Cpers reivindica aumento de 60% enquanto Executivo oferece 23,5%
O governo do Estado e os professores gaúchos voltaram a discutir, nesta segunda-feira, o projeto de pagamento do piso nacional da categoria, cujo valor é de R$ 1.451. O Cpers-sindicato que na sexta-feira, em assembleia geral, decidiu entrar em estado de greve, apresentou aos representantes do Executivo uma contraproposta. O magistério exige reajuste de mais de 60% com pagamento de três parcelas de 22,41%, nos meses de maio, agosto e novembro deste ano. A proposta, porém, foi considerada inviável pelo governo.
O secretário estadual de Educação, José Clóvis Azevedo, ressaltou que a proposta apresentada pela Administração estadual é o limite possível de pagamento. "É o que o governo tem condições de apresentar e vamos defender esse valor", assegurou o secretário, ao chegar na reunião. O Executivo apresentou projeto em que concede reajuste de 23,5% em três vezes, sendo que a última paga em fevereiro de 2013. Além disso, o governo concederia mais 43%, em outras quatro parcelas, até 2014, quando o salário para 40h chegaria a R$ 1260.
A primeira proposta deverá trancar a pauta de votações da Assembleia Legislativa nesta semana. Para o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, o debate é difícil, uma vez que a contraproposta apresentada pelo magistério vai além das condições financeiras do Estado. "Se aceitarmos o reajuste pedido pelos professores, o índice chegará a 81% apenas neste ano, representando aumento de quase R$ 3 bilhões. É inviável porque não há nem condições orçamentária para assumir esse aumento", disse ele.
Diante das manifestações, a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, assegurou que, se o governo não quiser negociar, a categoria começará a construir o processo de greve. Ela afirmou que a categoria não está pedindo nada mais do que está definido em lei.
fonte: Correio do Povo
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