Acabar com o chamado "turno da fome" nas escolas. Essa promessa, mais
que bem-vinda, foi feita pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab,
duas vezes. Nas duas, ela foi descumprida. Primeiro, em 2010. Agora,
sobre 2013.
O turno da fome recebeu esse nome porque tem lugar entre a turma da
manhã e a da tarde. Inicialmente, as crianças que estudavam nesse
período não tinham direito a merenda. Hoje, elas almoçam em 20 minutos.
A ideia, implantada na rede municipal nos anos 1970, era acabar com a
falta de vagas nas escolas. Em vez de construir novas unidades, a
solução (absurda) foi criar esse terceiro horário.
A falta de vagas até pode ter sido vencida, mas as crianças nada
ganharam. Elas passaram a não comer direito, e a medida reduziu a carga
horária dos turnos.
Não é assim que se resolvem os problemas da educação em São Paulo. O
papel da prefeitura é garantir vagas a todos, claro, mas não há dúvida
de que isso precisa ser feito com qualidade.
Também não é com promessas vazias que o turno da fome vai acabar. Em
2011, em entreviao jornal Agora São Paulo, o secretário Municipal da
Educação, Alexandre Schneider, afirmou que não havia "nenhuma
possibilidade" de os três períodos continuarem existindo em 2013.
Agora o secretário precisará explicar por que 20 escolas ainda terão, em 2013, o turno da fome.
É verdade que, segundo a prefeitura, o número de alunos estudando em
unidades com três períodos diminuiu muito, de 676 mil para 33 mil.
"Dimunir", contudo, não é a mesma coisa que "acabar".
O governo Kassab teve méritos, mas pecou por fazer promessas que não conseguiu cumprir. Não será o primeiro nem o último.
Editorial jornal Agora São Paulo - (edição de15/11).
Comentário
Como podemos observar alguns políticos(talvez a maioria) acreditam que promessas vazias melhoram a educação... Ou com promessas não cumpridas...
É também por isso, que estamos assim...
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