quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Mercadante: estagnação econômica reflete rendimento do País no ensino

Os números do Brasil no ensino superior, constatados em relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgados nesta terça-feira, são o resultado de duas décadas de estagnação econômica, avaliou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. De acordo com ele, esforços estão sendo feitos para mudar esse quadro. "O Brasil está revertendo esse quadro e hoje está em plena expansão", disse.

Segundo Mercadante, a nova geração tem mais oportunidades do que as anteriores. "Houve um compromisso estratégico e foi fortalecido, primeiro por uma decisão de governo. O fim da Desvinculação de Recursos da União (DRU) contribuiu para isso e permitiu novos instrumentos como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que é muito mais amplo que o Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério)", acrescentou.

O ministro disse que o estudo não mostrou o impacto de programas educacionais, como o Universidade para Todos (ProUni), Financiamento Estudantil (Fies) e Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

O estudo revela que em um grupo de 29 países, o Brasil ocupa o 23º lugar no ranking de investimentos no ensino superior. Além disso, mostra que foi investido em média 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nessa etapa de ensino. O estudo alerta sobre o baixo investimento em educação quando há a comparação com o Produto Interno Bruto (PIB). Segundo os dados, os investimentos brasileiros no ensino em geral atingiram 5,55% do PIB, enquanto a meta para os países da OCDE é 6,23%.

O aumento de investimentos em educação com 10% dos recursos do PIB foi definido no Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Senado, e é defendido por organismos do setor educacional, entretanto, ainda é assunto polêmico. A medida prevê a aplicação desse montante de recursos em políticas públicas do setor em até dez anos. Mercadante ressaltou que o Congresso Nacional ainda não definiu essas regras de financiamento.

"Para praticamente dobrar os investimentos em quase uma década ou há aumento de impostos, como a criação de uma nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), ou há cortes em outras áreas do Orçamento (Geral da União). O caminho promissor que o Brasil tem é vincular todos os royalties do pré-sal e metade do fundo social do regime de partilha tanto dos municípios, quanto dos estados e da União", argumentou.

"Dessa forma, poderíamos ter metas muito mais ambiciosas no Brasil. É mais fácil partirmos o que não foi dividido do que cortar recursos já existentes como saúde e segurança pública", completou o ministro.

Fonte: Portal Terra

Comentário

É muito pouco investimento em educação para a 6ª economia do Planeta. Basta de desculpas!
Temos que investir mais em educação. Muito mais...

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