O
CPERS/Sindicato promove Ato Político Nacional em defesa do Piso
Salarial dos Educadores e em repúdio à Ação Direta de
Inconstitucionalidade (Adin 4848) movida pelo governador Tarso Genro e
outros cinco governadores.
A atividade acontece no dia 1º de
outubro, às 18 horas, no teatro da AMRIGS (Avenida Ipiranga, 5311), em
Porto Alegre. Entidades e personalidades ligadas à educação serão
convidadas para o ato político.
A
ADIN 4848 configura um profundo desrespeito à Lei 11.738/08, que
implantou o Piso Salarial e cuja constitucionalidade foi confirmada pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) em 2011.
O
governo do Rio Grande do Sul, além de não respeitar a lei e a
determinação do STF, busca uma nova medida para protelar o cumprimento
de uma importante conquista dos educadores brasileiros.
Trata-se
de uma gravíssima afronta à dignidade do povo brasileiro, que espera
dos governos o respeito ao direito de se ter educação de qualidade e à
valorização dos trabalhadores em educação.
Diante deste novo ataque do governo do Rio Grande do Sul aos educadores
de todo o País, torna-se necessária uma resposta urgente de todos que
defendem o respeito à lei do piso.
Além de Tarso, a Adin é assinada pelos governadores Marconi Perillo
(PSDB/GO), José de Anchieta Jr. (PSDB/RR), André Puccinelli (PMDB/MS),
Raimundo Colombo (PSD/SC) e Wilson Martins (PSB/PI).
Fonte: Portal CPERS/Sindicato
domingo, 30 de setembro de 2012
O que você sabe sobre os conceitos básicos da Sociologia?
Em 1971, por imposição do governo militar que governava o Brasil de 1964
a 1985, os alunos de ensino médio perderam o direito de aprender sobre
sociologia na escola. Trinta e sete anos depois, através de uma lei
sancionada pelo vice-presidente da República José Alencar - na época no
exercício da presidência -, Marx, Weber e Durkheim encontram seu caminho
de volta ao currículo escolar, com o retorno da obrigatoriedade da
disciplina.
"O professor de sociologia do ensino médio tem como tarefa tentar desenvolver um aluno com conhecimento voltado para a cidadania", explica Emerson Ricardo Girardi, professor de Sociologia do colégio FAAB, em São Paulo. De acordo com ele, a disciplina tenta fornecer conhecimento ao estudante para que ele realize intervenções na sociedade, no intuito de formar cidadãos mais críticos.
Girardi afirma que, desde o retorno da obrigatoriedade da matéria, a sociologia tem enfrentado uma dupla realidade: de um lado, a aceitação, e de outro, a resistência. "A resistência parte mais das estruturas escolares do que dos alunos", diz. Para ele, o pouco espaço reservado nas grades de horários para a sociologia é um exemplo de como a disciplina foi introduzida por causa da obrigatoriedade, mas não "introduzida de fato".
"Existe um medo por parte das escolas de que o professor vá fazer uma doutrinação marxista nos alunos, o mesmo medo que levou a ditadura a proibir a disciplina", lamenta Emerson. Ele garante que o ensino ideológico não é da matéria em si, mas depende do professor que a ministra.
O currículo da disciplina pode variar de acordo com o professor: alguns focam no ensino dos teóricos clássicos, outros em realizar debates sobre questões da atualidade. Na opinião de Girardi, um meio termo entre os dois seria a melhor solução. "Os alunos gostam muito de debater o que está acontecendo no mundo, mas é preciso tentar relacionar com a teoria para não ficar uma aula de 'achismos'", reflete. O professor conta que a disciplina desperta o interesse de vários alunos nas Ciências Sociais e que alguns deles passam a contemplar uma carreira na área ou em áreas relacionadas.
Fonte: Portal Terra
"O professor de sociologia do ensino médio tem como tarefa tentar desenvolver um aluno com conhecimento voltado para a cidadania", explica Emerson Ricardo Girardi, professor de Sociologia do colégio FAAB, em São Paulo. De acordo com ele, a disciplina tenta fornecer conhecimento ao estudante para que ele realize intervenções na sociedade, no intuito de formar cidadãos mais críticos.
Girardi afirma que, desde o retorno da obrigatoriedade da matéria, a sociologia tem enfrentado uma dupla realidade: de um lado, a aceitação, e de outro, a resistência. "A resistência parte mais das estruturas escolares do que dos alunos", diz. Para ele, o pouco espaço reservado nas grades de horários para a sociologia é um exemplo de como a disciplina foi introduzida por causa da obrigatoriedade, mas não "introduzida de fato".
"Existe um medo por parte das escolas de que o professor vá fazer uma doutrinação marxista nos alunos, o mesmo medo que levou a ditadura a proibir a disciplina", lamenta Emerson. Ele garante que o ensino ideológico não é da matéria em si, mas depende do professor que a ministra.
O currículo da disciplina pode variar de acordo com o professor: alguns focam no ensino dos teóricos clássicos, outros em realizar debates sobre questões da atualidade. Na opinião de Girardi, um meio termo entre os dois seria a melhor solução. "Os alunos gostam muito de debater o que está acontecendo no mundo, mas é preciso tentar relacionar com a teoria para não ficar uma aula de 'achismos'", reflete. O professor conta que a disciplina desperta o interesse de vários alunos nas Ciências Sociais e que alguns deles passam a contemplar uma carreira na área ou em áreas relacionadas.
Fonte: Portal Terra
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Professores contratados pelo Estado chegam a ficar seis meses sem receber salários
Contratados emergencialmente
para suprir a falta de professores na rede estadual, diversos profissionais da
educação estão sem receber salário após meses dando aulas. Na manhã desta
quinta-feira, ao menos 23 professores que lecionam em Canoas, na Região Metropolitana,
foram demitidos sem perspectiva de receber pelos meses trabalhados.
Este é o caso do professor de Geografia e Sociologia
Décio Machado, que ministrou aulas na Escola de Ensino Médio André Puente, em
Canoas. Segundo o professor, a Secretaria de Educação afirmou que o governo
errou nos cálculos e não tem verbas para pagar os contratados.
Já o
caso da professora Daniela Prates é mais grave. Contratada emergencialmente em
abril, segue dando aulas de Química na Escola Estadual Gilcério Alves, na zona
Sul da Capital, mas não recebe salários há seis meses. Sobrevivendo com o
dinheiro de aulas particulares, conta que chegou a passar um mês com R$ 200.
Com as
demissões dessa manhã, centenas de alunos ficaram sem aulas na cidade de
Canoas. Segundo a diretora da Escola Estadual Gomes Jardim, Kátia Borba, cerca
de cem alunos estão sem aulas no turno da noite devido à demissão de uma
professora.
Segundo
o Cpers-Sindicato, o problema acontece em diversas cidades do Estado. Procurada
para dar explicações sobre o assunto, a Secretaria de Educação disse que vai se
manifestar durante a tarde.
Fonte: Blog 20º Núcleo CPERS/Sindicato
Comentário
"Segundo o professor, a Secretaria de Educação afirmou que o governo errou nos cálculos e não tem verbas para pagar os contratados"
Ironicamente, parece que a Secretaria de Educação não terá uma boa nota na nova avaliação criada por ela mesma...
E a professora contratada desde abril e que ainda não recebeu salários... E dizem que a educação é prioridade! Você acredita?
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
E o salário do professor continua baixinho, baixinho
* Mário Marcos de Souza
Há algum tempo lembrei aqui, ao escrever um texto sobre educação, a entrevista em que um reitor da PUC fazia a previsão de que em poucos anos alguns cursos de licenciatura seriam fechados por falta de alunos. Sem previsão de ter bons salários depois da formatura, os estudantes estavam buscando carreiras mais sólidas, que garantissem mais apoio e melhores salários.
Pois bem, no início da tarde desta segunda-feira, ouvi a notícia de que a Unilasalle tem planos de fechar alguns cursos de licenciatura já no próximo ano.
A justificativa do vice-reitor para a decisão da universidade confirma a previsão sombria feita há mais de 10 anos por seu colega da PUC: de 2002 a 2012, em um curso período, o número de alunos que procuram os cursos de licenciatura caíram 75%.
Neste ritmo, algumas carreiras (Geografia, entre elas) não terão professores nem candidatos a ensinar as matérias.
Sem garantia de bons salários e até de cumprimento ao menos do modesto piso salarial da categoria, os melhores estudantes partem para outras opções, deixando a vocação de lado.
Enquanto governantes e sociedade não se convencerem de que o ponto de partida da educação está na valorização dos mestres, seguiremos ladeira abaixo.
* Mário Marcos de Souza é jornalista
Fonte: Top Educação
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
RS: novo sistema de avaliação de escolas será lançado amanhã
A Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul vai
lançar na terça-feira um novo modelo de avaliação escolar. Escolas
estaduais, Coordenadorias Regionais de Educação e a sede da Secretaria
de Estado da Educação (Seduc) passarão a ser avaliadas
institucionalmente pelo Sistema Estadual de Avaliação Participativa
(Seap) da Educação. As instituições serão analisadas por todos os
membros que as compõem - alunos, professores, equipes diretivas, pais e
responsáveis, servidores, gestores.
