De acordo com a polícia, a rua foi fechada para garantir a segurança dos manifestantes. Professores dizem que não houve confrontos nesta manhã
A Polícia Militar fechou na manhã desta segunda-feira os
acessos da rua Alcindo Guanabara, na lateral da Câmara dos Vereadores
do Rio de Janeiro, no centro da cidade, onde professores da rede
municipal de ensino estão acampados desde a madrugada de domingo. Cerca
de 160 policiais, segundo a PM, participam da operação.
De acordo com o comandante do policiamento, major Pinto,
a rua foi fechada para garantir a segurança do perímetro e a
integridade física dos manifestantes. O major disse ainda que não há
ordem para a retirada do acampamento.
Nesta manhã, os professores permaneciam cercados pela Polícia Militar e
gritavam palavras de ordem contra o cerco. Os policiais militares
permitem apenas a passagem de funcionários da Câmara pelo bloqueio. Quem
trabalha nos escritórios da rua também está impedido de passar e
protesta pedindo garantia do direito de ir e vir.
Os manifestantes estão acampados em nove barracas desde a
retirada dos professores do plenário. A coordenadora do Sindicato
Estadual dos Profissionais da Educação, Marta Moraes, informou que não
houve truculência policial do lado de fora da Casa.
Os professores estão acampados em dez barracas na
lateral do Palácio Pedro Ernesto, sede do Legislativo do Rio, após ação
da Polícia Militar para a desocupação do plenário da Casa, na noite de
sábado. Houve confronto e, segundo o sindicato, dois professores foram
autuados e levados para a 5ª Delegacia de Polícia e quatro ficaram
feridos.
Paes diz que não vai retirar de votação plano de carreira dos professores
Os protestos no Legislativo do Rio começaram na semana passada como forma de pressionar os vereadores a vetar o projeto apresentado pelo prefeito, Eduardo Paes, do novo plano de carreira dos professores. Em entrevista à rádio CBN esta manhã, Paes disse que não vai retirar a proposta de votação, já que teria sido amplamente dialogada com a categoria.
O projeto foi encaminhado à Câmara de Vereadores na
quinta-feira, mas a votação foi suspensa após a invasão do plenário
pelos docentes. Uma nova votação pode ocorrer amanhã. "Eles (professores) exigiram
que eu enviasse o plano em 30 dias e exigiram que eu mandasse em regime
de urgência. Cumpri exatamente o que eles exigiram de mim. Agora,
compete à Câmara. A gente tem que entender que as propostas tem que ser
racionais. Não adianta acertar um salário que a prefeitura não poderá
pagar", afirmou o prefeito à CBN.
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