quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Projeto de abono das faltas tem parecer aprovado

Em reunião realizada na manhã dessa terça-feira 29, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa (CCJ) aprovou o parecer do deputado Ronaldo Santini (PTB) ao Projeto de Lei nº 200/2013, que considera de efetivo exercício os dias em que os membros do Magistério Público Estadual e Servidores de Escola participaram de atividades sindicais.

Fonte: CPERS/Sindicato

terça-feira, 29 de outubro de 2013

CPERS busca negociação, mas governo não responde

O CPERS/Sindicato encaminhou ao governo do estado, no dia 2 de outubro, um documento solicitando audiência para tratar de pontos ainda pendentes da greve realizada entre os dias 23 de agosto e 13 de setembro.

Entre os pontos destacados estão o projeto de inclusão dos funcionários no Quadro de Servidores de Escola, Promoções e Concurso Público para Funcionários.




Após 28 dias de espera, o sindicato enviou, nesta terça-feira 29, uma nova solicitação de audiência por entender que as reivindicações ainda não atendidas são importantes para a categoria.

Para o sindicato, é inadmissível a postura do governo em não responder à solicitação para resolver o mais rápido possível os itens negociados e que ainda estão pendentes.

O CPERS/Sindicato ressalta a relevância destas reivindicações para uma categoria que vive com dificuldades financeiras e que sequer recebe o piso salarial, uma lei descumprida pelo governo Tarso.





VALE-REFEIÇÃO



Logo após o encerramento da greve, em audiência, foi entregue ao Codipe (Comitê de Diálogo Permanente) uma proposta de projeto que transforma o vale-refeição em auxílio alimentação.

Na segunda audiência realizada para tratar do tema, o governo pediu 30 dias para analisar a proposta. O prazo solicitado venceu no último dia 23. Passada uma semana e sem qualquer manifestação do governo, o CPERS/Sindicato encaminhou, também nesta terça-feira 29, novo pedido de audiência ao Codipe.

Mais uma vez o CPERS/Sindicato não mede esforços no sentido de negociar as reivindicações da categoria, sempre na busca de preservar direitos e avançar nas conquistas.

Contudo, ao mesmo tempo, o governo fecha as portas para a negociação, contrariando afirmação do próprio governador. Durante a greve, ele disse, através da imprensa, que estaria à disposição para negociar com o sindicato a qualquer hora do dia.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Final de Outubro

Por Siden* - 27.10.13
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Chegamos ao último domingo de Outubro de 2013.


Daqui a menos de sessenta dias, novamente, Natal, depois ano Novo...

A mesma praça, o mesmo banco...

O comércio feliz com o consumismo...

O tempo passando com velocidade estonteante!

Parece, às vezes, que o tempo desliza entre os dedos...

Então, paulatinamente, nos aproximamos do final de Outubro, do ano...

E as promoções?

Não seriam para Outubro?


Será que estou equivocado?

Bem, o mês não terminou ainda...

E o Piso Nacional aos Educadores?


Nem o Piso pirata do MEC!

E o vale alimentação?

Estão estudando...

Para melhorar a vida dos trabalhadores é preciso muito estudo. Estudo demorado!

Difícil.

Rápido mesmo e fácil, só quando é para melhorar ainda mais a vida dos “grandões”...

Vida dura, essa dos trabalhadores!

Final de Outubro!

E as promoções?

E o vale alimentação?


Piso? Nem o pirata do MEC!

É, a vida é dura! Para os trabalhadores...

*Siden Francesch do Amaral é Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo/CPERS-Sindicato.

http://nucleo14cpers.blogspot.com.br/2013/10/final-de-outubro.html?m=1

Fonte: profemarli.comunidades.net
 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Os protestos do Brasil pela internet

Para ‘compreender’ os protestos no Brasil é preciso olhar para a internet


Imagem: Reprodução Redes Sociais
Está “difícil de entender“ os movimentos que tomaram as ruas do país, declarou o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência. Sem uma liderança nominal ou uma causa específica – já que os protestos incorporaram outras demandas, além da redução das tarifas de ônibus – o que acontece hoje no país vem confundindo os analistas. A falta de uma bandeira “clara” no movimento se deve também à influência da internet.
Quem está acostumado ao esquema tradicional de um protesto imagina que o nome por trás de uma convocação no Facebook tem amplo envolvimento com a causa. Mas não é simples assim. Às vezes um pequeno detalhe é suficiente para o internauta chamar a atenção de seus amigos na rede para um movimento. E assim uma onda social ganha corpo – nos mesmos contornos de uma “rede”, em que cada ponto vai se ampliando com mais ligações. 
 
