segunda-feira, 24 de setembro de 2012

RS: novo sistema de avaliação de escolas será lançado amanhã

A Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul vai lançar na terça-feira um novo modelo de avaliação escolar. Escolas estaduais, Coordenadorias Regionais de Educação e a sede da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) passarão a ser avaliadas institucionalmente pelo Sistema Estadual de Avaliação Participativa (Seap) da Educação. As instituições serão analisadas por todos os membros que as compõem - alunos, professores, equipes diretivas, pais e responsáveis, servidores, gestores.

Segundo o secretário da Educação, José Clóvis de Azevedo, a ideia é utilizar o sistema para construir um diagnóstico que "permita compreender e decifrar aquilo que está além do que o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) tem mostrado sobre a realidade do Estado".

O Seap está dividido em seis dimensões: gestão institucional; espaço físico; organização e ambiente de trabalho; condições de acesso, permanência e sucesso da escola; formação dos profissionais da educação e práticas pedagógicas e de avaliação e cinquenta indicadores com seus respectivos descritores. As dimensões geram 50 indicadores cada, e estes têm cinco descritores - da situação ideal, valor 5, à situação precária, valor 1 - num total de 250 descritores.

Composto por seis cadernos orientadores (três dirigidos às instituições - escolas, CREs e órgão central - e três relacionados com a política de recursos humanos - avaliação de docentes, professores e especialistas, diretores e vice-diretores de escolas), o SEAP se divide em três pilares: diagnóstico e análise institucional (escolas, CREs e Órgão Central) e análise de indivíduos.

Em relação aos profissionais da Educação, o Seap é composto por três cadernos, docentes, professores e especialistas e diretores e vice-diretores. São 20 indicadores, com cinco descritores cada. O novo sistema altera o Decreto 34.823/93, no que se refere à promoção de professores e especialistas em educação por merecimento, cuja pontuação passa a ter centralidade na formação inicial e continuada (o sistema em vigência confere à formação 13,47% da pontuação; este índice, pela nova proposta, passa para 64,86%).

O percurso individual contará com 20 indicadores, com cinco descritores cada, totalizando 100 descritores.

Fonte: Portal Terra

Comentário

Rejane de Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Cpers):

"Não precisamos de um sistema de avaliação para saber que a situação das escolas é ruim, que o governo não investe, que não existem laboratórios, que falta material didático. O governo tenta mascarar a falta de políticas públicas para a educação por meio desses mecanismos de aferição."
 

Fonte: Top Educação

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