Para
analisar a persistência da situação desvantajosa vivenciada pelos
negros no mercado de trabalho do país, o Dieese preparou um estudo com
base em dados apurados pelo Sistema Pesquisa de Emprego e Desemprego
(SPED) que retrata o desequilíbrio existente na valoração do trabalho
entre os grupos de cor da força de trabalho ocupada.
No estudo se destaca que:
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Nas áreas metropolitanas, os negros correspondem a 48,2% dos ocupados,
mas, em média, recebem por seu trabalho 63,9% do que recebem os não
negros;
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A desvantagem registrada entre a remuneração de negros e não negros é
pouco influenciada pela região analisada, horas trabalhadas ou setor de
atividade da economia;
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À medida que acrescentam anos de estudo à sua formação, pretos e pardos
melhoram suas condições de remuneração, mas, é nos patamares de maior
escolaridade que se constatam as discrepâncias mais acentuadas de
rendimentos entre negros e não negros;
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Na indústria metropolitana, o confronto de rendimentos-hora de
trabalhadores com ensino superior completo indica que, em média, os
ganhos dos negros ficam em R$ 17,39, enquanto os dos não negros ficam na
ordem de R$ 29,03.
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Os negros ocupam os grupos ocupacionais de menor prestigio e
valorização: Na Região Metropolitana de São Paulo, enquanto 18,1% dos
ocupados não negros alcançam cargos de direção e planejamento, apenas
3,7% dos negros chegam lá.
Fonte: Dieese
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