Segundo o secretário da Educação, José Clóvis de Azevedo, a ideia é utilizar o sistema para construir um diagnóstico que "permita compreender e decifrar aquilo que está além do que o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) tem mostrado sobre a realidade do Estado".
O Seap está dividido em seis dimensões: gestão institucional; espaço físico; organização e ambiente de trabalho; condições de acesso, permanência e sucesso da escola; formação dos profissionais da educação e práticas pedagógicas e de avaliação e cinquenta indicadores com seus respectivos descritores. As dimensões geram 50 indicadores cada, e estes têm cinco descritores - da situação ideal, valor 5, à situação precária, valor 1 - num total de 250 descritores.
Composto por seis cadernos orientadores (três dirigidos às instituições - escolas, CREs e órgão central - e três relacionados com a política de recursos humanos - avaliação de docentes, professores e especialistas, diretores e vice-diretores de escolas), o SEAP se divide em três pilares: diagnóstico e análise institucional (escolas, CREs e Órgão Central) e análise de indivíduos.
Em relação aos profissionais da Educação, o Seap é composto por três cadernos, docentes, professores e especialistas e diretores e vice-diretores. São 20 indicadores, com cinco descritores cada. O novo sistema altera o Decreto 34.823/93, no que se refere à promoção de professores e especialistas em educação por merecimento, cuja pontuação passa a ter centralidade na formação inicial e continuada (o sistema em vigência confere à formação 13,47% da pontuação; este índice, pela nova proposta, passa para 64,86%).
O percurso individual contará com 20 indicadores, com cinco descritores cada, totalizando 100 descritores.
Fonte: Portal Terra
Comentário
Rejane de Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Cpers):
"Não precisamos de um sistema de avaliação para saber que a situação das escolas é ruim, que o governo não investe, que não existem laboratórios, que falta material didático. O governo tenta mascarar a falta de políticas públicas para a educação por meio desses mecanismos de aferição."
Fonte: Top Educação
Segundo o secretário da Educação, José Clóvis de Azevedo, a ideia é utilizar o sistema para construir um diagnóstico que "permita compreender e decifrar aquilo que está além do que o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) tem mostrado sobre a realidade do Estado".
O Seap está dividido em seis dimensões: gestão institucional; espaço físico; organização e ambiente de trabalho; condições de acesso, permanência e sucesso da escola; formação dos profissionais da educação e práticas pedagógicas e de avaliação e cinquenta indicadores com seus respectivos descritores. As dimensões geram 50 indicadores cada, e estes têm cinco descritores - da situação ideal, valor 5, à situação precária, valor 1 - num total de 250 descritores.
Composto por seis cadernos orientadores (três dirigidos às instituições - escolas, CREs e órgão central - e três relacionados com a política de recursos humanos - avaliação de docentes, professores e especialistas, diretores e vice-diretores de escolas), o SEAP se divide em três pilares: diagnóstico e análise institucional (escolas, CREs e Órgão Central) e análise de indivíduos.
Em relação aos profissionais da Educação, o Seap é composto por três cadernos, docentes, professores e especialistas e diretores e vice-diretores. São 20 indicadores, com cinco descritores cada. O novo sistema altera o Decreto 34.823/93, no que se refere à promoção de professores e especialistas em educação por merecimento, cuja pontuação passa a ter centralidade na formação inicial e continuada (o sistema em vigência confere à formação 13,47% da pontuação; este índice, pela nova proposta, passa para 64,86%).
O percurso individual contará com 20 indicadores, com cinco descritores cada, totalizando 100 descritores.
Fonte: Portal Terra
Comentário
Rejane de Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Cpers):
"Não precisamos de um sistema de avaliação para saber que a situação das escolas é ruim, que o governo não investe, que não existem laboratórios, que falta material didático. O governo tenta mascarar a falta de políticas públicas para a educação por meio desses mecanismos de aferição."
Fonte: Top Educação
sábado, 22 de setembro de 2012
STF vem atuando como tribunal de exceção
Postado por Juremir em 22 de setembro de 2012 - Política
Do Valor
“Mensalão será um julgamento de exceção”, diz Wanderley Guilherme
Por Cristine Prestes | De São Paulo
“Mensalão será um julgamento de exceção”, diz Wanderley Guilherme
Por Cristine Prestes | De São Paulo
O mensalão não tem nada de emblemático – ao contrário disso, será um
julgamento de exceção. Essas são as palavras do cientista político
Wanderley Guilherme dos Santos, para quem os ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) têm construído um discurso paralelo ao longo das
sessões que destoa da tradição da Corte. “Nunca mais haverá um
julgamento em que se fale sobre flexibilização do uso de provas, sobre
transferência do ônus da prova aos réus, não importa o que aconteça”,
afirma.
As inovações citadas por Santos sustentam sua crença na exceção.
Presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, autarquia do Ministério da
Cultura, o estudioso da democracia e de regimes autoritários é
considerado um decano da ciência política no Brasil. A seguir, os
principais trechos da entrevista concedida ontem, por telefone, ao
Valor:
Valor: Na sua avaliação, o julgamento do mensalão no Supremo tem sido técnico ou político?
Wanderley Guilherme dos Santos: Estou seguro de que até agora, do que
tenho acompanhado, os votos finais dos ministros tiveram um fundamento
técnico. Eles se referem sempre a pontos do Código Penal, que
explicitam quais sejam, e dão as razões pelas quais as evidências
apresentadas justificam aquela votação. Comentários paralelos,
entretanto, raramente têm tido a ver com esses votos. Alguns ministros
têm feito comentários que não têm nenhuma pertinência com o que vem
sendo julgado. Temo que isso seja uma preparação para julgamentos e
votos que não sejam tão bem fundamentados legalmente, mas sim baseados
nas premissas que os juízos paralelos vêm cristalizando no cérebro das
pessoas que assistem. Temo que uma condenação dos principais líderes do
PT, e do PT como partido, acabe tendo por fundamento não evidências
apropriadas, mas o discurso paralelo que vem sendo construído.
Valor: O sr. está falando do uso da teoria do domínio do fato, usada
para atribuir responsabilidade penal a um réu que pertence a um grupo
criminoso, mas que, por ocupar função hierarquicamente superior, não é o
mesmo sujeito que pratica o ato criminoso?
Wanderley Guilherme: Entre outras coisas. Se retomarmos a primeira
sessão, quando os ministros estavam decidindo se deveriam fatiar ou não o
julgamento, Gilmar Mendes fez uma declaração que muito me assustou.
Ele disse que ‘o julgamento [do processo do mensalão no Supremo]
desmistifica a lenda urbana de que prerrogativa de foro é sinônimo de
impunidade’ e que isso tinha que acabar. Fiquei assustado. O que é isso?
Ele já estava dizendo que, para efeito de demonstrar à opinião pública
que ela tem um preconceito sem fundamento em relação ao Supremo, o
tribunal vai condenar. Ao longo do processo o ministro Luiz Fux, ao
julgar alguns dos réus do processo por gestão temerária, disse que era
uma gestão horrorosa. Não existe gestão horrorosa, isso é um comentário
que se faz em campo de futebol, não é um comentário de um ministro da
Suprema Corte.
Valor: O sr. acha que os ministros estão dizendo, nas entrelinhas do
julgamento, que o tribunal condenará alguns réus sem fundamentar essas
condenações em provas concretas?
Wanderley Guilherme: Exato, são comentários que às vezes não têm a
ver com o que está sendo julgado, mas na hora do voto os ministros votam
de acordo com a legislação. É uma espécie de vale-tudo. Esse é meu
temor. O que os ministros expuseram até agora é a intimidade do caixa 2
de campanhas eleitorais e o que esse caixa 2 provoca. A questão
fundamental é: por que existe o caixa 2? Isso eles se recusam a
discutir, como se o que eles estão julgando não fosse algo comum – que
pode variar em magnitude, mas que está acontecendo agora, não tenho a
menor dúvida. Como se o que eles estão julgando fosse alguma coisa
inédita e peculiar, algum projeto maligno.
Valor: O Supremo está destoando da forma como costuma julgar outros processos?
“Nunca vi um julgamento que inovasse em tantas coisas ao mesmo tempo. Duvido que aconteça de novo”
Wanderley Guilherme: Sem dúvida. Esse Supremo tem sido socialmente
muito avançado, bastante modernizador, mas ele é politicamente
pré-democrático. Primeiro porque os ministros têm uma ojeriza em relação
à política profissional, como se eles não fizessem política – fazem o
tempo todo. Mas em relação à política profissional eles têm um certo
desprezo aristocrático. E quando na política brasileira irrompeu a
política popular de mobilização, eles não aceitaram, dão a isso um
significado de decadência, degradação.
Valor: Ainda que o caixa 2 de campanhas eleitorais tenha sido o que
motivou os demais crimes apontados pela acusação, em nenhum momento o
Supremo coloca em julgamento o sistema eleitoral brasileiro?
Wanderley Guilherme: Nossa legislação eleitoral é nebulosa, confusa,
inconsistente. Isso está nos jornais todos os dias, cada eleição é um
momento de elevado índice de litígios na sociedade. Cada zona eleitoral
decide de forma diferente a propósito dos mesmos fatos. É uma
legislação que provoca conflitos, que traz uma imprevisibilidade
jurídica enorme para o sistema brasileiro. Mas os ministros não querem
aceitar isso, não querem aceitar que a Justiça eleitoral é a causadora
dos problemas políticos no país.
