Hoje(26/6), o Banco Central divulgou Nota
para a Imprensa sobre as taxas de juros médias dos empréstimos
bancários. No quadro 41 da tabela, verifica-se que a taxa média
cobrada de pessoas físicas foi de 38,8% ao ano em maio, taxa
esta equivalente a mais que o quádruplo da “Taxa Selic”,
e bastante próxima à taxa observada em dezembro de 2010,
de 40,6% ao ano. No caso da taxa cobrada de empresas, ela “caiu”
de 27,9% ao ano (em dez/2010) para 25% em maio de 2012.
Segundo os dados do próprio Banco Central, o
chamado “spread” bancário (ou seja, a diferença
entre as taxas cobradas pelos bancos e as taxas pagas por estes na captação
de recursos) subiu no período, de 23,5% para 24,7% ao ano, ou
seja, ambas são estratosféricas!
A queda da taxa de juros“Selic” também
não tem significado a redução no custo da dívida
pública: dado divulgado ontem pelo Tesouro
Nacional (planilha 4.1) mostra que o custo da dívida interna
federal subiu para 12,16% ao ano em maio, valor este bem maior que a
Taxa “Selic” (8,5% ao ano) e ainda maior que o observado
no início do ano (11,56%). Conforme mostra a planilha 2.5, apenas
27,02% da Dívida Interna sob responsabilidade do Tesouro Nacional
estava indexada a Taxa flutuante (“Selic”). E segundo a
planilha 1.2, apenas 4,6% dos títulos da dívida emitidos
em 2012 foram indexados à Taxa Selic.
Tais dados provam o que temos denunciado: justamente
quando a Selic cai, o Tesouro passa a vender títulos da dívida
a taxas superiores à Selic.
Em suma: ganhando altíssimas taxas de juros
com a dívida pública, os bancos não se interessam
em baixar efetivamente as taxas de juros para pessoas e empresas.
fonte: Portal 15º Núcleo CPERS/Sindicato
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