sexta-feira, 28 de junho de 2013

AVANTE EDUCADORES, DE PÉ: VIII CONGRESSO ESTADUAL DO CPERS!

29.06.13

Nesse momento em que as ruas estão em “ebulição”, em que parte da população sai às ruas reivindicando, ocorre o VIII Congresso do CPERS/Sindicato.

O evento ocorre na cidade de Bento Gonçalves.

Debateremos os rumos de nossa Luta para os próximos anos...

A questão da reforma do Ensino Médio.

Escolas sucateadas. Falta de professores. Setores desativados. Falta de funcionários.

A questão do Piso Nacional.

O Piso Nacional continua na promessa. E a Lei não é cumprida!

Até quando?

O salário continua miserável.

Um governo que não cumpre a Lei. E pune os que exigem seus direitos.

As ruas estão ebulição...

Temos que exigir o que nos cabe por direito!

Quem governa FORA DA LEI não tem o direito de punir...

Mas, a greve foi descontada dos salários.

Isso não vamos esquecer!

VIII CONGRESSO ESTADUAL DO CPERS - NO SINDICATO E NA EDUCAÇÃO, QUERO LUTA E NÃO SUBMISSÃO.

As ruas estão em “ebulição..."

MAIS DO QUE NUNCA A LUTA CONTINUA... 

Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo.
.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Direção do sindicato orienta a categoria a reforçar as mobilizações da juventude e da classe trabalhadora

A Direção do CPERS/Sindicato, em reunião realizada na tarde de ontem, dia 26 de junho, deliberou por reafirmar a necessidade da nossa categoria reforçar as mobilizações da juventude e da classe trabalhadora.

Neste sentido, orientamos a participação nas mobilizações de hoje, dia 27 de junho, e, também, da próxima segunda-feira, dia 1º de julho, inclusive suspendendo as aulas onde a categoria e a comunidade escolar assim decidirem.
Direção do CPERS/Sindicato


Fonte: Site CPERS/Sindicato

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Ativos e aposentados estão contemplados no julgamento do TJ

Os jornais Zero Hora, O Sul e Jornal do Comércio, todos de Porto Alegre, em suas edições desta quarta-feira (26/06/13), sobre a decisão da 25ª Vara Civil do Tribunal de Justiça que determinou o cumprimento da lei do piso, trazem uma informação equivocada.

Com base em equívoco cometido pelo site do Tribunal, os jornais informam que “a decisão, no entanto, não abrange os inativos e pensionistas do magistério, pois o Instituto de Previdência do Estado não foi incluído no processo.”

Essa informação constava no site do Tribunal logo após a sessão de ontem (terça-feira – 25/06/13) que julgou – e negou – o recurso do governo.

Hoje, porém, o site do Tribunal corrige o equívoco e informa o seguinte: “Como o Instituto de Previdência do Estado não foi incluído no polo passivo do processo, a decisão não abrange os pensionistas. No entanto, os inativos e aposentados estão contemplados, pois os pagamentos são de responsabilidade do Estado.”

Os pensionistas, apesar de não terem os efeitos desta sentença, continuam com o seu direito assegurado pela decisão do Supremo Tribunal de Justiça e pela lei do piso.

O CPERS/Sindicato já solicitou a correção da informação aos referidos veículos.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato


Fonte: CPERS/Sindicato

terça-feira, 25 de junho de 2013

TJ manda Estado pagar piso nacional do Magistério

Por unanimidade, os desembargadores da 25ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça negaram recurso do Estado questionando o piso nacional do Magistério e determinaram que o Executivo pague o valor de R$ 1.569 para 40 horas semanais, como salário inicial da categoria. O relator desembargador Miguel Ângelo da Silva considerou que a medida é válida também para inativos e pensionistas e o Estado deve ainda arcar com as diferenças retroativas a 27 de abril de 2011, período em que o piso nacional passou a ser reconhecido.

A sentença ainda compreende que o acordo do Estado para o pagamento de um complemento salarial para que nenhum professor receba menos que o piso é "parcial, provisório, causa controvérsia e não tem caráter legal".


 
A presidente do Cpers-Sindicato, Rejane de Oliveira, festejou a decisão classificando como uma vitória dos professores, já que a Justiça entendeu que o piso equivale ao salário inicial da categoria, sem contar as progressões da carreira. Rejane avaliou que se o governador Tarso Genro tiver "ombridade" não recorre da decisão, pagando o piso para não correr o risco de passar por um novo vexame diante da sociedade, já que desrespeita uma lei que ajudou a criar.

