quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Rio: sindicato nega morte de professora após ação da PM em protesto

atualizado às 12h23 

Após boatos no Facebook, sindicato disse que conferiu nos hospitais e Instituto Médico Legal e não encontrou registro de nenhum professor morto


O Sindicato dos Professores do Estado do Rio de Janeiro (Sepe), desmentiu por meio de nota que algum professor tenha morrido em decorrência das bombas e do gás lacrimogêneo lançado pela polícia contra manifestantes na frente da Câmara Municipal. Um professor de São Gonçalo, Rodrigo Bezerra, da Escola Estadual Nilo Peçanha, publicou em sua página no Facebook, na madrugada de hoje, que uma professora teria morrido no hospital Souza Aguiar,  no centro do Rio, de ataque cardíaco após ter inalado gás. Ele dá inclusive o nome da suposta vítima e diz que o Sepe e a Comissão de Direitos Humanos da Alerj teriam confirmado a morte.

"Sua direção (do Sepe) não conseguiu confirmar junto a hospitais e ao Instituto Médico Legal qualquer registro de profissional ferido que tenha morrido por causa de complicações causadas pela inalação dos gases lançados pelos policiais do Batalhão de Choque", diz a nota do sindicato.


A Secretaria Municipal de Saúde informou ao Terra que nenhuma paciente com o nome Citado pelo professor Rodrigo Bezerra deu entrada nem no Souza Aguiar e nem em qualquer outro hospital municipal na noite de terça-feira ou madrugada de quarta-feira.


Segundo a Polícia Militar, 16 pessoas foram detidos durante o protesto de ontem, sendo que duas já tinham passagem por roubo a mão armada. Nenhum professor foi preso.

Os educadores que estavam acampados na porta da Câmara desde a última quinta-feira deixaram o local esta manhã. Dois atos estão previstos esta tarde em repúdio à violência policial contra a categoria, que mantém a greve - um na porta da Câmara, às 17h, e outro na Universidade do Estado do Rio (Uerj), a favor dos professores da rede Estadual, que também seguem com a Greve.


Os professores do Estado fazem uma assembleia esta tarde no Clube Municipal, na Tijuca, para definir os rumos do movimento, enquanto os professores municipais realizam nova assembleia na sexta-feira em local ainda não definido.

Confira a nota do Sepe:


O Sepe informa que, em relação aos fatos ocorridos ontem durante o processo de votação do plano de carreira do magistério municipal, na área em torno da Câmara de Vereadores, - que resultaram em agressões contra diversos profissionais que participavam da manifestação contra a aprovação do projeto do prefeito Eduardo Paes – que a sua direção não conseguiu confirmar junto a hospitais e ao Instituto Médico Legal qualquer registro de profissional ferido que tenha morrido por causa de complicações causadas pela inalação dos gases lançados pelos policiais do Batalhão de Choque.


No final da noite desta terça-feira circularam informações na internet anunciando a morte de uma profissional (professora) no Hospital Sousa Aguiar, em decorrência de complicações causadas pela inalação de gases provenientes das bombas lançadas pela polícia durante os ataques contra os profissionais de educação e outros manifestantes que se encontravam na região. A direção do Sepe tomou conhecimento do caso e foi até o Hospital Souza Aguiar e outras unidades de saúde, além de checar no Instituto Médico Legal e nenhum registro de óbito decorrente das circunstâncias acima descritas foi encontrado.


Fonte: Portal Terra

 

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