Valor: Mas na atual fase do julgamento, que envolve o núcleo
político, os ministros do Supremo estão citando as coligações entre o PT
e outros partidos de diferentes posições ideológicas…
Wanderley Guilherme: Eles acham que não existem coligações entre
partidos de orientações diferentes, acham isso uma aberração brasileira,
mas não conhecem a democracia. Por isso que eu digo que é
pré-democrático, eles têm uma ideia de como a democracia funciona no
mundo inteiramente que é inteiramente sem fundamento, acham que a
democracia é puramente ideológica. Os sistemas de representação
proporcional são governados por coalizões das mais variadas. Não tem
nada de criminoso nisso. Mas os ministros consideram que, para haver
coligações dessa natureza, só pode haver uma explicação criminosa no
Código Penal. Isso é um preconceito.
Valor: Se o Supremo condenar os réus do núcleo político sem
fundamentar suas decisões em provas de que houve crimes, mas o fazendo
apenas porque partidos de diferentes vertentes de pensamento se
coligaram, isso não comprometeria várias instituições brasileiras, a
começar pelo próprio sistema político?
Wanderley Guilherme: Comprometeria se esse julgamento fosse
emblemático, como sugerem. Na minha opinião, dependendo do final do
julgamento, acho que nunca mais vai acontecer. Até os juristas estão
espantados com a quantidade de inovações que esse julgamento está
propiciando, em vários outros pontos além da teoria do domínio do fato.
Nunca vi um julgamento que inovasse em tantas coisas ao mesmo tempo.
Duvido que um julgamento como esse aconteça de novo em relação a
qualquer outro episódio semelhante.
Valor: O que se tem dito é que a Justiça brasileira vai, enfim, levar
políticos corruptos para a cadeia. O sr. está dizendo que isso vai
acontecer apenas desta vez?
Wanderley Guilherme: Estão considerando esse julgamento como um
julgamento emblemático, mas é justamente o oposto, é um julgamento de
exceção. Isso jamais vai acontecer de novo, nunca mais haverá um
julgamento em que se fale sobre flexibilização do uso de provas, sobre
transferência do ônus da prova aos réus, não importa o que aconteça.
Todo mundo pode ficar tranquilo porque não vai acontecer de novo, é um
julgamento de exceção.
Valor: Um julgamento de exceção para julgar um partido?
Wanderley Guilherme: Exatamente. O Supremo tem sido socialmente
avançado e moderno e é competente, sem dúvida nenhuma, mas é
politicamente pré-democrático. Está reagindo a uma circunstância que
todos conhecem, que não é única, mas porque se trata de um partido de
raízes populares. Está reagindo à democracia em ação – claro que
naqueles aspectos em que a democracia é vulnerável, como a corrupção.
Mas é um aspecto que não decorre do fato de o partido ser popular, mas
da legislação eleitoral, feita pelo Legislativo e pelo Judiciário. Eles
são a causa eficiente da face negativa da competição democrática.
Valor: No julgamento da hipótese de compra de votos no Congresso, não
discute o próprio sistema político que permite a troca de cargos por
apoio político ou a existência de alianças regionais, por exemplo?
Wanderley Guilherme: A votação da reforma tributária não foi unânime,
mas vários votos do PSDB e do DEM foram iguais aos dos governistas. Na
reforma previdenciária, o PSDB votou unanimemente junto com o governo,
na época o PFL também votou quase unanimemente. Isso aconteceu na
terça-feira, quando todos os partidos votaram com o governo no Código
Florestal – o PT foi o partido com mais votos contrários. É um erro de
análise inaceitável pegar a votação de um partido e dizer que o voto foi
comprado. Isso é um absurdo. E não é só isso. A legislação é
inconsistente no que diz respeito a coligações. Ela favorece a coligação
partidária de qualquer número de partidos – todos, se quiserem, podem
formar uma coligação eleitoral só. Porém, a lei proíbe que partidos que
têm maior capacidade de mobilização financeira transfiram, à luz do
dia e por contabilidade clara, recursos para partidos com menor
capacidade de mobilização. Então você induz a criação de coligações,
mas proíbe o funcionamento delas. Isso favorece o caixa 2, entre outras
coisas. Todos os países com eleições proporcionais permitem
coligações, do contrário não há governo possível. A coligação entre
partidos que não têm a mesma orientação ideológica não é crime.
Valor: Desde o início do julgamento os ministros do Supremo apontam a
inexistência de provas técnicas contra a antiga cúpula do PT,
afirmando que as provas existentes são basicamente testemunhais
Wanderley Guilherme: O ministro Joaquim Barbosa, em uma de suas
inovações, declarou, fora dos autos, que ia desconsiderar vários
depoimentos dados em relação ao PT e a alguns dos acusados porque haviam
sido emitidos por amigos, colegas de parlamento, mas considerou outros
depoimentos. A lei não diz isso, não há fundamento disso em lei. Um
ministro diz que vai desconsiderar depoimentos porque são de pessoas
conhecidas como amigos, dos réus, mas pinça outros, e ninguém na Corte
considera isso uma aberração? Parece-me que o julgamento terminará por
ser um julgamento de exceção.
Valor: Isso significa que a jurisprudência que vem sendo criada no caso do mensalão será revertida após o julgamento?
Wanderley Guilherme: Espero que não, porque realmente se isso acontecer vai ser uma página inglória da nossa história.
Fonte: Correio do Povo / Blog Juremir Machado da Silva
Fim de Estação
Por Siden* - 22.09.12
O inverno nesse sábado, dia 22 de setembro, vai embora.
Foi um inverno atípico, generoso, principalmente, àqueles que não são chegados a um frio intenso. Por isso, não direi que vai tarde...
Afinal, clima de verão, em pleno agosto, em dias sucessivos, é um tanto raro...
Sim, foi um inverno generoso...
Agrada-me falar do clima, principalmente, quando é a primavera que chega. Mas, quem sabe, eu devesse falar do Piso Nacional dos professores que ainda não veio. Prefiro falar da generosidade da estação que bate à porta...
Leio que sábado, pela manhã, será frio, tipicamente dia de mês de julho. O clima surpreende... Como as promessas de alguns candidatos...
Mas, à tarde, será agradável.
Quem sabe, eu poderia falar do show da grande mídia em torno do mensalão. A grande mídia não surpreende. Já sabemos a quem ela serve...
Não irei mencionar a revista semanal. Para quê? Como cantava Raul Seixas, “mentir sozinho eu sou capaz...”
Segundo a previsão do tempo, domingo será agradável, típico dia primaveril.
Bom dia para os candidatos irem à Campanha Eleitoral. É a Festa da Democracia.
Lembrei-me do companheiro Nestor que concorre à reeleição a vereador em São Leopoldo. Grande Companheiro! Nunca abandonou os educadores. Se morasse em São Leopoldo, votaria nele.
Nunca tive medo de mostrar a cara. Assim, como nunca medi as consequências, no momento do enfrentamento para defender os trabalhadores em educação.
Sou sindicalista, sou cidadão.
Como sindicalista defendo os educadores com independência.
Como cidadão, se morasse em São Leopoldo, votaria no companheiro Nestor. É um grande lutador.
Boa Sorte, companheiro Nestor!
Bom final de semana a todos(as)!
*Siden Francesch do Amaral é Professor Estadual/Cidadão Brasileiro.
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Foi um inverno atípico, generoso, principalmente, àqueles que não são chegados a um frio intenso. Por isso, não direi que vai tarde...
Afinal, clima de verão, em pleno agosto, em dias sucessivos, é um tanto raro...
Sim, foi um inverno generoso...
Agrada-me falar do clima, principalmente, quando é a primavera que chega. Mas, quem sabe, eu devesse falar do Piso Nacional dos professores que ainda não veio. Prefiro falar da generosidade da estação que bate à porta...
Leio que sábado, pela manhã, será frio, tipicamente dia de mês de julho. O clima surpreende... Como as promessas de alguns candidatos...
Mas, à tarde, será agradável.
Quem sabe, eu poderia falar do show da grande mídia em torno do mensalão. A grande mídia não surpreende. Já sabemos a quem ela serve...
Não irei mencionar a revista semanal. Para quê? Como cantava Raul Seixas, “mentir sozinho eu sou capaz...”
Segundo a previsão do tempo, domingo será agradável, típico dia primaveril.
Bom dia para os candidatos irem à Campanha Eleitoral. É a Festa da Democracia.
Lembrei-me do companheiro Nestor que concorre à reeleição a vereador em São Leopoldo. Grande Companheiro! Nunca abandonou os educadores. Se morasse em São Leopoldo, votaria nele.
Nunca tive medo de mostrar a cara. Assim, como nunca medi as consequências, no momento do enfrentamento para defender os trabalhadores em educação.
Sou sindicalista, sou cidadão.
Como sindicalista defendo os educadores com independência.
Como cidadão, se morasse em São Leopoldo, votaria no companheiro Nestor. É um grande lutador.
Boa Sorte, companheiro Nestor!
Bom final de semana a todos(as)!