Fonte: profemarli.comunidades.net (com modificações)

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Direção do CPERS/Sindicato se reúne com o governo

A direção estadual do CPERS/Sindicato se reuniu no meio da tarde desta segunda-feira 24 para discutir com o governo do Estado a sua pauta de reivindicações. Contudo, o único avanço foi o compromisso assumido pelo governo de abonar o ponto da greve nacional realizada dias 23, 24 e 25 de abril.


O governo, no entanto, segue intransigente quanto ao abono do dia daqueles educadores que participaram da atividade nacional realizada no dia 24 de abril, em Brasília (DF). O sindicato classificou a interferência do governo na organização dos trabalhadores como autoritária e antissindical.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Fotos:
João dos Santos e Silva

Fonte: CPERS/Sindicato

domingo, 23 de junho de 2013

CPERS em frente ao Palácio Piratini


CPERS realiza manifestação em frente ao Palácio Piratini

IMG_6949
Na manhã desta sexta-feira (21), centenas de professores realizaram uma caminhada que saiu da sede do CPERS/Sindicato em direção ao Palácio Piratini, onde realizaram um ato em protesto contra o corte do ponto dos educadores que participaram da greve nacional de três dias em abril deste ano. Segundo a presidente do sindicato, Rejane Oliveira, as “aulas já estavam sendo recuperadas”.


Quando chegaram à sede do Governo do Estado, membros da diretoria do CPERS foram até a porta do Palácio onde pediram uma audiência com o governador Tarso Genro para discutir, além do abono da greve, a pauta geral de reivindicações da categoria, que tem o pagamento do piso nacional como uma das principais exigências. Eles foram recebidos pelo chefe de gabinete da Casa Civil, Flavio Helmann, que confirmou uma audiência para o dia 24 com interlocutores do Piratini na PROCERGS.

Os trabalhadores, que esperavam que o governador recebesse a diretoria do sindicato, vaiaram a decisão. “O Governo deixou o CPERS, na calçada, na chuva. O governador recebe os empresários, os latifundiários, mas não recebe os trabalhadores, não recebe os educadores”, criticou Rejane.

As manifestações que acontecem em todo o país foram lembradas por lideranças do CPERS e de outros sindicatos que estavam presentes. O presidente do Sindicaixa, Érico Corrêa colocou que “enquanto as bandeiras de partidos e de outros sindicatos são hostilizadas, as do CPERS são reconhecidas como bandeiras de luta”, referindo-se aos incidentes durante as manifestações do último dia 20. Eles ainda criticaram a ação da Brigada Militar durante os protestos e a presença de cerca de 50 policiais em frente ao Palácio durante o ato dos educadores. 

IMG_7005 
IMG_6967 
IMG_7079 
IMG_6977 
Fonte: profemarli.comunidades.net
 

sábado, 22 de junho de 2013

Pesquisador da FGV diz que manifestações nas ruas são “a cara da web”





As manifestações espalhadas pelo país são a representação do mundo digital. Para o pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Luiz Antonio Joia, que estuda e-participação (ação política pela rede social) e cidadão mediado por tecnologias, o fenômeno dos protestos brasileiros é algo inédito no país graças à internet e às redes sociais.

“Esse movimento é a cara da web. Ele é anárquico, sem dono e impessoal, que se autorregula e suporta qualquer coisa. É a transposição da World Wide Web [o sistema da internet] para o mundo real. É surpreendente e imprevisível”, ponderou ele.

O professor defende que a rede mudou a concepção de tempo e de espaço das pessoas e as relações sociais, tornando-se um ator no processo de reivindicações. “Você passa a saber tudo o que acontece em tempo real, o que faz com que as pessoas se engajem numa velocidade absurda. A tecnologia não gera o fenômeno, ela o amplifica”, comentou. Ele lembrou do movimento Diretas Já, que demorou cerca de um mês para ser organizado, enquanto o movimento atual, com o que chama de “boca a boca digital”, levou dias para ser orquestrado.