E estamos falando de comunicação: a mensagem que existe no ponto central pode não ser mais a mesma quando repassada, reprocessada por opiniões e opiniões de cada emissor nas redes sociais. E o básico: antes organizadores de protestos divulgavam sua causa nas ruas, com carro de som ou distribuição de panfletos. Agora basta um computador conectado à internet.

Isso faz muita diferença. Tanto no modo como se contagia as pessoas como na forma que elas mesmas se veem como parte dos acontecimentos.

Uma mensagem de indignação se espalha mais rapidamente e toca no âmago das insatisfações de mais pessoas. Algo próximo do que chamam de “inconsciente coletivo”.

O nome dos movimentos está nas manchetes, não o nome dos líderes. Voltar atrás no aumento da tarifa de ônibus pode aplacar a intensidade das manifestações, mas os governantes começam a ter uma ideia de que vão ter que se esforçar para entender essas “mensagens” de cada internauta – o que está por trás da inquietação geral que existe.

Talvez seja preciso, realmente, dialogar com a população, como tem feito, por exemplo, o governo dos Estados Unidos com o site “We The People”, em que o governo se compromete a se posicionar sobre questões levantadas pela população. Trata-se de uma “ouvidoria nacional” e pública.

As manifestações mostram que muita gente já não concorda com a ideia de que a democracia é apenas o voto como uma carta branca para quatro anos. Em tempos de internet, talvez a classe política finalmente compreenda que não representa o povo por ter sido eleita, mas é, sim, eleita para ser representante do povo. 
 
 Há dificuldades maiores e para as quais ainda não há respostas claras. Eric Schmidt, presidente do conselho do Google, e Jared Cohen, diretor do Google Ideas, escreveram no livro “The New Digital Age”, publicado em maio último, que “uma mistura de arrogância e ativismo é universal nas pessoas jovens” e as manifestações iniciadas no mundo digital podem ser fáceis de começar, mas difíceis de terminar – onde esse final significa alcançar um objetivo claro e comum. 
 
Para os autores, a classe política faria uso dos dados disponíveis na própria internet neste novo fenômeno para esculpir uma figura política ideal e afinada com os anseios demonstrados pelos internautas. Isso seria possível porque esses anseios são (ou estão) públicos.

Schmidt e Cohen dizem que isso pode reforçar regimes autoritários, mas que também pode ser bem aproveitado para promover mais abertura em democracias. O fundador do Wikileaks Julian Assange, em resenha do livro publicada pelo jornal “New York Times”, demonstra ser mais cético: para ele, a redução da privacidade causada pela internet vai inevitavelmente tornar regimes democráticos mais próximos dos autoritários e nunca servir ao bem comum e à democracia. Por enquanto vemos o oposto disso.

O fato é que é preciso entender a internet, tendo pouca ou muita informação nela, e analisar esses anseios. A reação dos governantes ao que está acontecendo no Brasil pode se transformar em uma boa medida que pode reforçar a visão de Assange ou da dupla do Google: a instalação de um populismo auxiliado por supercomputadores e analistas de mídia ou uma abertura honesta de diálogo entre o governo e seus cidadãos.
Altieres Rohr
Folha Política
 
Fonte: Profemarli.comunidades.net





 
 
 

 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Câmara aprova projeto que muda indexador da dívida dos Estados

Deputados aprovaram emenda que estendeu renegociação de dívidas para outros contratos; texto segue para o Senado

 

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o projeto que muda o indexador que corrige a dívida de Estados e municípios com a União. Na prática, o texto alivia a situação fiscal da cidades e Estados endividados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.


