A Comissão de Segurança e Serviços Públicos realizou na manhã desta quinta-feira (9) audiência pública para discutir o PLC 154 2011, que trata da inclusão do pai e da mãe de servidor público, naurais ou adotivos, como dependentes no plano IPE-Saúde. Precisam, porém, comprovar dependência econômica caracterizada pela renda mensal não superior ao piso salarial mínimo estabelecido por lei aos servidores públicos estaduais. A direção do CPERS/Sindicato acompanhou o debate realizado.
Autor do projeto, o deputado Paulo Odone (PPS), entende que o projeto corrige uma uma distorção na visão dos dependentes em saúde da previdência estadual. Ao final da reunião, foi definido que o Instituto irá apresentar um estudo do impacto financeiro da proposta.
O desembargador Roque
Joaquim Volkweiss lembrou que saúde é um direito constitucional.
"Segurar pai e mãe como beneficiários do plano de saúde
é prática já existente. Eu não me sentira
bem se tivesse meus pais com pequenos recursos e não pudesse segurá-los.
Digo que isso já existe, pela ótica do Direito, pois é
uma questão constitucional. Está assegurado que a Saúde
é uma questão do Estado, da União e do Município”.
O ex-presidente do IPE,
Otomar Vivian, ressaltou o mérito do projeto e a sua constitucionalidade.
“Posso afirmar, sem nenhuma dúvida, que o IPE-Saúde
é um dos melhores planos do Brasil. Contamos com um corpo técnico
da melhor qualidade, com embasamento das questões atuariais. É
inaceitável que os pais que nos geraram, que nos formaram inclusive
para sermos servidores, não possam ser colocados como dependentes”,
falou.
A presidente do CPERS/Sindicato,
Rejane de Oliveira, também manifestou-se favorável à
iniciativa da inclusão dos pais como dependentes, e sugeriu adequações
na definição da dependência econômica, usando
o salário mínimo nacional como parâmetro. “Somos
favoráveis ao projeto, achamos que seu mérito é uma
questão social. Falando de nós, professores, somos uma categoria
que está muito empobrecida, vive uma situação de
miséria. Este projeto ajuda a amenizar essa situação",
falou, mencionando que a medida traz tranquilidade aos professores, ao
saberem que seus familiares estão amparados pela cobertura de um
plano de Saúde.
Odone disse que irá
avaliar a sugestão do CPERS. "Ninguém quer pôr
em risco a saúde financeira e a sustentabilidade do IPE-Saúde.
O piso mínimo do servidor estadual foi usado para se ter um parâmetro,
mas o objetivo é que se dê o beneficio a quem o necessita.
Vamos ponderar e contar com a sensibilidade da Assembleia para avaliar
a sugestão. Ao mesmo tempo, temos que tomar cuidado para que o
projeto não perca sua função e acabe por beneficiar
os não carentes”, esclareceu.
O chefe de gabinete do
presidente do IPE, Cassius Rosa, comprometeu-se em apresentar um estudo
do impacto financeiro da proposta. Rosa também informou alguns
números da previdência no estado. Segundo ele, o IPE é
o 9º maior plano de saúde do Brasil, incluindo os privados,
e o maior plano de auto-gestão no País. "Hoje temos
1milhão de beneficiários que correspondem a 10% da população
gaúcha. Isso nos coloca como um dos pilares do sistema de saúde
do estado. Há casos de hospitais em que 90% das receitas vem do
IPE", declarou.
Com informações
do site da Alergs
Fonte: Site 15º Núcleo CPERS/Sindicato
Fonte: Site 15º Núcleo CPERS/Sindicato
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