A internet permitiu que vários fatores, como o aumento de preço do ônibus, os gastos do país com a Copa das Confederações, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37 (que retira poderes de investigação do Ministério Público) e o Projeto da “Cura Gay”, contribuíssem para a união de grupos insatisfeitos com questões diferentes e que hoje saem as ruas. “Os R$ 0,20 foram apenas o que disparou o gatilho, tudo isso mediado pela tecnologia da informação e da comunicação”, explicou.

Se, por um lado, a característica anárquica dos movimentos é surpreendente, a falta de liderança e de pauta do movimento criam uma questão complexa, segundo o professor. “Você pode ter na mesma passeata duas pessoas lutando por coisas totalmente opostas. Diferentemente da Primavera Árabe e de movimentos na Europa, no Brasil não há uma pauta”, lembrou.

De acordo com o pesquisador, esse cenário pode apresentar risco para o movimento. “O perigo da falta de foco é que oportunistas e partidos políticos podem apropriar-se desse movimento. É importante que as pessoas digam o que querem e, sobretudo, como querem, como implantar esse projeto”.


Como acadêmico, Joia se diz entusiasmado com os recentes acontecimentos. “Não dá para prever o que vai acontecer, pode não dar em nada, mas deixará uma semente. São sinais que devemos acompanhar e depois tirar lições que sirvam para nossos alunos e para a sociedade”.

Agência Brasil/Foto: Reprodução


Fonte; Trespassos News
 

terça-feira, 18 de junho de 2013

CPERS reúne entidades para formar comitê de apoio às mobilizações em curso no RS e no país

O CPERS/Sindicato realiza reunião nesta quarta-feira (19) com representantes de organizações sindicais, sociais e políticas para discutir a formação de um comitê de apoio às mobilizações em curso no Rio Grande do Sul e em todo o país e contra a criminalização dos movimentos sociais. O encontro está marcado para as 18 horas, no auditório da entidade (Av. Alberto Bins, 480, 9º andar).

O Brasil vive um momento de intensas manifestações públicas com a participação de milhares de pessoas que exigem, sobretudo, melhorias nos serviços públicos, como a gratuidade no transporte coletivo, mais investimentos nas áreas sociais (segurança, educação, habitação e saúde) e contra gastos públicos com a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas.



João dos Santos e Silva, assessor de imprensa


Fonte: CPERS/SIindicato

sábado, 15 de junho de 2013

CPERS realiza protesto contra desconto salarial

Organizado pelo CPERS/Sindicato, um ato público reunirá educadores da rede estadual no próximo dia 21, em Porto Alegre, para protestar contra o corte de ponto, feito de forma unilateral pelo governo, dos dias da greve nacional realizada em abril. A concentração está marcada para as 10 horas, em frente à sede do sindicato, na avenida Alberto Bins, 480.

Além de não pagar o piso salarial, o governo Tarso segue atacando os educadores. De forma autoritária, está descontando o salário dos professores e dos funcionários de escola que participaram da paralisação. O sindicato orienta a categoria a não recuperar os dias, o que deve ser feito somente com a garantia do abono de ponto.

“Vamos dar um basta no autoritarismo deste governo, recuperando os dias da greve somente com a garantia do abono de ponto e participando do ato estadual no dia 21”, diz anúncio que será veiculado em emissoras de rádio nesta semana e no decorrer da próxima.


CONGRESSO

Ainda em junho, nos dias 28, 29 e 30, em Bento Gonçalves, o CPERS/Sindicato realizará o seu 8º Congresso Estadual. Com o lema “No sindicato e na educação, quero luta e não submissão”, o encontro discutirá a organização do sindicato e elaborará propostas que permitam avançar na defesa de direitos e de novas conquistas. O congresso reunirá 1.800 delegados, representando todas as regiões do estado.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato


Fonte: Site CPERS/Sindicato

Pesquisadores usam matemática avançada para combater câncer

Engenharia é usada para intencionalmente infectar e matar tumores no corpo humano

Pesquisadores do Canadá estão depositando suas esperanças na matemática avançada para combater o câncer, segundo reportagem do site da RT publicada neste sábado. A revista Nature Communications publicou artigo de pesquisadores de Ottawa, no Canadá, com o uso da engenharia para intencionalmente infectar e matar tumores no corpo humano, evitando danos aos tecidos saudáveis.