O projeto, acertado com o governo federal, muda o indexador da dívida do IGP-DI acrescidos de 6%, 7,5% ou 9% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4% ou a taxa Selic, o que for menor para o devedor. O texto prevê a correção do estoque da dívida desde a assinatuda dos contratos, de acordo com a variação da Selic. Depois de passar pela Câmara, o texto seguirá para o Senado.


A matéria é uma reivindicação de Estados e municípios, que alegam dificuldades em realizar investimentos por causa da dívida acumulada com a União. As dívidas dos Estados passam de R$ 467 bilhões.


A votação, que deveria ter ocorrido ontem, foi obstruída pelo líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO). O parlamentar alegava que o projeto dava uma anistia fiscal à cidade de São Paulo, mas não atingia Estados do Centro-Oeste e Nordeste.

A reivindicação foi atendida pelo plenário. Os deputados aprovaram uma emenda do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) que ampliou o alcance da matéria, chegando aos contratos renegociados em uma lei de 1993. O texto principal tomava como base refinanciamentos celebrados em legislação posterior, de 1997, e em uma medida provisória de 2001.


Segundo a emenda, os contratos renegociados pela lei 8727/93 ficarão limitados à taxa Selic. A legislação tratou de contratos referentes a dívidas de pelo menos 13 Estados, mais o Distrito Federal.  


Um dos principais beneficiados com a alteração é o Estado de Goiás, que, nos cálculos de Caiado, tinha uma dívida de R$ 11,4 bilhões, sendo a maior fatia (R$ 6,8 bilhões) refinanciada pela lei de 1993. Para o líder do DEM, o texto principal priorizava o alívio fiscal do município de São Paulo e de quatro Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul). 


Números divulgados pelo DEM mostram que a dívida da cidade de São Paulo (R$ 55 bilhões) é superior à soma do que devem os Estados do Centro-Oeste (cerca de R$ 21 bilhões), por exemplo.


Terra

 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Divulgada lista de aprovados no concurso do magistério

A Secretaria Estadual de Educação divulgou na manhã desta terça-feira 22 a classificação final dos mais de 13 mil professores aprovados no concurso do magistério de 2013. A nota final é composta pela pontuação na prova objetiva (80%) e no exame de títulos (20%).

O aumento do número de aprovados, antes em 10.747, foi possível devido à anulação de uma questão presente na prova objetiva. Com isso, houve o incremento de 2,3 mil professores na lista final.

Com informações de zerohora.com

Fonte: CPERS/SINDICATO 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Cristovam defende greve dos professores e cobra federalização da educação

Em pronunciamento nesta sexta-feira (18), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) lamentou que o governo federal não assuma para si a responsabilidade pelas paralisações de professores em várias cidades. Também defendeu a federalização da educação e criticou a tentativa dos governos estaduais e federal de reduzir o reajuste do piso dos professores previsto para o próximo ano.
Na avaliação do parlamentar, mais do que uma luta pelos direitos dos educadores, as greves dos professores são resultado também do abandono da educação.
- Não é possível que o governo federal continue tratando as greves em cada estado, em cada cidade como uma coisa do prefeito e do governador. As greves de professores são uma questão nacional, que diz respeito ao futuro. Eu não vi um pronunciamento da presidente Dilma ou do ministro da educação sobre isso – disse.
Além de ignorar o problema das greves, Cristovam afirma que o governo federal negocia com os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal a possibilidade de barrar o aumento de 19% no salário dos professores da rede pública, previsto para 2014. De acordo com o senador, os governadores alegam dificuldades para pagar o aumento salarial previsto na lei que criou o piso nacional dos professores e propõem ao governo uma mudança no cálculo que, na prática, equivaleria a um reajuste de 7%.
- Os governadores estão trabalhando junto ao Ministério da Educação para trazer aqui uma lei, quem sabe uma medida provisória, rejeitando a lei que assegura o aumento para 1.900 [reais] e colocando o aumento em torno de 1.700 [ reais]. Vão roubar 200 reais por mês de cada professor que ganha o piso. Repito: Vão roubar porque é um direito adquirido por lei – criticou.
Federalização
Cristovam voltou a defender a federalização da educação básica como saída para garantir mais recursos para o setor. Para isso, o senador pediu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2013, de sua autoria, que prevê uma carreira nacional para os trabalhadores da educação básica pública e garantia de obras, equipamentos e assistência.
- Quando é preciso exonerar impostos para vender mais produtos, tem como. Por que é que quando é preciso mais dinheiro para pagar salário dos professores não se tem e não se encontra de onde? – questionou.
 Agencia Senado
Fonte: Blog 20º Núcleo CPERS/Sindicato
 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Senado discute valorização do magistério

