectada nos testes.

Estima-se que, durante um ano, cerca de 100 milhões de litros foram transportados pelos fraudadores. Como consequência da operação, foram retirados, ainda na quarta-feira, lotes específicos de três marcas: Italac, Líder e Mu-mu. Uma quarta, Latvida, teve produção e venda totalmente proibida por falta de condições adequadas na indústria. Somados os lotes, cerca de 600 mil litros chegaram ao mercado desde junho de 2012.

As interceptações telefônicas do MP mostrariam que os envolvidos tinham ciência do risco à saúde. Em uma das conversas, um transportador orientava a separação de leite ainda não fraudado para seus filhos.

Na quinta-feira, a VRS Indústria de Laticínios, dona da Latvida, foi proibida de envasar outras três marcas: Hollmann, Goolac e Só Milk. A empresa de Estrela foi punida por ignorar determinação da Secretaria da Agricultura de parar a produção. No dia seguinte, foi descoberto que o leite Latvida, mesmo com venda proibida desde 1º de abril por deficiências estruturais da empresa, foi consumido por cerca de 600 crianças e adolescentes em situação de risco abrigados pela Fundação de Proteção Especial do Rio Grande do Sul.

Para o produtor José Ernesto Ferreira, vice-presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando), é importante o consumidor não confundir uma fraude pontual com a credibilidade do setor.

Fonte: Trespassos News

ÀS MÃES

Por Siden* - 12.05.13
Sentado à frente do computador, com as mãos no teclado, fico a pensar: O que posso escrever em homenagem às mães que ainda não foi dito?

Talvez falte inspiração...

Não quero chorar saudades?

Quem sabe...

Mãe, Obra Prima de Deus!  Ah! Mas não é original a expressão. Já escreveram isso...



Mãe! Tenho saudades da minha!

Hoje, ouvindo uma música lembrei-me dela...

Minha Mãe era muito musical...

Dizia a letra: “Onde você estiver não se esqueça de mim, e quando você lembrar, não esqueça que eu, não consigo tirar você da minha vida...”

Aprendi a gostar de música com  minha Mãe...

Minha Mãe era “Show”... Rebelde... Indignava-se com a injustiça... Lutadora!

Bem humorada...
 


Se sua Mãe vive, dê-lhe um grande abraço. Um não. Dois!! Um por mim.

Queria, nesse domingo, abraçar a todas as Mães...

Permitam que repita a sentença:

Tenho saudades da minha!

Senti um arrepio...

Quem sabe, desta vez, Ela que veio me abraçar...

De repente, tenho a impressão de escutar as melodias que Ela cantarolava...

“Onde você estiver não se esqueça de mim...”
FELIZ DIA DAS MÃES, EM ESPECIAL, ÀS PROFESSORAS E FUNCIONÁRIAS DE ESCOLA!
ABRAÇOS!
*Siden Francesch do Amaral é Professor Estadual.
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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Maior rigor no Enem vai zerar alunos que fizerem piadas

O Ministério da Educação fez alterações no edital deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tornando-o mais rigoroso. Uma das medidas é que as redações com inserções indevidas serão zeradas. Outra mudança prevê que serão aceitos apenas desvios gramaticais excepcionais e que não caracterizem reincidência. Antes, eram permitidos "escassos" desvios.

Em 2013, as provas do Enem acontecerão em 26 e 27 de outubro. Os candidatos têm até o dia 29 de maio para pagar a inscrição. O edital com as regras do exame será divulgado nesta quinta-feira, 9. No primeiro dia, será a prova de ciências humanas e da natureza. No segundo dia, os candidatos passarão pelo teste de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática.

A correção das redações será mais rígida. A expectativa é que uma a cada três redações irá para um terceiro corretor, antes o índice era de aproximadamente 21%. Isso ocorrerá quando houver uma discrepância de mais de 100 pontos entre os dois primeiros corretores. No ano passado, a discrepância tinha que ser de mais de 200 pontos para que fosse encaminhado a um terceiro avaliador.

O edital também prevê maior rigor para os corretores, que terão mais horas de capacitação e serão acompanhados e avaliados. Eles poderão ser dispensados inclusive durante a correção.

Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, as mudanças foram implantadas porque as regras aplicadas anteriormente não mostraram resultado satisfatório. Apesar do maior rigor, sobre as questões gramaticais, Mercadante diz que caberá à banca considerar o erro uma exceção ou não. "A regra é clara, mas a interpretação do juiz nem sempre é um consenso. Tem um grau que compete à banca, não tem como prever o grau que será aceito ou não. O que podemos dizer é que será mais rigoroso", diz.

Ele explicou também que tanto para a nota máxima na redação, que é mil, quanto para erros gramaticais considerados exceção será preciso uma justificativa dos avaliadores.

Outra novidade é que será divulgado no cartão de inscrição um telefone pelo qual candidatos com alguma condição especial (gestantes, pessoas com deficiência) serão orientados. Essa edição trará também dois modelos de prova com letra maior - uma com fonte tamanho 18 e outra 24.


Os candidatos com renda mensal per capita de até 1,5 salário mínimo estão isentos da taxa de inscrição. Antes, eram isentos apenas aqueles com renda de até um salário minimo per capita. Os estudantes de escolas públicas continuam sem ter de pagar pela inscrição.

Mercadante desmente a intenção de cobrar a taxa daqueles que faltarem à prova, mas ressalta que o gasto é calculado pelo número de inscrições. "Apelo para aqueles que se inscreverem para que realmente façam o Enem. Os custos levam em conta os inscritos e temos tido uma diferença importante". No ano passado, foram 5,8 milhões de inscritos. Desses, 4,3 milhões fizeram a prova.

As inscrições começam na próxima segunda-feira, 13, até o dia 27 de maio. Os candidatos podem pagar a taxa de inscrição até o dia 29 de maio. As provas serão aplicadas nos dias 26 e 27 de outubro. Os portões serão abertos às 12h (horário de Brasília).

Agência Brasil/

Fonte: Trespassos News

quarta-feira, 8 de maio de 2013

QUEM QUER SER PROFESSOR?

O governo federal alardeia que ser professor é exercer "a profissão que pode mudar o País", mas o que se comprova é que se trata de uma carreira que vem perdendo prestígio e pela qual há cada vez menos interessados.

O problema é especialmente grave no ensino de ciências exatas, essencial para o crescimento de qualquer país. Embora não se trate de algo novo, o fenômeno tem se acentuado nos últimos tempos, e há novos levantamentos mensurando o grande desinteresse dos jovens pelo desafio de ensinar e, dessa forma, "construir um Brasil mais desenvolvido", como diz a propaganda oficial destinada a atrair mão de obra para as salas de aula.

Uma pesquisa recente feita com ingressantes nos cursos de licenciatura em matemática e física na Universidade de São Paulo (USP) mostra que cerca de 50% deles não estão muito dispostos a dar aula nas respectivas áreas. O resultado é particularmente importante quando se leva em conta o fato óbvio de que os cursos de licenciatura são justamente aqueles que formam professores para o ensino fundamental e o médio.

A pesquisa constatou que a maioria dos ingressantes nesses cursos de licenciatura optou por eles porque a exigência do vestibular era bem menor, porque o curso é gratuito, porque têm afinidade com matemática ou física e porque abrem caminho para a pós-graduação. O levantamento mostra ainda que os ingressantes em licenciatura se enquadram num perfil socioeconômico mais baixo do que o dos demais cursos na USP, situação que, de acordo com o estudo, se repete em cursos semelhantes em outras partes do Brasil. É, portanto, uma porta de acesso ao ensino superior para as faixas mais pobres da população.

Os estudantes que se disseram em dúvida sobre abraçar a carreira de professor destacaram que podem se sentir estimulados se a escola for "reconhecida por ter um bom trabalho educacional" ou se tiver "autonomia para elaborar projetos educativos, ensinando com certa liberdade". As respostas denotam idealismo dos entrevistados, mas, na prática, impõem condições que hoje não são atendidas na rede pública de ensino, mas apenas nas escolas particulares.

O sistema educacional público no Brasil padece de um erro de enfoque: privilegiam-se os controles de desempenho dos professores - inclusive com a distribuição de prêmios em dinheiro - sem, no entanto, valorizar a carreira em si. Os salários são considerados baixos em vista da importância da profissão. Pretende-se exigir dos professores que sejam conscientes de sua importância social, mas o magro contracheque diz outra coisa.

Além disso, a precariedade das instalações da maioria das escolas públicas evidencia o descaso do Estado com os profissionais de educação, obrigados a lidar com a crônica falta de material e de equipamentos para enfrentar o desafio diário de estimular seus alunos a aprender.