*Siden Francesch do Amaral é Professor Estadual/Cidadão Brasileiro.
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sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Veja é denunciada por manipular informações em favor da direita
A imprensa capitalista mais próxima a direita lança mais uma ofensiva contra o governo em busca de dividendos eleitorais em favor da direita.
20 de setembro de 2012
No plenário do Congresso e durante declarações à imprensa, os parlamentares do PT denunciaram a revista Veja, órgão tradicional da direita brasileira, por estarem manipulando informações e fustigando acusações infundadas contra o governo e o ex-presidente Lula.
Em sua última edição, a semanário lançou uma ofensiva contra Lula e outros membros do PT, utilizando supostas declarações do publicitário Marcos Valério para tentar acusar o ex-presidente de comandar o “mensalão”.
O ataque da revista contra o governo acontece no exato momento que ocorre o julgamento do “mensalão” as vésperas das eleições municipais em todo o País, servindo claramente de porta voz da direita (PSDB-Dem).
Entre os que se manifestaram estão o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (RS), o líder da bancada petista na Câmara, Jilmar Tatto (SP), o vice-presidente da CPMI do Cachoeira, Paulo Teixeira (SP), o vice-presidente do Senado, Anibal Diniz (AC) e o senador Jorge Viana (AC).
“A reportagem não traz nenhum elemento novo ou mesmo comprobatório. Se vale, na verdade, do velho expediente de afirmar que pessoas ligadas ao fulano de tal fizeram supostas afirmações”, disse Marco Maia.
Uma das graves acusações e métodos que tem sido usados pela direita, que inclusive é um dos pontos polêmicos no julgamento do “mensalão” no STF, é de inverter um direito constitucional de transferir o ônus da prova de uma acusação ao próprio acusado.
A propaganda da revista, independente da credibilidade que se possa atribuir às acusações, visa claramente servir como ferramenta da direita na guerra eleitoral em marcha em todo o País.
Não é por acaso, que a reportagem da revista ocorre no exato momento do julgamento do “mensalão”, como também das investigações da CPMI do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que envolve um amplo esquema de corrupção, lavagem de dinheiro, favorecimento em licitações de governos do PSDB e DEM além de outros crimes. O esquema envolvia inclusive o financiamento de matérias e campanhas realizadas pela Veja em favor dos interesses do empresário e do crime organizado, o que foi lembrado pelos parlamentares sobre as relações entre a revista e o bicheiro.
A orientação da revista, portanto, é de aumentar os ataques ao PT, se valendo ainda de uma propaganda direitista contra os direitos democráticos da população com métodos acusatórios e difamatórios em larga escala, como fazem contra os movimentos populares, os sem-terra, o movimento estudantil e o movimento operário.
Fonte: Site PCO com modificações e adaptações
Siden Francesch do Amaral - Professor Estadual.
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Em sua última edição, a semanário lançou uma ofensiva contra Lula e outros membros do PT, utilizando supostas declarações do publicitário Marcos Valério para tentar acusar o ex-presidente de comandar o “mensalão”.
O ataque da revista contra o governo acontece no exato momento que ocorre o julgamento do “mensalão” as vésperas das eleições municipais em todo o País, servindo claramente de porta voz da direita (PSDB-Dem).
Entre os que se manifestaram estão o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (RS), o líder da bancada petista na Câmara, Jilmar Tatto (SP), o vice-presidente da CPMI do Cachoeira, Paulo Teixeira (SP), o vice-presidente do Senado, Anibal Diniz (AC) e o senador Jorge Viana (AC).
“A reportagem não traz nenhum elemento novo ou mesmo comprobatório. Se vale, na verdade, do velho expediente de afirmar que pessoas ligadas ao fulano de tal fizeram supostas afirmações”, disse Marco Maia.
Uma das graves acusações e métodos que tem sido usados pela direita, que inclusive é um dos pontos polêmicos no julgamento do “mensalão” no STF, é de inverter um direito constitucional de transferir o ônus da prova de uma acusação ao próprio acusado.
A propaganda da revista, independente da credibilidade que se possa atribuir às acusações, visa claramente servir como ferramenta da direita na guerra eleitoral em marcha em todo o País.
Não é por acaso, que a reportagem da revista ocorre no exato momento do julgamento do “mensalão”, como também das investigações da CPMI do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que envolve um amplo esquema de corrupção, lavagem de dinheiro, favorecimento em licitações de governos do PSDB e DEM além de outros crimes. O esquema envolvia inclusive o financiamento de matérias e campanhas realizadas pela Veja em favor dos interesses do empresário e do crime organizado, o que foi lembrado pelos parlamentares sobre as relações entre a revista e o bicheiro.
A orientação da revista, portanto, é de aumentar os ataques ao PT, se valendo ainda de uma propaganda direitista contra os direitos democráticos da população com métodos acusatórios e difamatórios em larga escala, como fazem contra os movimentos populares, os sem-terra, o movimento estudantil e o movimento operário.
Fonte: Site PCO com modificações e adaptações
Siden Francesch do Amaral - Professor Estadual.
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quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Por que eles têm medo do Lula?
Por Emir Sader - 20/09/12 | 05:48
Lula virou o diabo para a direita brasileira, comandada por seu partido – a mídia privada. Pelo que ele representa e por tê-los derrotado três vezes sucessivas nas eleições presidenciais, por se manter como o maior líder popular do Brasil, apesar dos ataques e manipulações de todo tipo que os donos da mídia – que não foram eleitos por ninguém para querer falar em nome do país – não param de maquinar contra ele.
Primeiro, ele causou medo quando surgiu como líder operário, que trazia para a luta política aos trabalhadores, reprimidos e super-explorados pela ditadura durante mais de uma década e o pânico que isso causava em um empresariado já acostumado ao arrocho salarial e à intervenção nos sindicatos.
Medo de que essa política que alimentava os superlucros das grandes empresas privadas nacionais e estrangeiras – o santo do chamado “milagre econômico” -, terminasse e, com ela, a possibilidade de seguirem lucrando tanto às custas da super-exploração dos trabalhadores.
Medo também de que isso tirasse as bases de sustentação da ditadura – além das outras bases, as baionetas e o terror – e eles tivessem que voltar às situações de incerteza relativa dos regimes eleitorais.
Medo que foi se acalmando conforme, na transição do fim do seu regime de ditadura militar para o restabelecimento da democracia liberal, triunfavam os conservadores. Derrotada a campanha das diretas, o Colégio Eleitoral consagrou um novo pacto de elite no Brasil, em que se misturavam o velho e o novo, promiscuamente na aliança PMDB-PFL, para dar nascimento a uma democracia que não estendia a democracia às profundas estruturas econômicas, sociais e midiáticas do país.
Sempre havia o medo de que Lula catalizasse os descontentamentos que não deixaram de existir com o fim da ditadura, porque a questão social continuava a arder no país mais desigual do continente mais desigual do mundo. Mas os processos eleitorais pareciam permitir que as elites tradicionais retomassem o controle da vida política brasileira.
Aí veio o novo medo, que chegou a pânico, quando Lula chegou ao segundo turno contra o seu novo queridinho, Collor, o filhote da ditadura. E foi necessário usar todo o peso da manipulação midiática para evitar que a força popular levasse Lula à presidencia do Brasil, da ameaça de debandada geral dos empresários se Lula ganhasse, à edição forjada de debate, para tentar evitar a vitória popular.
O fracasso do Collor levou a que Roberto Marinho confessasse que eles já não elegeriam um presidente deles, teriam que buscar alguém no outro campo, para fazê-lo seu representante. Se tratava de usar de tudo para evitar que o Lula ganhasse. Foram buscar ao FHC, que se prestou a esse papel e parecia se erigir em antidoto permanente contra o Lula, a quem derrotou duas vezes.
Como, porém, não conseguem resolver os problemas do país, mas apenas adiá-los – como fizeram com o Plano Real -, o fantasma voltou, com o governo FHC também fracassando. Tentaram alternativas – Roseana Sarney, Ciro Gomes, Serra -, mas não houve jeito.
Trataram de criar o pânico sobre a possibilidade da vitória do Lula, com ataque especulativo, com a transformação do chamado “risco Brasil” para “risco Lula”, mas não houve jeito.
Alivio, quando acreditaram que a postura moderada do Lula ao assumir a presidência significaria sua rendição à politica econômica de FHC, ao “pensamento único”, ao Consenso de Washington. Por um lado, saudavam essa postura do Lula, por outro incentivavam os setores que denunciavam uma “traição” do Lula, para buscar enfraquecer sua liderança popular. No fundo acreditavam que Lula demoraria pouco no governo, capitularia e perderia liderança popular ou colocaria suas propostas em prática e o país se tornaria ingovernável.
Quando se deram conta que Lula se consolidava, tentaram o golpe em 2005, valendo-se de acusações multiplicadas pela maior operação de marketing político que o pais ja conheceu – desde a ofensiva contra o Getúlio, em 1954 -, buscando derrubar o Lula e sepultar por muito tempo a possibilidade de um governo de esquerda no Brasil. Colocavam em prática o que um ministro da ditadura tinha dito: Um dia o PT vai ganhar, vai fracassar e aí vamos poder governar o país sem pressão.”