Senado discute valorização do magistério no Plano Nacional de Educação

Posted: 15 Oct 2013 03:15 PM PDT
Por Yara Aquino

No Dia do Professor, a valorização da carreira do docente foi um dos temas da audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, convocada para discutir o Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2014-2023, que tramita na Casa. A importância de cumprir o piso salarial da categoria e de incentivar a qualificação profissional como formas de contribuir para a valorização dos professores foram itens citados por participantes.

“Temos clareza da importância do piso nacional [do magistério]. É a única categoria que tem piso estabelecido na Constituição. O Ministério da Educação tem defendido que tenhamos um patamar razoável, que seja sustentável para estados e municípios. A meta estabelecida no PNE é que seja um ganho gradativo e sustentável e, ao mesmo tempo, que garanta que a carreira do magistério seja atrativa”, disse o secretário executivo do Ministério da Educação, José Henrique Paim.

A presidenta da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, reforçou a necessidade de tornar a carreira atrativa. “Nos grandes centros metropolitanos, já vivemos a falta de profissionais nas áreas de química, física e matemática e, no máximo em dez anos, não teremos professores alfabetizadores se não garantirmos uma carreira atrativa para que os jovens possam se tornar professores”, disse.


Em relação ao PNE, que está em discussão no Senado, Cleuza Repulho lamentou a ausência de metas intermediárias para orientar o cumprimento dos objetivos do plano, estabelecidos para o período de dez anos.

“Temos hoje um momento histórico de crianças e jovens em idade escolar que não se repetirá em nenhum outro momento da história. Precisamos garantir as transformações que todos queremos”, disse.

O secretário executivo do MEC, José Henrique Paim, considerou positiva a meta do PNE que manda levar em consideração o mérito e desempenho e ouvir a comunidade escolar para a nomeação de diretores de escola.

“Avança muito o PNE ao considerar que esses itens são importantes para a nomeação do diretor”, diz.

Ao falar sobre o financiamento para a educação, que é alvo de discussão no PNE, Paim disse que o aumento de recursos para a educação deve vir acompanhado de aprimoramento da gestão. “Há uma preocupação com a gestão, com a contradição entre mais recursos e gestão. Precisamos avançar em relação a isso”, avaliou.

E
dição: Davi Oliveira



Fonte: profemarli.comunidades.net

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Petroleiros protestam na entrada da Refap em Canoas



Canoas  - Mais de 150 manifestantes trancaram a entrada principal da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), nesta manhã, no primeiro dia de greve dos petroleiros no Estado. Eles reivindicam aumento salarial de 11%, negociação de cláusulas sociais, aumento na cobertura do plano de saúde da categoria e mais segurança para os trabalhadores. 

A categoria também protesta contra o primeiro leilão de áreas de exploração de petróleo na camada pré-sal, marcado para segunda-feira. “A reserva deve ficar sob o controle do estado brasileiro. Lutamos contra os leilões e a favor da soberania nacional”, disse o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro), Fernando Maia Costa.

Diário de Canoas

Fonte: Blog 20º Núcleo CPERS/Sindicato 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

STF suspende corte de ponto de professores grevistas do Rio de Janeiro

 




















 Mais de 10 mil pessoas tomaram as ruas do centro do Rio em prol da educação
Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO
 
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta terça-feira a decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que determinou o corte de ponto dos professores que adeririam à greve da categoria. A decisão fica suspensa até audiência de conciliação que será feita pelo ministro, no dia 22.

Em 7 de outubro, o TJ-RJ negou o recurso do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) contra a liminar que obrigava os professores a voltar às salas de aula, sob pena de multa diária de R$ 200 mil para entidade. Após a decisão, o sindicato recorreu ao Supremo.

