Uma terceira aeronave será enviada pelo Instituto Chico Mendes para auxiliar no combate às chamas
30.3.13 atualizado às 19h59
A situação ainda é crítica na Estação Ecológica do Taim,
no sul do Rio Grande do Sul, quatro dias depois do início do incêndio
de grandes proporções que atinge a reserva. Segundo estimativas do
coordenador da área, Henrique Ilha, 3 mil hectares já foram atingidas
pelas chamas, que ainda se propagam em direção ao oceano.
Um dos empecilhos para o trabalho de combate ao incêndio
está na falta de estrutura do Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio), órgão do governo federal responsável pela
gestão da área, para combater o fogo. Em 2008, outro incêndio devastou
cerca de 4,7 mil hectares da área.
Como não conta com equipamentos próprios, o instituto
contratou uma empresa que enviou duas aeronaves, com capacidade de
despejar cinco mil litros de água. O problema é que houve atraso na
chegada no reforço, previsto para quinta-feira, e os dois veículos só
entraram em operação completa neste sábado – um deles chegou a fazer um
voo ontem, mas por apenas uma hora.
Segundo Henrique Ilha, a empresa, que enviou as
aeronaves da Bahia, alegou problemas climáticos e de burocracia para o
atraso. Já na estação, o problema para iniciar os voos foi as condições
da pista de pouso, que de acordo com os pilotos apresentava riscos.
Neste sábado, o coordenador solicitou apoio do governo
do Estado, que enviou um helicóptero para auxiliar no trabalho. Um
pedido de um novo avião também foi feito ao ICMBio, mas ainda não há
previsão de quando estará disponível. "Fiz essa solicitação, que foi
aprovada, mas não sei quando chega depois de tantos atrasos das outras
duas (aeronaves)", lamentou Henrique Ilha.
O helicóptero começa a atuar amanhã, enviando
brigadistas diretamente para a área atingida para combater o incêndio
por terra. "Hoje pegamos muito vento a partir das 10h, mas com as duas
aeronaves conseguimos evitar que as chamas se expandissem para o norte. O
problema é que não sabemos quando vamos conseguir controlar os focos
que avançam em direção ao mar", afirmou.
A suspeita é que um raio tenha provocado o fogo na
terça-feira, já que atingiu uma região de difícil acesso. Abrangendo uma
área de 11 mil hectares, o Taim é um grande viveiro natural de animais,
como capivaras, ratões, jacarés, tartarugas, tachã e garça-vaqueira,
entre outras, e vegetais, distribuídos em banhados, campos, lagoas,
praias arenosas e dunas litorâneas. A região abriga diversos
ecossistemas e possui alto valor ecológico para pesquisas e
experimentos.
Fonte: Portal Terra
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