Chegaram a cogitar um impeachment, mas tiveram medo do Lula, da sua capacidade de mobilização popular contra eles. Recuaram e adotaram a tática de sangrar o governo, cercando-o no Parlamento e através da mídia, até que, inviabilizado, fosse derrotado nas eleições de 2006.
Fracassaram uma vez mais, quando o Lula convocou as mobilizações populares contra os esquemas golpistas, ao mesmo tempo que a centralidade das políticas sociais – eixo do governo Lula, que a direita não enxergava, ou subestimava e tratava de esconder – começava a dar seus frutos. Como resultado, Lula triunfou na eleições de 2006, ao contrário do que a direita programava, impondo uma nova derrota grave às elites tradicionais.
O medo passou a ser que o Brasil mudasse muito, tirando suas bases de apoio tradicionais – a começar por seus feudos políticos no nordeste -, permitindo que o Lula elegesse sua sucessora. Se refugiaram no “favoritismo” do Serra nas pesquisas – confiando, uma vez mais, na certeza do Ibope de que o Lula não elegeria sua sucessora.
Foram de novo derrotados. Acumulam derrota atrás de derrota e identificam no Lula seu grande inimigo. Ainda mais que nos últimos anos do seu segundo mandato e na campanha eleitoral, Lula identificou e apontou claramente o papel das elites tradicionais, com afirmações como a de que ele demonstrou “que se pode governar o Brasil, sem almoçar e jantar com os donos de jornal”. Quando disse que “não haverá democracia no Brasil, enquanto os políticos tiverem medo da mídia”, entre outras afirmações.
Quando, depois de seminário que trouxe experiências de regulações democráticas da mídia em varias partes insuspeitas do mundo, elaborou uma proposta de lei de marco regulatório para a mídia, que democratize a formação da opinião pública, tirando o monopólio do restrito número de famílias e empresas que controlam o setor de forma antidemocrática.
Além de tudo, Lula representa para eles o sucesso de um presidente que se tornou o líder político mais popular da história do Brasil, não proveniente dos setores tradicionais, mas um operário proveniente do nordeste, que se tornou líder sindical de base desafiando a ditadura, que perdeu um dedo na máquina – trazendo no próprio corpo inscrita a sua origem e as condições de trabalho dos operários brasileiros.
Enquanto o queridinho da direita partidária e midiática brasileira, FHC, fracassou, Lula teve êxito em todos os campos – econômico, social, cultural, de políticas internacional -, elevando a auto-estima dos brasileiros e do povo brasileiro. Lula resgatou o papel do Estado – reduzido à sua mínima expressão com Collor e FHC – para um instrumento de indução do crescimento econômico e de garantia das políticas sociais. Derrotou a proposta norteamericana da Alca – fazer a América Latina uma imensa área de livre comércio, subordinada ao interesses dos EUA -, para priorizar os projetos de integração regional e os intercâmbios com o Sul do mundo.
Lula passou a representar o Brasil, a América Latina e o Sul do mundo, na luta contra a fome, contra a guerra, contra o monopólio de poder das nações centrais do sistema. Lula mostrou que é possível diminuir a desigualdade e a pobreza, terminar com a miséria no Brasil, ao contrário do que era dito e feito pelos governos tradicionais.
Lula saiu do governo com praticamente toda a mídia tradicional contra ele, mas com mais de 80% de apoio e apenas 3% de rejeição. Elegeu sua sucessora contra o “favoritismo” do candidato da direita.
Aí acreditaram que poderiam neutralizá-lo, elogiando a Dilma como contraponto a ele, até que se rendem que não conseguem promover conflitos entre eles. Temem o retorno do Lula como presidente, mas principalmente o temem como líder político, como quem melhor vocaliza os grandes temas nacionais, apontando para a direita como obstáculo para a democratização do Brasil.
Lula representa a esquerda realmente existente no Brasil, com liderança nacional, latino-americana e mundial. Lula representa o resgate da questão social no Brasil, promovendo o acesso a bens fundamentais da maioria da população, incorporando definitivamente os pobres e o mercado interno de consumo popular à vida do país.
Lula representa o líder que não foi cooptado pela direita, pela mídia, pelas nações imperiais. Por tudo isso, eles tem medo do Lula. Por tudo isso querem tentam desgastar sua imagem. Por isso 80% das referências ao Lula na mídia são negativas. Mas 69,8% dos brasileiros dizem que gostariam que ele volte a ser presidente do Brasil. Por isso eles tem tanto medo do Lula.
http://sul21.com.br/jornal/2012/09/por-que-eles-tem-medo-do-lula/
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Primeiro, ele causou medo quando surgiu como líder operário, que trazia para a luta política aos trabalhadores, reprimidos e super-explorados pela ditadura durante mais de uma década e o pânico que isso causava em um empresariado já acostumado ao arrocho salarial e à intervenção nos sindicatos.
Medo de que essa política que alimentava os superlucros das grandes empresas privadas nacionais e estrangeiras – o santo do chamado “milagre econômico” -, terminasse e, com ela, a possibilidade de seguirem lucrando tanto às custas da super-exploração dos trabalhadores.
Medo também de que isso tirasse as bases de sustentação da ditadura – além das outras bases, as baionetas e o terror – e eles tivessem que voltar às situações de incerteza relativa dos regimes eleitorais.
Medo que foi se acalmando conforme, na transição do fim do seu regime de ditadura militar para o restabelecimento da democracia liberal, triunfavam os conservadores. Derrotada a campanha das diretas, o Colégio Eleitoral consagrou um novo pacto de elite no Brasil, em que se misturavam o velho e o novo, promiscuamente na aliança PMDB-PFL, para dar nascimento a uma democracia que não estendia a democracia às profundas estruturas econômicas, sociais e midiáticas do país.
Sempre havia o medo de que Lula catalizasse os descontentamentos que não deixaram de existir com o fim da ditadura, porque a questão social continuava a arder no país mais desigual do continente mais desigual do mundo. Mas os processos eleitorais pareciam permitir que as elites tradicionais retomassem o controle da vida política brasileira.
Aí veio o novo medo, que chegou a pânico, quando Lula chegou ao segundo turno contra o seu novo queridinho, Collor, o filhote da ditadura. E foi necessário usar todo o peso da manipulação midiática para evitar que a força popular levasse Lula à presidencia do Brasil, da ameaça de debandada geral dos empresários se Lula ganhasse, à edição forjada de debate, para tentar evitar a vitória popular.
O fracasso do Collor levou a que Roberto Marinho confessasse que eles já não elegeriam um presidente deles, teriam que buscar alguém no outro campo, para fazê-lo seu representante. Se tratava de usar de tudo para evitar que o Lula ganhasse. Foram buscar ao FHC, que se prestou a esse papel e parecia se erigir em antidoto permanente contra o Lula, a quem derrotou duas vezes.
Como, porém, não conseguem resolver os problemas do país, mas apenas adiá-los – como fizeram com o Plano Real -, o fantasma voltou, com o governo FHC também fracassando. Tentaram alternativas – Roseana Sarney, Ciro Gomes, Serra -, mas não houve jeito.
Trataram de criar o pânico sobre a possibilidade da vitória do Lula, com ataque especulativo, com a transformação do chamado “risco Brasil” para “risco Lula”, mas não houve jeito.
Alivio, quando acreditaram que a postura moderada do Lula ao assumir a presidência significaria sua rendição à politica econômica de FHC, ao “pensamento único”, ao Consenso de Washington. Por um lado, saudavam essa postura do Lula, por outro incentivavam os setores que denunciavam uma “traição” do Lula, para buscar enfraquecer sua liderança popular. No fundo acreditavam que Lula demoraria pouco no governo, capitularia e perderia liderança popular ou colocaria suas propostas em prática e o país se tornaria ingovernável.
Quando se deram conta que Lula se consolidava, tentaram o golpe em 2005, valendo-se de acusações multiplicadas pela maior operação de marketing político que o pais ja conheceu – desde a ofensiva contra o Getúlio, em 1954 -, buscando derrubar o Lula e sepultar por muito tempo a possibilidade de um governo de esquerda no Brasil. Colocavam em prática o que um ministro da ditadura tinha dito: Um dia o PT vai ganhar, vai fracassar e aí vamos poder governar o país sem pressão.”
Chegaram a cogitar um impeachment, mas tiveram medo do Lula, da sua capacidade de mobilização popular contra eles. Recuaram e adotaram a tática de sangrar o governo, cercando-o no Parlamento e através da mídia, até que, inviabilizado, fosse derrotado nas eleições de 2006.
Fracassaram uma vez mais, quando o Lula convocou as mobilizações populares contra os esquemas golpistas, ao mesmo tempo que a centralidade das políticas sociais – eixo do governo Lula, que a direita não enxergava, ou subestimava e tratava de esconder – começava a dar seus frutos. Como resultado, Lula triunfou na eleições de 2006, ao contrário do que a direita programava, impondo uma nova derrota grave às elites tradicionais.
O medo passou a ser que o Brasil mudasse muito, tirando suas bases de apoio tradicionais – a começar por seus feudos políticos no nordeste -, permitindo que o Lula elegesse sua sucessora. Se refugiaram no “favoritismo” do Serra nas pesquisas – confiando, uma vez mais, na certeza do Ibope de que o Lula não elegeria sua sucessora.