Os testes em humanos até agora têm sido muito limitados, mas a pesquisa produzida pela equipe canadense poderia ter amplas repercussões. Os modelos matemáticos seriam usados para fazer simulações ao invés de usar ensaios caros e demorados. "Ao usar esses modelos matemáticos para prever como as modificações virais iriam realmente impactar as células cancerosas e as células normais, somos capazes de acelerar o ritmo da investigação", diz John Bell, um dos autores da pesquisa.


A partir dessa pesquisa inicial, os investigadores podem examinar a propagação e os mecanismos de defesa libertados pelas células tumorais. Usando os resultados dessas simulações, os cientistas podem explorar a forma de modificar o genoma, ou a estrutura genética do vírus, para contrariar as defesas antivirais das células cancerosas. Isso representaria uma importante economia de tempo, antes mesmo de utilizar amostras biológicas vivas, tais como camundongos portadores de tumor.

De acordo com a equipe de investigação, os resultados matemáticos até agora têm sido surpreendentemente precisos. "O que é notável é a forma como poderíamos prever o resultado experimental com base na análise computacional. Este trabalho cria uma estrutura útil para o desenvolvimento de tipos semelhantes de modelos matemáticos na luta contra o câncer ", diz Bell.

Fonte: Portal Terra

 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Atos de solidariedade aos manifestantes de SP serão realizados em 13 países

Estudantes brasileiros residentes em 27 cidades de 13 países organizam manifestações de repúdio aos atos de violência dos protestos de São Paulo

Brasileiros de pelo menos 13 países se organizam pelo Facebook para promover uma série de protestos em apoio aos manifestantes de São Paulo, que tomam as ruas da capital paulista desde a semana passada contra o aumento das passagens de ônibus. A maioria dos atos será neste final de semana.

Ao todo, serão realizados protestos em pelo menos 27 cidades: Paris (França), Valência, Madri, La Coruña e Barcelona (Espanha), Londres (Reino Unido), Berlim, Frankfurt, Hamburgo e Munique (Alemanha), Turim e Bologna (Itália), Coimbra, Porto e Lisboa (Portugal), Den Haag (Holanda), Dublin (Irlanda), Bruxelas (Bélgica), Boston, Edmond, Chicago, Nova York (Estados Unidos), Toronto, Montreal e Vancouver (Canadá), Buenos Aires (Argentina) e Cidade do México. Pelo número de participantes confirmados, os dois maiores protestos serão realizados na Alemanha e na Irlanda.


Irlanda

Na página do evento de Dublin, por exemplo, 1.175 confirmaram presença na caminhada marcada para o próximo domingo à tarde. “Não podemos ficar parados enquanto o Brasil está em luta. Em apoio a todos os brasileiros, vamos sair do Facebook e fazer uma marcha aqui em Dublin”, diz a mensagem de apresentação do evento. O protesto começará no Monumento da Luz e seguirá até o Brazilian Day.

 

A estudante brasileira Moniky Molizane, 22 anos, que mora em Dublin há três meses, relata ao Terra que acompanhou a manifestação de São Paulo pela internet temendo por sua família. “Foi um choque, eu acho que nunca tinha visto uma manifestação desse tamanho. Confesso que senti uma mistura de sensações: medo, afinal minha família mora na Grande São Paulo, mas também senti orgulho”, afirma.


“Vi nesse protesto que vai ter aqui uma oportunidade de levar para todo o mundo o que nós sentimos de verdade”, diz o curitibano Maicon Cristian de Lima. “Não somos como as pessoas de fora do Brasil pensam. Eles acham que sabemos da corrupção e somos omissos com tudo isso”, completa.

Stefane Dantas, 25 anos, que foi para Dublin estudar inglês, diz que ficou grudada no computador acompanhando pelas redes sociais e portais. “Temos receio que forças estrangeiras aproveitem a situação para tornar o Brasil uma nova Líbia ou Síria”, afirma.


O estudante Acauan Malta, um dos organizadores do evento na Irlanda, disse ao Terra que o protesto não é motivado pelo aumento da tarifa em São Paulo. “A luta aqui é maior”, diz. “Trata-se de um ato em defesa da cidadania, em favor do Brasil”, completa.

Alemanha
Mais de 1 mil pessoas também confirmaram presença na marcha convocada em Berlim, na Alemanha, também na tarde do próximo domingo. “Nós, brasileiros que vivemos no exterior não podemos manter a calma diante de toda essa truculência que está acontecendo não só no Brasil, mas também na Turquia e em vários países”, diz o texto que convoca os manifestantes.

