Os
negros com trabalho na região metropolitana de São Paulo ganhavam em
média 61,7% do salário dos não negros, em 2011, de acordo com estudo
divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) nesta segunda-feira 19. O Dia Nacional da
Consciência Negra é celebrado na próxima terça-feira 20.
Na
análise de horas trabalhadas, Salvador e São Paulo se destacaram pela
maior desigualdade, com os negros recebendo 60,9% e 61%,
respectivamente, do rendimento médio dos demais. Fortaleza (73,3%) e
Porto Alegre (70,6%) apresentaram um valor maior, porém ainda muito
abaixo da igualdade, de acordo com a pesquisa.
Para o Dieese, a situação ainda é mais discriminatória para mulheres
negras. "Em todas as regiões analisadas, o rendimento médio real por
hora trabalhada das mulheres negras ocupadas correspondeu no máximo a
58,3%, em Porto Alegre, e 58,6%, em Fortaleza, do valor auferido pelos
homens não negros.
No Distrito Federal e na Região
Metropolitana de São Paulo, o valor da hora trabalhada das mulheres
negras não representava 50% do recebido pelos homens não negros",
afirmou o estudo.
A população negra também sofre mais com a
falta de emprego. Segundo a análise, a proporção de negros entre os
desempregados na maioria das regiões foi superior a 60%, exceto em
Porto Alegre (18,2%) e São Paulo (40%).
"A proporção de negros
entre os desempregados é sempre superior à parcela de negros entre os
ocupados e no conjunto da População Economicamente Ativa (PEA)", diz o
Dieese.
Fonte: Portal Terra
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