Foram de novo derrotados. Acumulam derrota atrás de derrota e identificam no Lula seu grande inimigo. Ainda mais que nos últimos anos do seu segundo mandato e na campanha eleitoral, Lula identificou e apontou claramente o papel das elites tradicionais, com afirmações como a de que ele demonstrou “que se pode governar o Brasil, sem almoçar e jantar com os donos de jornal”. Quando disse que “não haverá democracia no Brasil, enquanto os políticos tiverem medo da mídia”, entre outras afirmações.
Quando, depois de seminário que trouxe experiências de regulações democráticas da mídia em varias partes insuspeitas do mundo, elaborou uma proposta de lei de marco regulatório para a mídia, que democratize a formação da opinião pública, tirando o monopólio do restrito número de famílias e empresas que controlam o setor de forma antidemocrática.
Além de tudo, Lula representa para eles o sucesso de um presidente que se tornou o líder político mais popular da história do Brasil, não proveniente dos setores tradicionais, mas um operário proveniente do nordeste, que se tornou líder sindical de base desafiando a ditadura, que perdeu um dedo na máquina – trazendo no próprio corpo inscrita a sua origem e as condições de trabalho dos operários brasileiros.
Enquanto o queridinho da direita partidária e midiática brasileira, FHC, fracassou, Lula teve êxito em todos os campos – econômico, social, cultural, de políticas internacional -, elevando a auto-estima dos brasileiros e do povo brasileiro. Lula resgatou o papel do Estado – reduzido à sua mínima expressão com Collor e FHC – para um instrumento de indução do crescimento econômico e de garantia das políticas sociais. Derrotou a proposta norteamericana da Alca – fazer a América Latina uma imensa área de livre comércio, subordinada ao interesses dos EUA -, para priorizar os projetos de integração regional e os intercâmbios com o Sul do mundo.
Lula passou a representar o Brasil, a América Latina e o Sul do mundo, na luta contra a fome, contra a guerra, contra o monopólio de poder das nações centrais do sistema. Lula mostrou que é possível diminuir a desigualdade e a pobreza, terminar com a miséria no Brasil, ao contrário do que era dito e feito pelos governos tradicionais.
Lula saiu do governo com praticamente toda a mídia tradicional contra ele, mas com mais de 80% de apoio e apenas 3% de rejeição. Elegeu sua sucessora contra o “favoritismo” do candidato da direita.
Aí acreditaram que poderiam neutralizá-lo, elogiando a Dilma como contraponto a ele, até que se rendem que não conseguem promover conflitos entre eles. Temem o retorno do Lula como presidente, mas principalmente o temem como líder político, como quem melhor vocaliza os grandes temas nacionais, apontando para a direita como obstáculo para a democratização do Brasil.
Lula representa a esquerda realmente existente no Brasil, com liderança nacional, latino-americana e mundial. Lula representa o resgate da questão social no Brasil, promovendo o acesso a bens fundamentais da maioria da população, incorporando definitivamente os pobres e o mercado interno de consumo popular à vida do país.
Lula representa o líder que não foi cooptado pela direita, pela mídia, pelas nações imperiais. Por tudo isso, eles tem medo do Lula. Por tudo isso querem tentam desgastar sua imagem. Por isso 80% das referências ao Lula na mídia são negativas. Mas 69,8% dos brasileiros dizem que gostariam que ele volte a ser presidente do Brasil. Por isso eles tem tanto medo do Lula.
http://sul21.com.br/jornal/2012/09/por-que-eles-tem-medo-do-lula/
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terça-feira, 18 de setembro de 2012
Leonardo Boff: Por que tentam ferir letalmente o PT?
Por Leonardo Boff
Há um provérbio popular alemão que reza: você bate no saco mas pensa no animal que carrega no saco. Ele se aplica ao PT com referência ao processo do Mensalão. Você bate nos acusados mas tem a intenção de bater no PT. A relevância espalhafatosa que o grosso da mídia está dando à questão, mostra que o grande interesse não se concentra na condenação dos acusados, mas através de sua condenação, atingir de morte o PT.
De saída quero dizer que nunca fui filiado ao PT. Interesso-me pela causa que ele representa pois a Igreja da Libertação colaborou na sua formulação e na sua realização nos meios populares. Reconheço com dor que quadros importantes da direção do partido se deixaram morder pela mosca azul do poder e cometeram irregularidades inaceitáveis. Muitos sentimo-nos decepcionados, pois depositávamos neles a esperança de que seria possível resistir às seduções inerentes ao poder. Tinham a chance de mostrar um exercício ético do poder na medida em que este poder reforçaria o poder do povo que assim se faria participativo e democrático. Lamentavelmente houve a queda. Mas ela nunca é fatal. Quem cai, sempre pode se levantar. Com a queda não caiu a causa que o PT representa: daqueles que vem da grande tribulação histórica sempre mantidos no abandono e na marginalidade. Por políticas sociais consistentes, milhões foram integrados e se fizeram sujeitos ativos. Eles estão inaugurando um novo tempo que obrigará todas as forças sociais a se reformularem e também a mudarem seus hábitos políticos.
Por que muitos resistem e tentam ferir letalmente o PT? Há muitas razões. Ressalto apenas duas decisivas.
A primeira tem a ver com uma questão de classe social. Sabidamente temos elites econômicas eintelectuais das mais atrasadas do mundo, como soia repetir Darcy Ribeiro. Estão mais interessadas em defender privilégios do que garantir direitos para todos. Elas nunca se reconciliaram com o povo. Como escreveu o historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma no Brasil 1965,14) elas negaram seus direitos, arrasaram sua vida e logo que o viram crescer, lhe negaram, pouco a pouco, a sua aprovação, conspiraram para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que continuam achando que lhepertence. Ora, o PT e Lula vem desta periferia. Chegaram democraticamente ao centro do poder. Essas elites tolerariam Lula no Planalto, apenas como serviçal, mas jamais como Presidente. Não conseguem digerir este dado inapagável. Lula Presidente representa uma virada de magnitude histórica. Essas elites perderam. E nada aprenderam. Seu tempo passou. Continuam conspirando, especialmente, através de uma mídia e de seus analistas, amargurados por sucessivas derrotas como se nota nestes dias, a propósito de uma entrevista montada de Veja contra Lula. Estes grupos sepropõem apear o PT do poder e liquidar com seus líderes.
A segunda razão está em seu arraigado conservadorismo. Não quererem mudar, nem se ajustar ao novo tempo. Internalizaram a dialética do senhor e do servo. Saudosistas, preferem se alinhar de forma agregada e subalterna, como servos, ao senhor que hegemoniza a atual fase planetária: os USA e seus aliados, hoje todos em crise de degeneração. Difamaram a coragem de um Presidente que mostrou a autoestima e a autonomia do país, decisivo para o futuro ecológico e econômico do mundo, orgulhoso de seu ensaio civilizatório racialmente ecumênico e pacífico. Querem um Brasil menor do que eles para continuarem a ter vantagens.
Por fim, temos esperança. Segundo Ignace Sachs, o Brasil, na esteira das políticas republicanas inauguradas pelo do PT e que devem ser ainda aprofundadas, pode ser a Terra da Boa Esperança, quer dizer, uma pequena antecipação do que poderá ser a Terra revitalizada, baixada da cruz e ressuscitada. Muitos jovens empresários, com outra cabeça, não sedeixam mais iludir pela macroeconomia neoliberal globalizada. Procuram seguir o novo caminho aberto pelo PT e pelos aliados de causa. Querem produzir autonomamente para o mercado interno, abastecendo os milhões de brasileiros que buscam um consumo necessário, suficiente e responsável e assim poderem viver um desafogo com dignidade e decência. Essa utopia mínima é factível. O PT se esforça por realizá-la. Essa causa não pode ser perdida em razão da férrea resistência de opositores superados porque é sagrada demais pelo tanto de suor e de sangue que custou.
Leonardo Boff é teólogo, filósofo, escritor e doutor honoris causa em política pela Universidade de Turim por solicitação de Norberto Bobbio.
Fonte: Sul 21
domingo, 16 de setembro de 2012
Após quase 4 meses, professores de federais encerram greve
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior
(Andes-SN) anunciou neste domingo o fim da greve dos professores
deflagrada em 17 de maio. Na próxima segunda, a paralisação - que já é a
maior da história da categoria - completaria quatro meses.
Em nota, o Comando Nacional de Greve do Andes-SN afirma que decidiu pela "suspensão unificada da greve nacional dos docentes" após "criteriosa avaliação do quadro das assembleias gerais". A suspensão será comunicada às instituições entre segunda e sexta-feira. Apesar do fim da greve, o sindicato afirma que seguirá atuando "na defesa da reestruturação da carreira e na luta pela valorização e melhoria das condições de trabalho.
O movimento grevista chegou a atingir 57 das 59 universidades federais do Brasil. A principal reivindicação dos docentes era a reestruturação do plano de carreira, cuja negociação estava prevista para ocorrer até o final de março, além de melhoras na infraestrutura das instituições.
Durante as negociações, o governo federal apresentou duas propostas: uma em 13 de julho e outra no dia 24 do mesmo mês. A última prevê um reajuste nos próximos três anos, além dos 4% previstos pela Medida Provisória nº 568/12. A reestruturação da carreira passa pela redução de 17 para 13 níveis.
