O próximo capítulo do projeto que trata do Plano Nacional de 
Educação (PNE) é a análise pelo Senado. Em 04/09, o PL 8035/2010 
livrou-se da necessidade de ser analisado no plenário da Câmara, após 
ter sido aprovado por uma comissão especial em junho.
No dia 04, alguns deputados conseguiram a retirada de apoios ao 
recurso apresentado pelo líder do governo, que obrigava a proposta a ser
 apreciada por todos parlamentares. O documento havia conseguido 80 
assinaturas para ser apresentado, mas perdeu 46 delas, ficando sem 
efeito.
Resta agora o projeto passar por uma revisão do texto na Comissão
 de Constituição e Justiça, antes de ir para o Senado. A proposta prevê 
10% do PIB em investimentos na educação, índice que foi alcançado com a 
pressão sobre o governo, que havia proposto inicialmente 7%, para ser 
atingido em até 10 anos, prazo de validade do PNE.
A estratégia governista de levar o assunto para o plenário seria 
para tentar alterar a Meta 20, que fala dos investimentos no setor. 
Porém, a intenção do recurso apresentado era a de 'congelar' o projeto, 
visto que o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) poderia 'sentar em 
cima' do documento e não colocá-lo em pauta, seguindo recomendação da 
presidenta Dilma Rousseff.
Para se ter uma ideia do pensamento da equipe governista, logo 
após a aprovação do projeto na comissão da Câmara, o ministro da 
Fazenda, Guido Mantega, disse que esse tipo de investimento "quebraria o
 estado brasileiro".
As entidades que defendem a manutenção do percentual de 10% do 
PIB em educação devem ficar atentas à tramitação no Senado e aos 
próximos passos do governo federal sobre o PNE.
Fonte: FEPESP 
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