quinta-feira, 22 de março de 2012

Somente a mobilização pode garantir o piso


Sob vaias e protestos. Foi assim que 29 deputados da base do governo do estado na Assembleia Legislativa aprovaram, nesta terça-feira (20), o Projeto de Lei 15/2012, que reajusta em 23,51%, em três parcelas (maio e novembro deste ano e fevereiro de 2013), o vencimento dos educadores.

Essa proposta fora rejeitada pela categoria em assembleia geral. Mesmo com a rejeição, o governo insistiu em colocá-la em votação. O CPERS/Sindicato fez diversos movimentos no sentido de negociar uma proposta que garantisse o cumprimento da lei, mas o governo fechou todas as possibilidades.

Ao aprovarem o projeto, os deputados da base governista tornaram-se cúmplices de um governo que está à margem da lei. Na campanha eleitoral, falsamente, o governador Tarso se comprometeu com o pagamento do piso. Mais: enquanto ministro da Justiça, Tarso assinou a lei sancionada pelo ex-presidente Lula.

Os educadores fizeram tudo o que foi possível para negociar, mas o governo optou pela manutenção do conflito estabelecido no estado. Ao usar a sua base no Legislativo, o governo Tarso promoveu na noite desta terça um degradante espetáculo na relação com os servidores públicos.

Os três dias de paralisação pelo piso, que registraram a adesão de cerca de 90% das escolas da rede estadual, mostraram que a categoria está determinada a lutar por uma conquista histórica. Os trabalhadores em educação continuam em estado de greve, entendendo que somente a mobilização pode garantir o piso.


João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato

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