Para o ministro, o corte de ponto é ilegal, por inviabilizar o direito de greve dos professores. "A decisão reclamada, autorizativa do governo fluminense a cortar o ponto e efetuar os descontos dos profissionais da educação estadual, desestimula e desencoraja, ainda que de forma oblíqua, a livre manifestação do direito de greve pelos servidores, verdadeira garantia fundamental", argumentou.

Fux convocou representantes dos professores, do governo do Rio e da Procuradoria do Estado para audiência de conciliação, no dia 22 às 18h, no STF. "A fase conciliatória é uma etapa de notória importância, e diante da possibilidade de se inaugurar um processo de mediação capaz de ensejar um desfecho conciliatório célere e proveitoso para o interesse público e, também, nacional, designo a realização de audiência de conciliação", justificou o ministro.

Na noite desta terça-feira, uma manifestação em defesa da educação no Rio de Janeiro terminou em confronto entre a Polícia Militar e alguns manifestantes.

 Fonte: Zero Hora

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

DIA DO PROFESSOR (A)

DIA DO PROFESSOR(A) NO ANO DE 2013 – 

PIORES PERSPECTIVAS DESDE 2008 QUANDO FOI CRIADA A LEI DO PISO – VIOLAÇÃO VIOLENTA AOS DIREITOS – MIL ATAQUES PARA EXTINGUIR OS DIREITOS... O PIOR É QUE OS VIOLADORES AINDA FAZEM FESTA PARA OS PROFESSORES...

HORA DE PROTESTAR E LUTAR PELA RETIRADA DO PROJETO DE LEI 3776/2008, QUE ACABA COM O JUSTO REAJUSTE DO PISO BASE DA CARREIRA... COM A CARREIRA TAMBÉM...

PROTESTE NO DIA DO PROFESSOR 15/10/2013 

 

Fonte: Blog Valdecy Alves (com modificações)


Piso dos professores: "RS não é um estado pobre", diz Barbosa

Presidente do STF também criticou ação direta de inconstitucionalidade, proposta por seis governadores, contra o índice de correção do salário básico do magistério

Uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) proposta por seis governadores de diferentes Estados contra o índice de correção do piso nacional do magistério foi alvo de críticas por parte do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que, nesta segunda-feira, palestrou sobre o tema "Avanços e retrocessos institucionais" na Conferência Global de Jornalismo Investigativo, no Rio de Janeiro. Barbosa afirmou que o tema já foi alvo de apreciação do STF, com decisão favorável à legislação. 

— Nós já julgamos, eu inclusive fui o relator, uma outra Adin contra a lei do piso. Foi uma proposição de vários governadores. O Supremo disse: 'A lei é constitucional. Os governos têm de pagar' — avaliou. 

Depois, o ministro ainda teceu críticas ao governo do Rio Grande do Sul. 

— Alguns estados já pagam. Mas outros, surpreendentemente, alguns governadores dos quais não se esperava isso, se recusam terminantemente a pagar o piso, como é o caso, por exemplo, do Rio Grande do Sul, que não é um estado pobre — afirmou Barbosa. 

Fonte: Zero Hora


Opinião do blog

Permitam que repita duas frases do Ministro Barbosa:

O Supremo disse: 'A lei é constitucional. Os governos têm de pagar' 


 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Mercadante: Brasil tem de acabar com aprovação de alunos sem conteúdo

O Ministro da Educação, Aloisio Mercadante, disse nesta sexta-feira, dia 11, durante formatura de alunos do Pronatec na cidade de Novo Hamburgo, região metropolitana de Porto Alegre, que o Brasil precisa acabar com a aprovação de alunos que não dominam os conteúdos.


"Estudantes passam sem aprender e isso tem que acabar no Brasil. Tem que passar, mas tem que ter reforço, não pode ser aprovado sem ter conteúdo", disse o ministro, falando sobre o que considerou uma década de mudanças na educação do País.

Ainda de acordo com Mercadante, o salário dos professores está aquém do que é pago em outras partes do mundo. "Precisamos continuar esse esforço de valorização dos professores e avançar na educação de tempo integral", completou. Mais cedo, Dilma disse que a sociedade como um todo deve dar mais status para a profissão de professor.