O Andes-SN rejeitou a proposta, afirmando que as alterações nos percentuais de aumento apresentadas pelo Ministério do Planejamento "foram dirigidas às situações que demonstravam maior perda de valor real até 2015", mas que, mesmo assim, "a maioria dos docentes terá valor real reduzido nos seus salários". O sindicato também alegou que questões consideradas importantes pelos docentes, tais como a estruturação e a progressão de carreira; a gratificação por projetos institucionais e atividade de preceptoria; e os critérios para promoção de professores foram jogadas para frente, ficando sob a dependência da criação de grupos de trabalho. O Andes chegou a pedir a reabertura das negociações e a protocolar uma contraproposta, na qual abria mão do aumento para priorizar a reestruturação da carreira, mas não foi atendido.
A proposta do governo foi assinada pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) no começo de agosto, mas não acabou com a paralisação da categoria. No entanto, desde então o movimento começou a perder força, com instituições retomando as atividades a cada semana.
O governo encaminhou a Lei Orçamentária Anual (LOA) ao Congresso Nacional em 31 de agosto. Após o envio, o Congresso rejeita a inclusão de novos valores para questões salariais.
Fonte: Portal Terra
Comentário
Quase quatro meses de Greve.
Mais vez ficou demonstrado que a valorização da educação continua apenas no discurso...
Em nota, o Comando Nacional de Greve do Andes-SN afirma que decidiu pela "suspensão unificada da greve nacional dos docentes" após "criteriosa avaliação do quadro das assembleias gerais". A suspensão será comunicada às instituições entre segunda e sexta-feira. Apesar do fim da greve, o sindicato afirma que seguirá atuando "na defesa da reestruturação da carreira e na luta pela valorização e melhoria das condições de trabalho.
O movimento grevista chegou a atingir 57 das 59 universidades federais do Brasil. A principal reivindicação dos docentes era a reestruturação do plano de carreira, cuja negociação estava prevista para ocorrer até o final de março, além de melhoras na infraestrutura das instituições.
Durante as negociações, o governo federal apresentou duas propostas: uma em 13 de julho e outra no dia 24 do mesmo mês. A última prevê um reajuste nos próximos três anos, além dos 4% previstos pela Medida Provisória nº 568/12. A reestruturação da carreira passa pela redução de 17 para 13 níveis.
O Andes-SN rejeitou a proposta, afirmando que as alterações nos percentuais de aumento apresentadas pelo Ministério do Planejamento "foram dirigidas às situações que demonstravam maior perda de valor real até 2015", mas que, mesmo assim, "a maioria dos docentes terá valor real reduzido nos seus salários". O sindicato também alegou que questões consideradas importantes pelos docentes, tais como a estruturação e a progressão de carreira; a gratificação por projetos institucionais e atividade de preceptoria; e os critérios para promoção de professores foram jogadas para frente, ficando sob a dependência da criação de grupos de trabalho. O Andes chegou a pedir a reabertura das negociações e a protocolar uma contraproposta, na qual abria mão do aumento para priorizar a reestruturação da carreira, mas não foi atendido.
A proposta do governo foi assinada pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) no começo de agosto, mas não acabou com a paralisação da categoria. No entanto, desde então o movimento começou a perder força, com instituições retomando as atividades a cada semana.
O governo encaminhou a Lei Orçamentária Anual (LOA) ao Congresso Nacional em 31 de agosto. Após o envio, o Congresso rejeita a inclusão de novos valores para questões salariais.
Fonte: Portal Terra
Comentário
Quase quatro meses de Greve.
Mais vez ficou demonstrado que a valorização da educação continua apenas no discurso...
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Mercadante: estagnação econômica reflete rendimento do País no ensino
Os números do Brasil no ensino superior, constatados em
relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE) divulgados nesta terça-feira, são o resultado de duas décadas de
estagnação econômica, avaliou o ministro da Educação, Aloizio
Mercadante. De acordo com ele, esforços estão sendo feitos para mudar
esse quadro. "O Brasil está revertendo esse quadro e hoje está em plena
expansão", disse.
Segundo Mercadante, a nova geração tem mais oportunidades do que as anteriores. "Houve um compromisso estratégico e foi fortalecido, primeiro por uma decisão de governo. O fim da Desvinculação de Recursos da União (DRU) contribuiu para isso e permitiu novos instrumentos como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que é muito mais amplo que o Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério)", acrescentou.
O ministro disse que o estudo não mostrou o impacto de programas educacionais, como o Universidade para Todos (ProUni), Financiamento Estudantil (Fies) e Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
O estudo revela que em um grupo de 29 países, o Brasil ocupa o 23º lugar no ranking de investimentos no ensino superior. Além disso, mostra que foi investido em média 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nessa etapa de ensino. O estudo alerta sobre o baixo investimento em educação quando há a comparação com o Produto Interno Bruto (PIB). Segundo os dados, os investimentos brasileiros no ensino em geral atingiram 5,55% do PIB, enquanto a meta para os países da OCDE é 6,23%.
O aumento de investimentos em educação com 10% dos recursos do PIB foi definido no Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Senado, e é defendido por organismos do setor educacional, entretanto, ainda é assunto polêmico. A medida prevê a aplicação desse montante de recursos em políticas públicas do setor em até dez anos. Mercadante ressaltou que o Congresso Nacional ainda não definiu essas regras de financiamento.
"Para praticamente dobrar os investimentos em quase uma década ou há aumento de impostos, como a criação de uma nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), ou há cortes em outras áreas do Orçamento (Geral da União). O caminho promissor que o Brasil tem é vincular todos os royalties do pré-sal e metade do fundo social do regime de partilha tanto dos municípios, quanto dos estados e da União", argumentou.
"Dessa forma, poderíamos ter metas muito mais ambiciosas no Brasil. É mais fácil partirmos o que não foi dividido do que cortar recursos já existentes como saúde e segurança pública", completou o ministro.
Fonte: Portal Terra
Comentário
É muito pouco investimento em educação para a 6ª economia do Planeta. Basta de desculpas!
Temos que investir mais em educação. Muito mais...
Segundo Mercadante, a nova geração tem mais oportunidades do que as anteriores. "Houve um compromisso estratégico e foi fortalecido, primeiro por uma decisão de governo. O fim da Desvinculação de Recursos da União (DRU) contribuiu para isso e permitiu novos instrumentos como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que é muito mais amplo que o Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério)", acrescentou.
O ministro disse que o estudo não mostrou o impacto de programas educacionais, como o Universidade para Todos (ProUni), Financiamento Estudantil (Fies) e Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
O estudo revela que em um grupo de 29 países, o Brasil ocupa o 23º lugar no ranking de investimentos no ensino superior. Além disso, mostra que foi investido em média 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nessa etapa de ensino. O estudo alerta sobre o baixo investimento em educação quando há a comparação com o Produto Interno Bruto (PIB). Segundo os dados, os investimentos brasileiros no ensino em geral atingiram 5,55% do PIB, enquanto a meta para os países da OCDE é 6,23%.
O aumento de investimentos em educação com 10% dos recursos do PIB foi definido no Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Senado, e é defendido por organismos do setor educacional, entretanto, ainda é assunto polêmico. A medida prevê a aplicação desse montante de recursos em políticas públicas do setor em até dez anos. Mercadante ressaltou que o Congresso Nacional ainda não definiu essas regras de financiamento.
"Para praticamente dobrar os investimentos em quase uma década ou há aumento de impostos, como a criação de uma nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), ou há cortes em outras áreas do Orçamento (Geral da União). O caminho promissor que o Brasil tem é vincular todos os royalties do pré-sal e metade do fundo social do regime de partilha tanto dos municípios, quanto dos estados e da União", argumentou.
"Dessa forma, poderíamos ter metas muito mais ambiciosas no Brasil. É mais fácil partirmos o que não foi dividido do que cortar recursos já existentes como saúde e segurança pública", completou o ministro.
Fonte: Portal Terra
Comentário
É muito pouco investimento em educação para a 6ª economia do Planeta. Basta de desculpas!
Temos que investir mais em educação. Muito mais...
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Plano Nacional de Educação irá para o Senado
O próximo capítulo do projeto que trata do Plano Nacional de
Educação (PNE) é a análise pelo Senado. Em 04/09, o PL 8035/2010
livrou-se da necessidade de ser analisado no plenário da Câmara, após
ter sido aprovado por uma comissão especial em junho.
No dia 04, alguns deputados conseguiram a retirada de apoios ao
recurso apresentado pelo líder do governo, que obrigava a proposta a ser
apreciada por todos parlamentares. O documento havia conseguido 80
assinaturas para ser apresentado, mas perdeu 46 delas, ficando sem
efeito.
Resta agora o projeto passar por uma revisão do texto na Comissão
de Constituição e Justiça, antes de ir para o Senado. A proposta prevê
10% do PIB em investimentos na educação, índice que foi alcançado com a
pressão sobre o governo, que havia proposto inicialmente 7%, para ser
atingido em até 10 anos, prazo de validade do PNE.
A estratégia governista de levar o assunto para o plenário seria
para tentar alterar a Meta 20, que fala dos investimentos no setor.
