Siden Francesch do Amaral
Invariavelmente, fico surpreso com a “ingenuidade” de nossos governantes. Ingenuidade ou ma-fé.
Basta que um candidato suba ao palanque eleitoral ou em discurso da posse, e logo, vem as frases contundentes:
“VAMOS INVESTIR EM EDUCAÇÃO”; “IREMOS QUALIFICAR A EDUCAÇÃO”; “VAMOS VALORIZAR OS EDUCADORES”.
Poderia citar outras frases de efeito, mas vou me ater a essas. Acreditam esses senhores (ou senhoras), repetindo, por “ingenuidade” ou má-fé, que tais frases irão tirar a educação da situação em que se encontra.
O que a realidade nos mostra são algumas escolas caindo aos pedaços, com laboratórios desativados por falta de pessoal, sem segurança, setores educacionais com falta de profissionais e educadores recebendo migalhas de reajustes salariais.
As escolas maravilhosas do Governo Yeda nunca desceram dos outdoors. Conheço Escola que há quase duas décadas espera pela construção de muro que evitaria o perigo de deslizamentos.
Em visitas às escolas da região, presenciei uma vice-diretora sendo agredida física e verbalmente por uma mãe. Como não havia nenhum agente de segurança no estabelecimento educacional, coloquei-me entre a professora e agressora, para que a primeira, literalmente, não apanhasse. E também, literalmente, servi de “escudo”.
Em visita a outro estabelecimento, a comunidade escolar protestava, em pleno mês de outubro, contra a falta de um professor. A previsão era de que o preenchimento da vaga somente aconteceria em trinta dias...
Participei de um ato de protesto no qual os alunos exibiam faixas: “QUEREMOS PROFESSORES, JÁ ESTAMOS EM OUTUBRO”; “TEMOS PROFESSORES(AS) DE MATEMÁTICA LECIONANDO PORTUGUÊS”.
Ao ler as frases acima citadas, lembrei-me de pronunciamento de autoridade educacional gaúcha mencionando que não iria fazer mesmice.
Desculpem amigos(as) leitores(as), não quero parecer agressivo. Mas isso não pode ser ingenuidade.
Como, também, não pode ser taxada de ingênua a campanha de uma certa rede de comunicação, que faz a seguinte pergunta: “Porque não mudamos tudo isso juntos?”
Ou seus editores e diretores são analfabetos funcionais, ou alienados, ou outros interesses permeiam a citada campanha, pois a resposta é por demais óbvia.
Todos sabem que o que falta à educação brasileira são investimentos, verbas. Discursos vazios, com malabarismos de retórica, servem apenas para iludir...
Frases de efeito e discursos inócuos não mudam a realidade.
Questionar porque só 2% dos jovens pesquisados querem cursar Licenciatura só pode ser ironia, pois a resposta está evidente.
Do mesmo modo, querer reajustar o Piso dos Professores anualmente pelo INPC contradiz o discurso de valorização dos educadores. Para saber disso não precisa ser nenhum doutor em economia.
A verdade, infelizmente, sem rodeios, é que estão brincando com o futuro do país. É o nosso futuro ameaçado. Nesse caso, sim, acredito que cabe a pergunta: Por quê?
*Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo CPERS/Sindicato
http://nucleo14cpers.blogspot.com.br/
Basta que um candidato suba ao palanque eleitoral ou em discurso da posse, e logo, vem as frases contundentes:
“VAMOS INVESTIR EM EDUCAÇÃO”; “IREMOS QUALIFICAR A EDUCAÇÃO”; “VAMOS VALORIZAR OS EDUCADORES”.
Poderia citar outras frases de efeito, mas vou me ater a essas. Acreditam esses senhores (ou senhoras), repetindo, por “ingenuidade” ou má-fé, que tais frases irão tirar a educação da situação em que se encontra.
O que a realidade nos mostra são algumas escolas caindo aos pedaços, com laboratórios desativados por falta de pessoal, sem segurança, setores educacionais com falta de profissionais e educadores recebendo migalhas de reajustes salariais.
As escolas maravilhosas do Governo Yeda nunca desceram dos outdoors. Conheço Escola que há quase duas décadas espera pela construção de muro que evitaria o perigo de deslizamentos.
Em visitas às escolas da região, presenciei uma vice-diretora sendo agredida física e verbalmente por uma mãe. Como não havia nenhum agente de segurança no estabelecimento educacional, coloquei-me entre a professora e agressora, para que a primeira, literalmente, não apanhasse. E também, literalmente, servi de “escudo”.
Em visita a outro estabelecimento, a comunidade escolar protestava, em pleno mês de outubro, contra a falta de um professor. A previsão era de que o preenchimento da vaga somente aconteceria em trinta dias...
Participei de um ato de protesto no qual os alunos exibiam faixas: “QUEREMOS PROFESSORES, JÁ ESTAMOS EM OUTUBRO”; “TEMOS PROFESSORES(AS) DE MATEMÁTICA LECIONANDO PORTUGUÊS”.
Ao ler as frases acima citadas, lembrei-me de pronunciamento de autoridade educacional gaúcha mencionando que não iria fazer mesmice.
Desculpem amigos(as) leitores(as), não quero parecer agressivo. Mas isso não pode ser ingenuidade.
Como, também, não pode ser taxada de ingênua a campanha de uma certa rede de comunicação, que faz a seguinte pergunta: “Porque não mudamos tudo isso juntos?”
Ou seus editores e diretores são analfabetos funcionais, ou alienados, ou outros interesses permeiam a citada campanha, pois a resposta é por demais óbvia.
Todos sabem que o que falta à educação brasileira são investimentos, verbas. Discursos vazios, com malabarismos de retórica, servem apenas para iludir...
Frases de efeito e discursos inócuos não mudam a realidade.
Questionar porque só 2% dos jovens pesquisados querem cursar Licenciatura só pode ser ironia, pois a resposta está evidente.
Do mesmo modo, querer reajustar o Piso dos Professores anualmente pelo INPC contradiz o discurso de valorização dos educadores. Para saber disso não precisa ser nenhum doutor em economia.
A verdade, infelizmente, sem rodeios, é que estão brincando com o futuro do país. É o nosso futuro ameaçado. Nesse caso, sim, acredito que cabe a pergunta: Por quê?
*Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo CPERS/Sindicato
http://nucleo14cpers.blogspot.com.br/
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