Marcus Oestmann, 32 anos, mora em Berlim há um mês e acompanhou os acontecimentos pela internet. “O que eu acho que aconteceu foi o uso desproporcional de violência pela polícia na manifestação de ontem”, diz. “E agora não se trata apenas do preço da tarifa do transporte público, mas por direito à liberdade de se manifestar”, completa.


Canadá

Estudantes brasileiros no Canadá, organizam um ato para a próxima terça-feira na Dundas Square, centro comercial de Toronto. “O local é uma propriedade privada, mas poderemos ficar na calçada e realizar nossa manifestação lá mesmo”, postaram os organizadores. Mais de 100 pessoas devem participar do protesto.

 Em Portugal, brasileiros que vivem em Coimbra estão convocando os amigos para se concentrar nas escadarias monumentais do largo Dom Diniz na terça-feira. Na França, a manifestação está marcada para o final do mês, dia 28 de junho.

Fonte: Portal Terra

terça-feira, 11 de junho de 2013

Programa de espionagem dos EUA também pode monitorar brasileiros




Além da aba desta reportagem, seu navegador provavelmente mostra uma janela do Facebook, talvez do Gmail, Google, Yahoo... Se você é um dos bilhões de usuários desses serviços, é bom ficar esperto. Uma suposta parceria entre esses gigantes da internet e a Agência Nacional de Segurança (sigla em inglês, NSA) estamparam as manchetes ao redor do mundo, acusados de monitorar indiscriminadamente ligações telefônicas e dados pessoais dos clientes.

Apesar de negarem envolvimento, Microsoft, Yahoo, Google, Facebook, Paltalk, YouTube, Skype, AOL e Apple estariam envolvidas, o que representa uma parcela gigantesca dos usuários de internet. Todas teriam liberado informações para o Prism, um software do departamento de inteligência através do qual o governo norte-americano poderia acessar arquivos de áudio, vídeo, foto, e-mails, histórico de buscas e outros dados sigilosos de qualquer cliente das empresas. O furo foi dado pelo Washington Post, depois do vazamento de uma apresentação de slides que serviria de treinamento para novos oficiais da NSA que usariam o programa.

Apesar de se tratar uma ação norte-americana, os brasileiros também são afetados. “Como os serviços dessas empresas são prestados globalmente, a existência do Prism é problema de natureza global“, diz Carlos Affonso Pereira de Souza, professor do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV-Rio. “Nós todos somos usuários, então acabamos nos submetendo às leis americanas, inclusive sobre uso e monitoramento de dados pessoais."

Segundo ele, na última década, o sistema judiciário dos EUA têm passado leis controversas com enfoque em segurança pública - leis essas que rivalizam com a proteção de dados pessoais na internet. Um bom exemplo é o FISA (Foreign Intelligence Surveillance Act), que garante, ao governo, acesso a informações armazenadas em nuvem sem necessidade de ordem judicial.

Dessa forma, o vazamento do Prism vem num ponto de tensão máxima nessa discussão. “Não é simplesmente um serviço que, prestado de forma irregular, causa danos. São questões íntimas como geolocalização, contatos, mensagens. Não existe transparência sobre quais dados estão sendo coletados, quem tem acesso a eles e o que se faz com as informações”, conta o professor. 


Alguma ação semelhante no Brasil é mais improvável. Apesar de não haver nenhum tipo de lei específica que garanta a segurança de informações online, Souza explica que um monitoramento amplo, como o que existe nos EUA, esbarraria na nossa Constituição, que defende a privacidade em dados gerais. O professor revela ainda que o Marco Civil da Internet, iniciativa legislativa que visa garantir privacidade e liberdade de expressão na rede, nos daria certa proteção, fazendo com que essas informações só pudessem ser usadas mediante ordem judicial.

Para o professor, a internet é, ao mesmo tempo, algo que potencializa as comunicações, mas também uma rede que permite controle total do que acontece. Ele aponta que sempre haverá esse duelo de liberdade versus controle. “Há, sim, um monitoramento de cada passo do que se faz, que pode ser usado tanto com fins de investigação, como para estratégias de mercado para as empresas. Mas um monitoramento geral e irrestrito, de toda e qualquer pessoa, é bastante questionável, mesmo com as leis americanas que flexibilizam as investigações”, disse. “Para qualquer governo é interesse ter acesso a essas informações, mas a questão é o uso que se dará. Cabe ao legislativo criar as travas para que esse tráfego de dados seja controlado."


