sábado, 30 de agosto de 2014

Agressão em escola

CONFUSÃO NA CAPITAL

Professor teria sofrido agressão em escola


Ainda com dificuldades para falar, o professor de geografia Carlos Geovani Machado foi a uma delegacia de polícia da zona norte da Capital, na tarde de ontem, para relatar uma agressão sofrida na Escola Municipal Presidente Vargas, no bairro Passo das Pedras, na terça-feira. O agressor foi identificado como tio de um aluno. No mesmo dia, ele assinou um termo circunstanciado e foi liberado. O professor, sofreu fratura no maxilar, teve um dente quebrado e entrou em licença médica.


De acordo com ele, o episódio ocorreu no retorno de um passeio de turmas da escola. Machado e algumas colegas haviam levado um grupo de estudantes, todos adolescentes, a uma sessão de cinema. Na volta, no ônibus, o sumiço de alguns objetos da mochila de uma aluna provocou agitação. Na tentativa de acamá-los, Machado pediu que todos sentassem. Na confusão, um dos alunos acusou o professor de tê-lo agredido.


Na chegada à escola, o menino que fez a acusação foi rapidamente à casa de seu tio, que foi tomar satisfação do professor, pela suposta agressão.


– Foi tudo muito rápido. Não cheguei a ver nada. Só me dei conta quando já estava todo ensanguentado – conta.


Segundo testemunhas, o tio do aluno teria dado vários socos no professor e, como estava com uma pedra na mão, agravou as lesões. Machado disse que, além de ter sido agredido, sofreu ameaças, inclusive de morte.


O diretor pedagógico da Secretaria Municipal de Educação (Smed), Silvio Capaverde, disse que, durante a confusão no ônibus, o professor colocou a mão no ombro do aluno, solicitando que sentasse. Isso teria sido usado pelo estudante para alegar a suposta agressão. Na quinta-feira, foi realizada uma assembleia entre professores, funcionários e a comunidade escolar.


Em nota assinada pelo diretor pedagógico, a secretaria informou que “tem prestado apoio e solidariedade à direção e ao grupo de professores e funcionários”. Ainda de acordo com a o documento, “a Smed, em conjunto com a Rede de Proteção (formada pelo Conselho Tutelar, Fundação de Assistência Social e Cidadania e Secretaria de Saúde) está tomando providências legais em relação ao ocorrido”.
 
 
Fonte: profemarli.comunidades.net