"Não é só o governo, não é só o empresário, é toda a sociedade que deve dar status ao professor, que deve ter remuneração adequada e reconhecimento integral", disse a presidente, que defende a utilização dos recursos dos royalties do petróleo para pagar melhores salários aos educadores e melhorar a qualidade da educação básica.

Dilma: "tem que gastar em educação"
Durante a formatura, a presidente Dilma Rousseff voltou a falar da destinação dos recursos do Royalties do pré-sal para educação, na tarde desta sexta-feira, em Novo Hamburgo. A presidente lembrou que, em 35 anos, a exploração do campo de Libra deve render algo entre R$ 112 bilhões e R$ 262 bilhões para a educação no País.


“No dia 21 de outubro, vamos licitar o campo de Libra. Todos os recursos que o governo feral, pelo regime de partilha, tem uma parte grande. O dinheiro que sair do campo de Libra, 50% é do governo e 75% disso será destinado par a educação e 25% para a saúde. É muito dinheiro. Não se sabe ainda precisamente, mas sai algo, em 35 anos, entre R$ 300 bilhões e R$ 700 bilhões. Portanto, o Brasil fundou condições para ter educação de qualidade, porque para ter educação de qualidade, tem que gastar dinheiro em educação”, afirmou a presidente.


Ainda de acordo com Dilma, em relação aos royalties, essa riqueza já existe, e devem gerar R$ 112 bilhões em 10 anos. “Essa é uma conta exata, porque essa riqueza já existe”, disse.

Fonte: Portal Terra

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

RJ: sindicato de professores apoia Black Blocs e quer autodefesa

Sepe aprovou ata em que declara apoio incondicional aos mascarados nas ações policiais e quer organizar defesa próprias nas próximas manifestações

 

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) do Rio de Janeiro aprovou em assembleia realizada nesta quarta-feira, no Clube Municipal, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, apoio incondicional aos Black Blocs diante das ações policiais nas próximas manifestações e quer organizar um grupo de autodefesa da categoria para os próximos atos – nesta quinta-feira está marcado outro protesto dos docentes, em greve há quase dois meses. 


Esta é a primeira vez que o sindicato, que vem batendo de frente com a Prefeitura contra o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) aprovado pela Câmara de Vereadores e promovendo seguidas manifestações reivindicando gratificações e aumento salarial para a categoria, declara estar de acordo com a participação dos mascarados nos atos.

 A decisão ocorre mesmo diante do fato de que os professores não participam do vandalismo promovido pelo grupo de preto, que na última segunda-feira tentou incendiar a Câmara, quebrou agências bancárias e ateou fogo num ônibus em plena avenida Rio Branco, coração do centro do Rio. Diz o texto, escrito à mão, lido e aprovado na assembleia do Sepe, que “toda ajuda é bem-vinda desde que se submeta às concepções e condições da nossa categoria” e que, portanto, “defendemos incondicionalmente os Black Blocs das ações policiais”. ​

 

“Não podemos falar em nome desses setores, mas a categoria teve uma boa recepção à atitude desses no dia 1º de outubro, quando fomos duramente reprimidos e estes grupos radicais saíram em nossa defesa”, declarou ao Terra Ivanete Conceição Silva, coordenadora geral do Sepe, acerca da aprovação do PCCR pelos vereadores, dia em que a Cinelândia, mais uma vez, tornou-se palco de confrontos, com os docentes em meio a bombas e gás lacrimogêneo. Na ocasião, os Black Blocs defenderam os docentes em greve da PM.

 

“Sobre a ação acontecida (na última segunda-feira), nós não somos defensores de atos de violência e dano ao patrimônio. Não temos acordo com essas ações”, deixou claro ainda Ivanete, que disse ainda duvidar dos que colocam a culpa nos Black Blocs na totalidade dos atos de vandalismo, sempre subsequentes às passeatas pacíficas. “As ações de quebra-quebra e queima de ônibus nos parecem algo orquestrado por outros setores, muito mais do que os grupos radicalizados que estão vindo às ruas fazerem suas manifestações”, completou. 