Galileu/Foto: Reprodução

Fonte: Trespassos News

domingo, 9 de junho de 2013

Revista Veja terá de indenizar professor retratado como esquerdista

Editora recorreu da decisão e informou que a gravação da aula demonstra os ensinamentos do autor; professor entende que a reportagem distorceu fatos

 

A Justiça decidiu em primeira instância que a Editora Abril terá de indenizar em R$ 80 mil um professor de História de Porto Alegre porque veiculou reportagem com fatos "descontextualizados e distorcidos". O educador entrou com ação por danos morais depois que apareceu em uma edição da revista Veja em 2008, quando foi citado na matéria "Prontos para o século XIX", que expõe como educadores e instituições de ensino "incutem ideologias anacrônicas e preconceitos esquerdistas nos alunos", conforme descrito pelas jornalistas Mônica Weinberg e Camila Pereira.

A decisão da 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) também reitera uma determinação anterior, datada de outubro, que condena os réus a publicarem na revista, sem qualquer custo para o autor, a sentença condenatória. No processo, o professor Paulo Fiovaranti, do Colégio Anchieta, destacou um trecho da publicação.

"Ele pergunta: 'Quem provoca o desemprego dos trabalhadores, gurizada?'. Respondem os alunos: 'A máquina'. Indaga, mais uma vez, o professor: 'Quem são os donos das máquinas?'. E os estudantes: 'Os empresários!'. É a deixa para Fiovaranti encerrar com a lição de casa: 'Então, quem tem pai empresário aqui deve questionar se ele está fazendo isso'. Fim de aula".

A defesa das jornalistas argumentou que a equipe da revista foi autorizada a assistir as aulas, assim como fotografar e divulgar os nomes dos professores citados, e informou que a gravação da aula demonstra os ensinamentos do autor, evidenciando que não se observa neutralidade política na aula ministrada. Para o professor, no entanto, a reportagem distorceu fatos ocorridos em sala de aula.

A juíza Laura de Borba Maciel Fleck entendeu que a publicação deixou de registrar que o professor ministrava aula sobre a Revolução Industrial, no século 18, estabelecendo relações entre o passado e o presente, a fim de estimular a atenção e o raciocínio dos alunos. Ambas as partes recorreram da decisão. A revista pede a reversão completa da decisão, enquanto o educador quer o aumento do valor da indenização por dano moral.

Fonte: Portal Terra

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Rio Grande do Sul tem pelo menos seis mulheres assassinadas em oito dias

Pelo menos seis mulheres foram mortas no Rio Grande do Sul nos últimos oito dias. Os dados se juntam às estatísticas da Secretaria da Segurança Pública, que contabilizou 42 mulheres assassinadas entre janeiro e maio no Estado, mais da metade pelo próprio parceiro. Em igual período do ano passado, o número foi de 45 vítimas.

O episódio mais recente se tornou público nesta terça-feira, em Capão da Canoa, no Litoral Norte. A bacharel em direito Silvia Rosane Santos de Miranda, 39 anos, foi encontrada morta em casa, na segunda-feira. Conforme a titular da Delegacia de Polícia do município, Walquíria Meder, o corpo estava caído no quarto, com marcas de tiro de pistola. A polícia suspeita de crime passional.

Coordenadora do Coletivo Feminino Plural, Telia Negrão chama atenção para os índices. Segundo a especialista, eles refletem uma deficiência das políticas públicas, que não conseguem garantir às mulheres uma rede que as protejam após o registro da ocorrência. Para Telia, os mecanismos também precisam estar integrados, e o assunto tem de ser tratado em diferentes esferas, por meio de campanhas, escolas e famílias, por exemplo.

O coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público, que tem por objetivo articular ações relacionadas à Lei Maria da Penha, aponta entraves da legislação para punir quem pratica a violência contra a mulher.

