O Banco Central (BC) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não
se manifestaram formalmente sobre a declaração feita pelo presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, de que os
bancos são lenientes no controle da abertura de contas e recebimento de
transferências de dinheiro.
O professor de economia da Universidade de Brasília (UnB), Roberto
Piscitelli, entende, porém, que a declaração do presidente do Supremo “é
grave e séria” porque põe sob suspeição os papéis de regulação e
fiscalização exercidos pelo BC, pela Receita Federal do Brasil e pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Piscitelli acha que a questão deve ter desdobramento, por se tratar de
acusação feita pelo chefe de um dos Três Poderes [o Judiciário], e que
no ano passado relatou a Ação Penal 470, o processo do mensalão, que
resultou na condenação de 25 pessoas, das quais 21 por lavagem de
dinheiro.
O professor da UnB evita comentários a respeito, até por não dispor de
evidências veementes para tanto. Ressalta, contudo, que existe,
atualmente, no Brasil, “uma facilidade muito grande de movimentação de
capitais”. Uma liberalidade de entradas e saídas de dinheiro de difícil
controle, ressaltou.
Fonte: Editor Saúde & Previdência (14.3.13)
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