Outro aspecto que foi levantado pelos entrevistados na pesquisa diz respeito ao desprestígio da profissão de professor na educação básica. Estudantes de medicina ouvidos pelos pesquisadores disseram que não se tornariam professores porque, entre outros motivos, a remuneração é baixa, a possibilidade de ascensão profissional é mínima e as condições das escolas são ruins. No entanto, esse mesmo grupo de entrevistados, assim como os demais, enfatizou que considera o professor muito relevante para o País, por ser o responsável pela transmissão de valores e conhecimentos.

Há, portanto, um abismo entre o ideal de uma carreira e sua realidade, demonstrado cabalmente pelo desinteresse dos estudantes de licenciatura. Assim, o déficit de professores de matemática, física e química, que já é de 170 mil, tende a crescer.

O resultado disso é que o desempenho dos alunos da rede pública em ciências exatas, que já é um dos mais fracos do mundo, tem tudo para piorar - a não ser que o governo aja radicalmente e, sem mais delongas, restitua ao magistério o orgulho profissional.

Editorial O Estado de São Paulo desta quarta-feira (8/5).
SECOM/CPP
 

terça-feira, 7 de maio de 2013

Joaquim Barbosa desmascara mídia brasileira

Postado por Juremir em 5 de maio de 2013

Joaquim_Barbosa66_Capa

João Brant, via Direito à Comunicação 
 
 A justiça condena pobres e pretos, gente sem conexão. As
pessoas são tratadas de forma diferente de acordo com seu status, cor de pele ou
poder econômico”
 
 Em discurso no evento de comemoração do Dia
Mundial da Liberdade de Imprensa, realizado pela Unesco, na Costa Rica, no dia 3
de maio, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, afirmou que
a mídia brasileira é afetada pela ausência de pluralismo. Ressaltando que neste
ponto falava como acadêmico, e não como presidente do STF, ele avaliou que esta
característica pode ser percebida especialmente pela ausência de negros nos
meios de comunicação e pela pouca diversidade política e ideológica da
mídia.
 
A apresentação do presidente do STF se deu em quatro partes
voltadas a apresentar uma perspectiva multifacetada sobre liberdade de imprensa.
Na abertura, reafirmou o compromisso da corte e do País com a liberdade de
expressão e de imprensa, e ressaltou que uma imprensa livre, aberta e
economicamente sólida é o melhor antídoto contra arbitrariedades. Barbosa
lembrou a ausência de censura pública no Brasil desde a redemocratização em
1985.

Na segunda parte, o ministro apresentou como o tema é tratado na
Constituição de 1988, que pela primeira vez reservou um capítulo específico para
a comunicação. Segundo Barbosa, no sistema legal brasileiro nenhum direito
fundamental deve ser tratado como absoluto, mas sempre interpretado em completa
harmonia com outros direitos, como privacidade, imagem pessoal e, citando
textualmente o texto constitucional, “o respeito aos valores éticos e sociais da
pessoa e da família”. Nesse sentido, ressaltou o ministro, o sistema legal
brasileiro relaciona a liberdade de expressão com a responsabilidade legal
correspondente. “A lei se aplica a todos e deve ser obedecida. A liberdade de
imprensa não opera como uma folha em branco ou como um sinal verde para violar
as regras da sociedade”, afirmou Barbosa.

Na terceira parte de seu
discurso, Joaquim Barbosa apresentou dois casos em que o Supremo Tribunal
Federal teve que lidar com a liberdade de expressão e de imprensa. No primeiro,
lembrou a a análise que o STF teve de fazer sobre a publicação de obras racistas
contra judeus por parte de Siegfried Ellwanger. Neste caso, a corte avaliou que
a proteção dos direitos do povo judeu deveria prevalecer em relação ao direito
de publicar casos discriminatórios. Em seguida, falou sobre a lei de imprensa,
que foi derrubada pelo Supremo por ser considerada em desacordo com a
Constituição e extremamente opressora aos direitos de liberdade de expressão e
de imprensa.
 
Antes de encerrar, porém, Barbosa fez questão de ressaltar
que não estaria sendo sincero se não destacasse os problemas que via na mídia
brasileira. Falando da ausência de diversidade racial, o ministro lembrou que
embora pretos e mulatos correspondam à metade da população, é muito rara sua
presença nos estúdios de televisão e nas posições de poder e liderança na
maioria das emissoras. “Eles raramente são chamados para expressar suas posições
e sua expertise, e de forma geral são tratados de forma estereotipada”, afirmou
o ministro.