— As penas de lesão corporal e de ameaça são muito brandas, e culturais, já que não há uma conscientização sobre a gravidade da violência contra a mulher, o que gera uma certa paralisação dos poderes públicos sobre a necessidade de aprimorar os mecanismos de enfrentamento do problema, como varas judiciais especializadas e redes de atendimento — afirma o promotor David Medina, acrescentando que o grupo suscitou a criação da Promotoria de Justiça Especializada, cujo projeto tramita no Conselho Superior do MP.


Ruth Ignacio, professora do Departamento de Sociologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), faz um resgate histórico para explicar a violência contra a mulher. A socióloga afirma que a prática surge com a propriedade privada e a noção de hierarquia familiar. Ao longo dos anos, conquistas femininas e momentos de protagonismo na sociedade deram condições para que o assunto seja discutido abertamente.
Com informações de zerohora.com


Fonte: Portal CPERS/Sindicato

terça-feira, 4 de junho de 2013

ESCOLAS PRECÁRIAS

Não haverá milagre que faça a educação brasileira dar o salto necessário para colocar o País entre os mais desenvolvidos do mundo se não forem superados os entraves básicos, a começar pela infraestrutura das escolas.

O retrato de décadas de descaso, em que a construção de boas escolas não passou de mera promessa em sucessivas campanhas eleitorais, está num levantamento divulgado pelo movimento Todos pela Educação, segundo o qual 44,5% dessas unidades dispõem somente do mínimo para seu funcionamento, isto é, água, banheiro, energia, esgoto e cozinha. Não têm biblioteca, quadra de esportes e laboratório, itens considerados necessários para que o aprendizado se desenvolva de modo satisfatório. Apenas 0,6% dos estabelecimentos pesquisados têm estrutura completa. É um quadro desalentador.

A pesquisa tomou como base o Censo Escolar de 2011. Naquele ano, estavam em funcionamento quase 195 mil escolas, cujos diretores responderam a um questionário a respeito dos recursos disponíveis nos estabelecimentos. A metodologia do estudo levou em conta que nem todas as escolas necessitam de determinados equipamentos ou espaços, como berçário.

Com isso, foi feita uma escala de categorias de infraestrutura que considera as diferentes etapas de aprendizado. A categoria "elementar" é aquela do mínimo necessário. Já na categoria "básica", além de água e esgoto e energia elétrica, incluem-se aparelhos de TV e DVD, computadores, impressoras e sala da diretoria. O nível "adequado" demanda a presença de tudo isso mais acesso à internet, sala de professores, biblioteca e espaços para o desenvolvimento motor e o convívio social dos alunos.

No último nível, o das escolas "avançadas", aparecem também laboratório de ciências e estrutura para atender alunos com necessidades especiais. Para os pesquisadores, esse é o cenário considerado "mais próximo do ideal" - e que é quase inexistente na rede educacional do País.

O mérito dessa pesquisa é mostrar que a precariedade das escolas, tanto públicas quanto privadas, é um problema generalizado. Girlene Ribeiro de Jesus, da Universidade de Brasília, que participou do trabalho, disse que, por mais que esperassem resultados ruins, os pesquisadores se chocaram com a quantidade de escolas classificadas no nível "elementar".


As diferenças regionais são ainda mais graves. Na Região Norte, 71% das 24 mil escolas têm infraestrutura apenas "elementar". No Nordeste, o porcentual é de 65,1%, enquanto no Sudeste é de 22,7%, no Sul é de 19,8% e no Centro-Oeste, de 17,6%. Mesmo nas regiões mais avançadas, a maioria das escolas encontra-se no nível "básico". No Sudeste, apenas 19,8% são consideradas "adequadas".

Há também diferenças significativas quando se analisam as redes federal, estadual e municipal. No nível federal, a maioria das escolas (62,5%) são "adequadas" ou "avançadas". Já a maioria das escolas estaduais (51,3%) está na categoria "elementar", enquanto 62,8% das escolas municipais encontram-se nas categorias "elementar" e "básica". É na esfera municipal, aliás, que o problema parece mais acentuado, pois é nessa rede que se concentram quase 100% das escolas que estão mais próximas do piso da categoria "elementar".

O estudo também confirma a percepção de que a precariedade estrutural das escolas é um problema bem mais acentuado no campo do que na cidade. Das escolas da zona rural, 85,2% estão no nível "elementar", ante 18,3% nas áreas urbanas. Mesmo as escolas particulares - muitas das quais são apenas caça-níqueis espalhados pelo País - apresentam graves problemas. Nada menos que 72,3% desses estabelecimentos têm infraestrutura apenas "elementar" ou "básica".

