domingo, 10 de novembro de 2013

Estudo do Dieese retrata situação dos negros no mercado de trabalho

Para analisar a persistência da situação desvantajosa vivenciada pelos negros no mercado de trabalho do país, o Dieese preparou um estudo com base em dados apurados pelo Sistema Pesquisa de Emprego e Desemprego (SPED) que retrata o desequilíbrio existente na valoração do trabalho entre os grupos de cor da força de trabalho ocupada.


No estudo se destaca que:


- Nas áreas metropolitanas, os negros correspondem a 48,2% dos ocupados, mas, em média, recebem por seu trabalho 63,9% do que recebem os não negros;


-  A desvantagem registrada entre a remuneração de negros e não negros é pouco influenciada pela região analisada, horas trabalhadas ou setor de atividade da economia;


- À medida que acrescentam anos de estudo à sua formação, pretos e pardos melhoram suas condições de remuneração, mas, é nos patamares de maior escolaridade que se constatam as discrepâncias mais acentuadas de rendimentos entre negros e não negros;


- Na indústria metropolitana, o confronto de rendimentos-hora de trabalhadores com ensino superior completo indica que, em média, os ganhos dos negros ficam em R$ 17,39, enquanto os dos não negros ficam na ordem de R$ 29,03.


- Os negros ocupam os grupos ocupacionais de menor prestigio e valorização: Na Região Metropolitana de São Paulo, enquanto 18,1% dos ocupados não negros alcançam cargos de direção e planejamento, apenas 3,7% dos negros chegam lá.
Fonte: Dieese

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