Avaliando a ausência de diversidade político-ideológica,
Barbosa lembrou que há apenas três jornais de circulação nacional, “todos
eles com tendência ao pensamento de direita”. Para ele, a ausência de
pluralismo é uma ameaça ao direito das minorias. Barbosa finalizou suas
observações sobre os problemas do sistema de comunicação destacando o problema
da violência contra jornalistas. “Só neste ano foram assassinados quatro
profissionais, todos eles trabalhando para pequenos veículos. Os casos de
assassinatos são quase todos ligados a denúncias de corrupção ou de tráfico de
drogas em âmbito local, e representam grave violação de direitos
humanos”.

Em resposta a questionamentos do público, Barbosa lembrou um
dos motivos da impunidade nos crimes contra a liberdade de imprensa é a
disfuncionalidade do sistema judicial brasileira, que tem quatro níveis e
“infinitas possibilidades de apelo”. Além disto, a justiça brasileira tem, na
perspectivas de Barbosa, sistemas de proteção aos poderosos, que influenciam
diretamente os juízes. “A justiça condena pobres e pretos, gente sem conexão. As
pessoas são tratadas de forma diferente de acordo com seu status, cor de pele ou
poder econômico”, concluiu Barbosa.
  
 Fonte: blog Juremir- Correio do Povo- (com modificações)

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Gremistas, perdoem-me. O Diretor merece!


Registrados 2 casos de infecção por superbactéria no RS

De acordo com Associação de Servidores do Grupo Hospitalar Conceição, ocorre ainda um aumento significativo de infecções pela bactéria KPC

Foram registrados dois casos de infecção da superbactéria NDM 1 no Grupo Hospitalar Conceição (GHC), que responde por 35% dos atendimentos do SUS em Porto Alegre. Diante da constatação das duas infecções, a Secretaria Estadual de Saúde emitiu uma notificação para todas unidade de saúde do Estado.


De acordo com a Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição (Aserghc) houve ainda um aumento significativo, entre 2011 e 2013, de infecções pela bactéria KPC.
Segundo o presidente da Aserghc, Arlindo Nelson Ritter, além das duas infecções da NDM 1, em 2011 foram registrados 17 casos da KPC, número que saltou para 177 no ano seguinte, e com uma incidência de 25 casos mensais em 2013. 


“Dessa forma acreditamos que deve passar de 300 casos neste ano (...) estamos muito preocupados porque vai ser uma catástrofe, com essa epidemia já instalada, no nosso ponto de vista, ainda mais no GHC, que é importantíssimo na rede de saúde pública”, afirmou Ritter.


Ritter afirma ainda que 125 pacientes estão em isolamento no GHC por conta de infecções de diferentes bactérias.

Ele diz que os casos passaram a aumentar na medida que cresceu a atuação de funcionários terceirizados. Ritter afirma que a gestão politizada, dominada por três partidos, tem prejudicado a situação no GHC fazendo com que empresas terceirizadas que não prestam os serviços contratado de forma correta, não sejam punidas pela administração. “É um jogo de empurra, empurra”, resume, dizendo que a problemática da terceirização foi comunicada ao Ministério Público Federal.


Ainda de acordo com o presidente da associação, é critica a situação de superlotação dos leitos da emergência. “São os de internação rápida, eram 50 leitos, mas tem em média 140, 150 pacientes (...)  eles ficam amontoados em cadeiras pelos corredores por quatro , cinco dias, e não tem como um profissional realizar o trabalho de higiene quando nãop tem nem como se mexer”, afirma. 


A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul informou, por meio de nota que após a detecção do NDM (New Delhi Metallobetalactamase) a Agencia Nacional de Saúde (Anvisa) e todos os estabelecimentos de saúde do Estado foram notificados por meio de nota técnica.
A NDM é uma bactéria resistente e medicamentos e torna o tratamento difícil, além dos riscos de transmissão. 


A assessoria de imprensa do GHC foi procurada pelo Terra, mas não foi possível dar retorno até a publicação desta matéria.