No momento em que se discute qual porcentual do PIB deve ser destinado à educação, é importante ter em conta quais são as reais prioridades para que se alcance a tão almejada revolução educacional - e é evidente que as condições materiais das escolas desempenham nela um papel crucial.

Editorial do jornal O Estado de S.Paulo, publicação desta segunda-feira (3/6).
Fonte: SECOM/CPP

sábado, 1 de junho de 2013

Sobre algumas estranhas coincidências

                                                    Juremir Machado da Silva

Existem estranhas coincidências neste mundo. Anotei algumas:

1)   Muitas das pessoas que defenderam o corte das árvores em Porto Alegre, em nome do progresso e contra os “excessos” do ecologismo, ficaram do lado das empresas do ônibus na questão do aumento das pesagens e chamaram os que se manifestaram contra isso de vagabundos, desocupados e baderneiros.

2)   Muitas das pessoas que defenderam o corte das árvores e o aumento das passagens de ônibus, em nome da sustentabilidade econômica e do desenvolvimento, ficaram, no passado, do lado da Ford contra o Estado do Rio Grande do Sul e, recentemente, do lado das concessionárias de pedágios e das decisões judiciais em favor do parasitismo dessas empresas.

3)   Muitas das pessoas que defenderam o corte das árvores, o aumento das passagens de ônibus, a Ford e as concessionárias de pedágios, em nome da ordem e do bem público, são contra, em geral, à comissão da verdade ou entendem que ela deveria investigar os “dois lados” e os “crimes dos terroristas”. Essas pessoas jamais chamam os torturadores a serviço do regime militar de terroristas nem defendem que eles sejam punidos.

4)   Muitas das pessoas que defenderam o corte das árvores, o aumento das passagens de ônibus, a Ford, as concessionárias de pedágios e que atacam a comissão da verdade, em nome da imparcialidade e dos altos interesses públicos, sustentam que não há mais liberdade de expressão na Argentina e na Venezuela, apesar de o Clarín ter mais de duzentas concessões de televisão e fazer oposição diária ao governo de Cristina Kirchner e de os jornais El Nacional e El Universal combaterem o chavismo todos os dias. Essas mesmas pessoas pouco ou nada se incomodaram com a falta de liberdade de expressão no Chile de Pinochet ou no Brasil dos militares. Não lhes basta dizer que há degradação da liberdade de expressão, conflito de interesses, disputa ideológica ou até tendência autoritária. Preferem um discurso mais radical, que chamam de objetivo.

5)   Muitas dessas pessoas que coincidentemente defenderam a Ford, silenciam agora sobre a decisão de justiça que obriga essa multinacional a indenizar o Rio Grande do Sul por ter tentado ficar com dinheiro que não lhe pertencia;  muitas dessas pessoas que defenderam a Ford e criminalizam qualquer movimento social não chamarão de baderneiros os ruralistas que bloquearão estradas neste mês de junho contra a demarcação de terras indígenas.

6)   Muitas dessas pessoas que defenderam o corte das árvores, denunciaram o ecologismo radical, defenderam o aumento das passagens de ônibus, as concessionárias de pedágios e a Ford e que atacam a comissão da verdade, a Argentina e a Venezuela, silenciam sobre a baderna ruralista, entusiasmam-se com leis mais repressivas em relação ao consumo de drogas, permitindo, por exemplo, a internação involuntária de dependentes, sem considerar garantias individuais fundamentais; muitas dessas pessoas “sensatas”  coincidentemente garantem que não há mais direita e esquerda e que as ideologias acabaram.

Não as julgo. Apenas constato: que coincidência!

E pergunto: será que algo as une?

Outra hipótese: não há essa coincidência, essas pessoas são muito mais heterogêneas do que parece e a percepção de que algo as aproxima, unifica ou relaciona não passa de uma ilusão ou de uma deformação ideológica típica de muitas pessoas que insistem em olhar o mundo de uma mesma maneira e por um viés político.

Hipóteses contraditórias podem andar unidas.

Mais uma estranha coincidência!

Longe de mim tomar partido nessa disputa aparentemente ideológica.

 Fonte: Blog do Juremir - Correio do Povo