Porém, a intenção do recurso apresentado era a de 'congelar' o projeto,
visto que o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) poderia 'sentar em
cima' do documento e não colocá-lo em pauta, seguindo recomendação da
presidenta Dilma Rousseff.
Para se ter uma ideia do pensamento da equipe governista, logo
após a aprovação do projeto na comissão da Câmara, o ministro da
Fazenda, Guido Mantega, disse que esse tipo de investimento "quebraria o
estado brasileiro".
As entidades que defendem a manutenção do percentual de 10% do
PIB em educação devem ficar atentas à tramitação no Senado e aos
próximos passos do governo federal sobre o PNE.
Fonte: FEPESP
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Professores de Chicago iniciam a primeira greve em 40 anos
Os professores das escolas públicas de Chicago, no norte dos
Estados Unidos, iniciaram uma greve nesta segunda-feira - a primeira em
40 anos - por aumento salarial, um melhor sistema de avaliação e maior
segurança no emprego. "Nós não conseguimos chegar a um acordo que
pudesse evitar a greve", explicou Karen Lewis, presidente do Chicago Teachers Union, o sindicato dos docentes da cidade (CTU, na sigla em inglês).
A paralisação do trabalho envolverá cerca de 25 mil professores e pode afetar cerca de 350 mil alunos, do pré-escolar até turmas de ensino médio.
Os professores exigem um reajuste de 30% dos salários em compensação à extensão da jornada de trabalho, mas, no decorrer das negociações, deram a entender que poderiam aceitar um aumento menor em troca de um sistema de avaliação mais flexível. Também pedem a instituição de um sistema de recontratação dos professores que permanecem desempregados após o fechamento das escolas em que ministravam aulas.
Fonte: Portal Terra
A paralisação do trabalho envolverá cerca de 25 mil professores e pode afetar cerca de 350 mil alunos, do pré-escolar até turmas de ensino médio.
Os professores exigem um reajuste de 30% dos salários em compensação à extensão da jornada de trabalho, mas, no decorrer das negociações, deram a entender que poderiam aceitar um aumento menor em troca de um sistema de avaliação mais flexível. Também pedem a instituição de um sistema de recontratação dos professores que permanecem desempregados após o fechamento das escolas em que ministravam aulas.
Fonte: Portal Terra
sábado, 8 de setembro de 2012
Estudantes chilenos convocam boicote às eleições municipais
A porta-voz da Assembleia Coordenadora de Estudantes
Secundaristas (Aces), Eloísa González, convocou um "boicote" nas
eleições municipais, marcadas para 28 de outubro, diante da "nula
resposta da classe política" às demandas estudantis. As informações são
da agência Ansa.
"O ministro já fechou as portas (para os estudantes) ao apoiar a aprovação da reforma tributária. A classe política em seu conjunto, a direita, deram as costas ao movimento estudantil ao aprovar a reforma tributária", comentou a jovem, depois de se reunir com o ministro da Educação, Harald Beyer.
Eloísa declarou que "o movimento não tem nenhuma outra opção hoje que não expor à cidadania que a solução não vai estar na institucionalidade política, (já que) não há vontade de diálogo". "Diante disso, o conjunto do povo chileno se somará ao chamado de boicote às eleições de 28 de outubro", acrescentou.
Ela ainda informou que os estudantes vão continuar mobilizados e nos próximos dias ocuparão as instituições de ensino.
Candidato à reeleição, o prefeito de Santiago, Pablo Zalaquett, disse que os alunos que já repetiram o ano passado correm o risco de perder sua matrícula por causa das ocupações. "A lei é muito clara: não se permite repetir pela segunda vez. A opção é do diretor ou da equipe de direção de cancelar a matrícula", observou.
Fonte: Portal Terra
"O ministro já fechou as portas (para os estudantes) ao apoiar a aprovação da reforma tributária. A classe política em seu conjunto, a direita, deram as costas ao movimento estudantil ao aprovar a reforma tributária", comentou a jovem, depois de se reunir com o ministro da Educação, Harald Beyer.
Eloísa declarou que "o movimento não tem nenhuma outra opção hoje que não expor à cidadania que a solução não vai estar na institucionalidade política, (já que) não há vontade de diálogo". "Diante disso, o conjunto do povo chileno se somará ao chamado de boicote às eleições de 28 de outubro", acrescentou.
Ela ainda informou que os estudantes vão continuar mobilizados e nos próximos dias ocuparão as instituições de ensino.
Candidato à reeleição, o prefeito de Santiago, Pablo Zalaquett, disse que os alunos que já repetiram o ano passado correm o risco de perder sua matrícula por causa das ocupações. "A lei é muito clara: não se permite repetir pela segunda vez. A opção é do diretor ou da equipe de direção de cancelar a matrícula", observou.
Fonte: Portal Terra
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Brasil é o maior mercado consumidor de crack do mundo, aponta estudo
Fernanda Cruz, Agência Brasil - 05/09/2012 - 13h48
Os resultados do estudo, que tem o nome de Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), apontam ainda que o Brasil representa 20% do consumo mundial do crack. A cocaína fumada (crack e oxi) já foi usada pelo menos uma vez por 2,6 milhões de brasileiros, representando 1,4% dos adultos. Os adolescentes que já experimentaram esse tipo da droga foram 150 mil, o equivalente a 1%.
De acordo com o relatório, cerca de 4% da população adulta brasileira, 6 milhões de pessoas, já experimentaram cocaína alguma vez na vida. Entre os adolescentes, jovens de 14 a 18 anos, 44 mil admitiram já ter usado a droga, o equivalente a 3% desse público. Em 2011, 2,6 milhões de adultos e 244 mil adolescentes usaram cocaína.
O levantamento do Inpad revelou também que a cocaína usada via intranasal (cheirada) é a mais comum. Aproximadamente 5,6 milhões de pessoas já a experimentaram na vida e, somente no último ano, 2,3 milhões fizeram uso. Entre os adolescentes, o uso é menor, 316 mil experimentaram durante a vida e 226 mil usaram no último ano.
A pesquisa também comparou o consumo de cocaína nas regiões brasileiras em 2011. No Sudeste está concentrado o maior número de usuários, 46% deles. No Nordeste estão 27%, no Norte 10%, Centro-Oeste 10% e Sul 7%. Relatórios com resultado e metodologia estão na página do Inpad na internet.
Edição: Davi Oliveira
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-09-05/brasil-e-maior-mercado-consumidor-de-crack-do-mundo-aponta-estudo
.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Bancários e funcionários dos Correios podem entrar em greve nos próximos dias
em » 04/09/2012
22h08min |
Sem
proposta de elevar o índice de reajuste já oferecido pela Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban), em uma reunião nesta terça-feira, em São
Paulo, o Comando Nacional dos bancários já admite uma data para o início
de uma greve nacional da categoria. O Sindicato dos Bancários farão
assembleias na quarta-feira, dia 12, para organizar a paralisação que
deve começar no dia 18, se até lá as negociações não avançarem.
A categoria rejeitou o reajuste salarial de 6%, alegando que, nessa hipótese, o ganho real não passa de 0,64%, descontada a inflação de 12 meses. Os bancários insistem em reajuste de 10,25%, com aumento real de 5% para os salários, além de melhoria da participação nos lucros e resultados, valorização dos pisos, melhores condições de trabalho e fim do assédio moral.
Por outro lado, os trabalhadores da Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos decretaram, na noite desta
terça-feira, estado de greve em todo o Rio Grande do Sul. De acordo com o
secretário geral do Sindicato da categoria no Estado (Sintect-RS),
Vicente Guindani, a empresa ofereceu um reajuste de 3%, enquanto os
trabalhadores exigem a reposição de perdas históricas que, segundo
cálculo dos trabalhadores, atingem 43%.
Os servidores marcaram assembleia geral para as 19h30min de segunda-feira, Se decretarem greve, os funcionários devem cruzar os braços a partir da madrugada de terça-feira. Além da reposição salarial, a categoria luta pelo fim das terceirizações e contratação de 30 mil funcionários em todo o Brasil. A pauta de reinvindicações da categoria abrange, no total, 78 itens.
Fonte: Rádio Fandango
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domingo, 2 de setembro de 2012
Em Passo Fundo, educadores sugerem algemas para quem não cumpre a lei
Educadores da região de Passo Fundo aproveitaram recente passagem do governador Tarso Genro pela cidade para protestar e exigir o cumprimento da lei do piso nacional. A categoria deixou claro que Tarso é um fora da lei.
Um forte aparato de segurança impediu que os educadores se manifestassem no local do evento. Tarso fugiu da categoria, que mesmo assim protestou exibindo cartazes que afirmavam ser o governador um fora da lei.
Uma algema foi simbolicamente exibida para a população e para o aparato policial, mostrando a contradição de quem não cumpre a lei mas está protegido e quem reivindica direitos e é coagido e reprimido pelo estado.
Um fato significativo foi que os alunos da escola (privada) em que o governador esteve, em apoio à manifestação organizada pelos educadores da rede estadual, exibiram cartazes nas janelas da escola, confirmando ser o governador um fora da lei.
Com informações do 7º Núcleo do CPERS/Sindicato
Fonte: Portal CPERS/Sindicato
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