Fonte: Portal Terra

 

Bactéria multirresistente chega ao Brasil e deixa dois pacientes isolados no RS




Depois de a bactéria ter chegado à América Latina e se proliferado em unidades hospitalares do Uruguai, da Colômbia e do Paraguai, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou o registro, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, do microorganismo multirresistente denominado New Delhi Metallobetalactamase (NDM), detectado pela primeira vez em 2009, em um paciente sueco que esteve hospitalizado na Índia.

Pelo menos duas pessoas internadas na instituição foram contaminadas pela bactéria, que age até sob o efeito de antibióticos carbapenêmicos, utilizados para combater infecções graves. É o primeiro registro de infecção em território brasileiro.

O infectologista Fabiano Ramos reconhece que caso ocorram mais registros de NDM em hospitais da Capital os métodos de tratamento podem ficar muito reduzidos. “O problema é que se isso se dissemina dentro dos hospitais, especialmente, as opções de tratamento são reduzidas para esse tipo de situação. Então essa é a grande preocupação no momento”, frisou.

Ramos salientou, porém, que o NDM pode ser combatido por meio da associação de determinadas drogas. A contaminação ocorre somente por meio de contato e a bactéria atinge principalmente pacientes de UTI, em estado grave ou que já estejam contaminados por outro tipo de infecção.

Após a confirmação do NDM em Porto Alegre, por razões ainda não esclarecidas, a SES notificou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Saúde e todos os estabelecimentos de saúde do Estado.

Rádio Guaíba/Foto: Reprodução

Fonte: Trespassos News

domingo, 5 de maio de 2013

Sindicato fraco significa economia fraca

Arthur Henrique

Sindicato fraco significa economia fraca
Foi Thatcher, logo seguida por Reagan, quem passou a disseminar, pela primeira vez na segunda metade do século XX,  a ideia de que a existência de sindicatos era ruim. Muitos, naquela passagem dos anos 1970 para os 80, acreditaram na tese ou não a refutaram com a devida veemência. Talvez por não ter vivido ou esquecido as experiências de notável recuperação econômica europeia e estadunidense no período Pós-Guerra, em que a ação do Estado e o fortalecimento do mercado de trabalho – e consequentemente do sindicalismo – foram essenciais para um longo ciclo de prosperidade. 

Tanto a então chamada Dama de Ferro quanto o ator hollywoodiano eleito presidente tiveram a seu lado uma máquina de propaganda pró-neoliberalismo que até hoje produz seus efeitos no imaginário coletivo, como pudemos conferir em alguns dos comentários postados por leitores de CartaCapital sobre artigo aqui publicado na semana passada.

Num mundo tal como o conhecemos, o enfraquecimento dos sindicatos não é bom para ninguém, mesmo que temporariamente isso traga alguma vantagem para um grupo ou outro. No longo prazo, a consequência negativa se abaterá sobre todos – salvo o sistema financeiro, caso os governos nacionais ajam como atualmente mundo afora. 


Hoje, nos EUA, menos de 12% dos trabalhadores são sindicalizados (na iniciativa privada, menos de 7%), contra a taxa próxima de 30% da era pré-Reagan. O país levou a sério o desmonte proposto e iniciado naquele governo, que teve entre seus marcos iniciais a propalada vitória contra a greve dos controladores de voo em 1981.

Em grande parte por isso, os salários passam por sistemático achatamento desde então. Segundo dados do departamento de trabalho dos EUA, o aumento real (acima da inflação) dos salários acumulado desde 95 foi de apenas 6%. Esse empobrecimento atingiu todas as categorias, colocou a classe média no corner, levando-a a níveis de endividamento brutais, e conduziu o país à crise. Esse processo é bem retratado pelo filme “Capitalismo: uma História de Amor”, de Michael Moore. Uma vez mais a tese, forjada no século XVIII, de que a capacidade individual é o único motor da história, comprova-se falsa.

Na Inglaterra, onde o empenho de Thatcher em derrotar o movimento sindical foi uma das marcas de sua gestão, as coisas tampouco melhoraram por isso. Nesta semana, a TUC (Trades Union Congress) divulgou estudo que mostra os salários caminhando abaixo da inflação. Em certas regiões, a perda anual dos trabalhadores ativos em relação ao que ganhavam em 2010 supera quatro mil libras esterlinas. São pessoas consumindo menos. Empresários vendendo menos.

São resultados da recente crise internacional, causada justamente pelo ideário econômico, social, político e ideológico que tiveram em Thatcher e Reagan seus maiores arautos e que tem como uma das premissas o enfraquecimento dos sindicatos. 


