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• atualizado às 12h23
Após boatos no Facebook, sindicato disse que conferiu nos hospitais e Instituto Médico Legal e não encontrou registro de nenhum professor morto
O Sindicato dos Professores do Estado do Rio de Janeiro (Sepe),
desmentiu por meio de nota que algum professor tenha morrido em
decorrência das bombas e do gás lacrimogêneo lançado pela polícia contra
manifestantes na frente da Câmara Municipal. Um professor de São
Gonçalo, Rodrigo Bezerra, da Escola Estadual Nilo Peçanha, publicou em
sua página no Facebook, na madrugada de hoje, que uma professora teria
morrido no hospital Souza Aguiar, no centro do Rio, de ataque cardíaco
após ter inalado gás. Ele dá inclusive o nome da suposta vítima e diz
que o Sepe e a Comissão de Direitos Humanos da Alerj teriam confirmado a
morte.
"Sua direção (do Sepe) não conseguiu confirmar junto a
hospitais e ao Instituto Médico Legal qualquer registro de profissional
ferido que tenha morrido por causa de complicações causadas pela
inalação dos gases lançados pelos policiais do Batalhão de Choque", diz a
nota do sindicato.
A Secretaria Municipal de Saúde informou ao Terra
que nenhuma paciente com o nome Citado pelo professor Rodrigo Bezerra
deu entrada nem no Souza Aguiar e nem em qualquer outro hospital
municipal na noite de terça-feira ou madrugada de quarta-feira.
Segundo a Polícia Militar, 16 pessoas foram detidos
durante o protesto de ontem, sendo que duas já tinham passagem por roubo
a mão armada. Nenhum professor foi preso.
Os educadores que estavam acampados na porta da Câmara
desde a última quinta-feira deixaram o local esta manhã. Dois atos estão
previstos esta tarde em repúdio à violência policial contra a
categoria, que mantém a greve - um na porta da Câmara, às 17h, e outro
na Universidade do Estado do Rio (Uerj), a favor dos professores da rede
Estadual, que também seguem com a Greve.
Os professores do Estado fazem uma assembleia esta tarde
no Clube Municipal, na Tijuca, para definir os rumos do movimento,
enquanto os professores municipais realizam nova assembleia na
sexta-feira em local ainda não definido.
Confira a nota do Sepe:
O Sepe informa que, em relação aos fatos ocorridos
ontem durante o processo de votação do plano de carreira do magistério
municipal, na área em torno da Câmara de Vereadores, - que resultaram em
agressões contra diversos profissionais que participavam da
manifestação contra a aprovação do projeto do prefeito Eduardo Paes –
que a sua direção não conseguiu confirmar junto a hospitais e ao
Instituto Médico Legal qualquer registro de profissional ferido que
tenha morrido por causa de complicações causadas pela inalação dos gases
lançados pelos policiais do Batalhão de Choque.
No final da noite desta terça-feira circularam
informações na internet anunciando a morte de uma profissional
(professora) no Hospital Sousa Aguiar, em decorrência de complicações
causadas pela inalação de gases provenientes das bombas lançadas pela
polícia durante os ataques contra os profissionais de educação e outros
manifestantes que se encontravam na região. A direção do Sepe tomou
conhecimento do caso e foi até o Hospital Souza Aguiar e outras unidades
de saúde, além de checar no Instituto Médico Legal e nenhum registro de
óbito decorrente das circunstâncias acima descritas foi encontrado.
Fonte: Portal Terra
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