A depressão é a segunda causa mais comum de invalidez em todo o mundo, atrás somente de dores nas costas, segundo um estudo recém-publicado.
na BBC Brasil
O estudo, publicado na revista científica PLOS Medicine, comparou a depressão clínica com mais de outras 200 doenças e lesões apontadas como causas de invalidez.
De acordo com a
Organização Mundial da Saúde, globalmente apenas uma pequena proporção
dos pacientes com depressão tem acesso a tratamento.Segundo os autores
da pesquisa, a doença deve ser tratada como uma prioridade de saúde
pública global.
Apesar de ser
globalmente classificada como segunda principal causa de invalidez, a
depressão tem um impacto variado dependendo do país e da região.
A incidência de
depressão é maior em países como Afeganistão, Rússia e Turquia e menor
em locais como Austrália, China, México, Japão e Grã-Bretanha.
O Brasil, assim como os
demais países da América do Sul, são classificados como nações de
incidência média de depressão, assim como países como Estados Unidos,
Índia, a maior parte da Europa e da África.
'Mais atenção'
"A depressão é um grande
problema e nós definitivamente precisamos prestar mais atenção a isso
do que estamos prestando agora", disse à BBC a coordenadora do estudo,
Alize Ferrari, da Escola de Saúde Populacional da Universidade de
Queensland, na Austrália.
"Ainda há mais trabalho a
fazer em termos de conscientização sobre a doença e também em descobrir
formas de tratá-la com sucesso", disse.
"O peso da doença é
diferente entre os países. Ele costuma ser maior em países de renda
média ou baixas e menor em países de alta renda", observou.
Segundo ela, as
autoridades já fizeram um grande esforço para conscientizar sobre a
doença, mas "ainda há muito estigma associado à saúde mental".
"O que uma pessoa
reconhece como causa de invalidez pode ser diferente de outra pessoa e
pode ser diferente entre os países também. Há muitas implicações
culturais e interpretações envolvidas, o que torna mais importante
aumentar a conscientização sobre o tamanho do problema e também os
sinais de como detectar isso", diz.
Os dados - do ano 2010 -
seguem os padrões de outros estudos semelhantes realizados em 1990 e em
2000 sobre depressão em todo o mundo.
Fonte: Blog do Mario
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