Estudantes brasileiros residentes em 27 cidades de 13 países organizam manifestações de repúdio aos atos de violência dos protestos de São Paulo
Brasileiros de pelo menos 13 países se organizam pelo Facebook para promover uma série de protestos em apoio aos manifestantes de São Paulo, que tomam as ruas da capital paulista desde a semana passada contra o aumento das passagens de ônibus. A maioria dos atos será neste final de semana.
Ao todo, serão realizados protestos em pelo menos 27
cidades: Paris (França), Valência, Madri, La Coruña e Barcelona
(Espanha), Londres (Reino Unido), Berlim, Frankfurt, Hamburgo e Munique
(Alemanha), Turim e Bologna (Itália), Coimbra, Porto e Lisboa
(Portugal), Den Haag (Holanda), Dublin (Irlanda), Bruxelas (Bélgica),
Boston, Edmond, Chicago, Nova York (Estados Unidos), Toronto, Montreal e
Vancouver (Canadá), Buenos Aires (Argentina) e Cidade do México. Pelo
número de participantes confirmados, os dois maiores protestos serão
realizados na Alemanha e na Irlanda.
Irlanda
Na página do evento de Dublin, por exemplo, 1.175 confirmaram presença na caminhada marcada para o próximo domingo à tarde. “Não podemos ficar parados enquanto o Brasil está em luta. Em apoio a todos os brasileiros, vamos sair do Facebook e fazer uma marcha aqui em Dublin”, diz a mensagem de apresentação do evento. O protesto começará no Monumento da Luz e seguirá até o Brazilian Day.
A estudante brasileira Moniky Molizane, 22 anos, que mora em Dublin há três meses, relata ao Terra
que acompanhou a manifestação de São Paulo pela internet temendo por
sua família. “Foi um choque, eu acho que nunca tinha visto uma
manifestação desse tamanho. Confesso que senti uma mistura de sensações:
medo, afinal minha família mora na Grande São Paulo, mas também senti
orgulho”, afirma.
“Vi nesse protesto que vai ter aqui uma oportunidade de
levar para todo o mundo o que nós sentimos de verdade”, diz o curitibano
Maicon Cristian de Lima. “Não somos como as pessoas de fora do Brasil
pensam. Eles acham que sabemos da corrupção e somos omissos com tudo
isso”, completa.
Stefane Dantas, 25 anos, que foi para Dublin estudar
inglês, diz que ficou grudada no computador acompanhando pelas redes
sociais e portais. “Temos receio que forças estrangeiras aproveitem a
situação para tornar o Brasil uma nova Líbia ou Síria”, afirma.
O estudante Acauan Malta, um dos organizadores do evento na Irlanda, disse ao Terra
que o protesto não é motivado pelo aumento da tarifa em São Paulo. “A
luta aqui é maior”, diz. “Trata-se de um ato em defesa da cidadania, em
favor do Brasil”, completa.
Alemanha
Mais de 1 mil pessoas também confirmaram presença na marcha convocada em Berlim, na Alemanha, também na tarde do próximo domingo. “Nós, brasileiros que vivemos no exterior não podemos manter a calma diante de toda essa truculência que está acontecendo não só no Brasil, mas também na Turquia e em vários países”, diz o texto que convoca os manifestantes.
Mais de 1 mil pessoas também confirmaram presença na marcha convocada em Berlim, na Alemanha, também na tarde do próximo domingo. “Nós, brasileiros que vivemos no exterior não podemos manter a calma diante de toda essa truculência que está acontecendo não só no Brasil, mas também na Turquia e em vários países”, diz o texto que convoca os manifestantes.
Marcus Oestmann, 32 anos, mora em Berlim há um mês e
acompanhou os acontecimentos pela internet. “O que eu acho que aconteceu
foi o uso desproporcional de violência pela polícia na manifestação de
ontem”, diz. “E agora não se trata apenas do preço da tarifa do
transporte público, mas por direito à liberdade de se manifestar”,
completa.
Canadá
Estudantes brasileiros no Canadá, organizam um ato para a próxima terça-feira na Dundas Square, centro comercial de Toronto. “O local é uma propriedade privada, mas poderemos ficar na calçada e realizar nossa manifestação lá mesmo”, postaram os organizadores. Mais de 100 pessoas devem participar do protesto.
Em Portugal, brasileiros que vivem em Coimbra estão convocando os amigos
para se concentrar nas escadarias monumentais do largo Dom Diniz na
terça-feira. Na França, a manifestação está marcada para o final do mês,
dia 28 de junho.
Fonte: Portal Terra
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