O caso mexicano também é dramático. Sindicatos atacados sistematicamente, com a ajuda muitas vezes de esquemas criminosos, e um Estado cada vez mais recuado. Nem mesmo um liberal, desde que ilustrado, defenderia tal combinação, que poderia ser definida como “cleptocapitalismo”.

A crença de que “gente competente” não precisa de sindicato é falsa. Ou todos os cidadãos estadunidenses sem emprego hoje não são bons o bastante? Os roteiristas de Hollywood, responsáveis pelos diálogos e histórias dos filmes e seriados que fazem sucesso planetário, não caíram nesse engodo e fizeram uma vitoriosa greve de 100 dias entre 2007 e 2008, obrigando a indústria a negociar.

João Cabral de Mello Neto criticou com argúcia característica a pretensa solidão realizadora dos trabalhadores ao falar daqueles “de profissões liberais que não se liberaram jamais”.

Aqui no Brasil, o movimento sindical teve um importante papel quando os efeitos da crise econômica chegaram por aqui. Nossa recusa em participar de acordos de diminuição de salários ou suspensão preventiva de contratos ajudou e tem ajudado o país a enfrentar o problema.  Acredito que a estrutura sindical brasileira precisa de aperfeiçoamentos, mas querer prescindir dela é loucura.


Artur Henrique, secretário-adjunto de Relações Internacionais da CUT e presidente do Instituto de Cooperação da CUT


Fonte: profemarli.comunidades.net 

Pesquisa da USP mostra desinteresse de alunos em seguir o magistério

Yara Aquino, Agência Brasil - 05/05/2013 - 14h14
Por Joana Flávia Scherer, do 14º Núcleo.
Brasília – Uma pesquisa feita na Universidade de São Paulo (USP) mostra que metade dos alunos de licenciatura nas áreas de matemática e física não pretende ou tem dúvidas quanto a seguir a carreira de professor de educação básica. Dos que cursam licenciatura em física, 52% não pretendem ser professores ou tem dúvidas. Em matemática, o percentual é 48%. A pesquisa ouviu um total de 512 estudantes recém-ingressantes da USP, incluindo também alunos de pedagogia e medicina.

A pesquisa Atratividade do Magistério para a Educação Básica: Estudo com Ingressantes de Cursos Superiores da USP, da pedagoga e mestre em educação pela Faculdade de Educação da USP Luciana França Leme selecionou as duas disciplinas de licenciatura em função da escassez de professores nas áreas de exatas. A estimativa do Ministério da Educação (MEC) é que o déficit de professores nas áreas de matemática, física e química seja de cerca de 170 mil.

A baixa remuneração do magistério, as más condições de infraestrutura das escolas e o desprestígio social da profissão estão entre os motivos apontados pelos estudantes para a falta de interesse em seguir a carreira. Segundo a pedagoga, a dificuldade de implementar em sala de aula o ensino da matemática e da física e a concorrência com profissões como as do mercado financeiro também afastam das salas de aula quem se forma nessas áreas.

“Pesquisados disseram que escolheram o curso porque gostam de matemática e física. Mas gostar é uma coisa, outra é o ensino dessas matérias que engloba habilidade como o pensar a matemática, as ciências, e saber ensinar a matemática e verificar como o aluno está aprendendo”, destacou. “Outro fator é o mercado de trabalho. Um aluno formado na USP, nessas disciplinas, pode trabalhar com pesquisa, pós-graduação, no mercado financeiro. A profissão de docente acaba concorrendo com outras opções”, disse Luciana França Leme. A questão de gênero também é apontada pela pesquisadora. “Física e matemática tem muitos alunos homens e as mulheres seguem mais a carreira de professor.”

Na avaliação da pesquisadora, reverter esse quadro de desinteresse pelo magistério requer um plano de atratividade com metas claras e de longo prazo. “É importante uma articulação de vários fatores, igualar os salários com os de profissionais com a mesma formação, reconhecimento e fortalecimento profissional, e despertar o interesse pela profissão ao longo da vida estudantil”, disse.

A carência de professores nas áreas de exatas como matemática, física, química e biologia é uma preocupação do Ministério da Educação (MEC) que elabora um programa para, desde o ensino médio, atrair os estudantes a seguirem o magistério nessas áreas. O programa terá oferta de bolsas de auxílio e parceria com universidades, como adiantou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados, em abril.
Edição: Lílian Beraldo
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