Para Suzana Gutierrez, uma das coordenadoras do Sepe, “quem começou o processo de truculência e arbitrariedade foi o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes ao utilizarem a força policial fortemente armada contra os profissionais de educação. Obviamente, isto fez com quem outros grupos nos apoiassem. Para nós, não há criminalização nenhuma para professores e manifestantes”.

Diretor da 13ª regional do Sepe, Gualberto Tinoco acredita que os dois tipos de manifestos ocorridos nas ruas possam coexistir, pois “um tem o caráter mais incisivo, contra o capitalismo, de quebrar banco, quebra tudo. E outro, de fazer manifestação de forma pacífica e ordeira. Agora, nós encaramos estas duas formas de manifestação como legítimas. E a polícia e o aparato do Estado tem que ter políticas e medidas para atuar em uma, e na outra”. 


Sobre o fato de o Sepe estar organizando entre seus diretores uma forma de autoproteção para os docentes nas demais manifestações, o sindicato ainda não divulgou maiores informações de como pretende colocar este artigo aprovado na assembleia em prática, tampouco se irá fazer uso de segurança privada durante as próximas passeatas.

Fonte: Portal Terra

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Rio de Janeiro: as razões da greve gigante

Professora explica: mobilização combate projeto de ensino vulgar, que despreza conteúdos humanísticos, humilha educadores e os reduz a formadores de mão-de-obra pouco qualificada 
Por Larissa Costard*, no Blogueiras Feministas - 07.10.13
Assembleia de professores em agosto de 2013. Foto: SEPE RJ.
Tenho pouco mais de cinco anos atuando como professora no município do Rio de Janeiro. Nesse tempo já vi de tudo. Já vi assédio moral, já vi diretor participando de paralisação, já vi aprovação automática na famigerada gestão César Maia (quando entrei, peguei seu último ano explícito, agora ela existe veladamente), mas nunca vi o que rolou esse ano. Cheguei à rede municipal do Rio com uma categoria destroçada, participei de assembleias bastante esvaziadas. A primeira coisa, então, é que mal sabem os de fora o orgulho que os professores sentem de estar em assembleias e passeatas que chegaram a congregar 20 mil (números da PM) nas ruas, principalmente profissionais da educação, em defesa de uma educação pública de qualidade.

Sem dúvida a mobilização de profissionais da educação foi estimulada pela Primavera Carioca [1] e pelas jornadas de junho. Muitos voltaram a participar da política a partir daí. A partir daí reconhecemos que a rua é nossa, e eles é que tem que nos engolir, não o contrário. Profissionais passaram a reconhecer que seu sindicato não é uma entidade com personalidade própria e começaram a disputar as políticas com garra, no peito e na raça. E aí começamos também a refletir o estado da nossa rede de educação. Vi a greve nascer numa assembleia com mil decretando o estado de greve, e a vi crescer, ao lado de afetos que carrego desde a graduação.

A meu ver, nossas reivindicações se pautavam em dois eixos principais: a carreira de profissional da educação e o projeto político pedagógico da prefeitura do Rio. De um lado, a reivindicação de valorização profissional numa cidade totalmente elitizada, com o custo de vida explodido, é fundamental. Nos meus poucos anos já vi esse salário sendo erodido pelo projeto de uma cidade-empresa dos megaeventos e minhas tentativas de valorização profissional, através de especialização, foram frustradas. A prefeitura do Rio de Janeiro não valoriza os professores que buscam maior e melhor formação, o que resulta em anos e anos de pós-graduações que não se revertem em melhoria nas condições de trabalho nem em salário.

Ouvi muitas vezes que a reivindicação salarial é uma demanda egoísta do professor. Sobre isso, algumas considerações: ainda que a greve fosse só por salário, me desculpem, mas como qualquer profissional de qualquer área, é meu direito reclamar. Esse juízo de valor resulta de uma visão de professor não-profissional, a “tia da alfabetização” que dava aula por amor, não por dinheiro. Como profissional (quase doutora em História), exijo para mim remuneração condizente com a minha responsabilidade.

A segunda coisa, que vale sempre lembrar, sobre a avaliação que reivindicação salarial é egoísta, é que professor mal remunerado é professor que tem que trabalhar turnos extras. E cada turno extra representa, no caso da minha disciplina, 4 turmas a mais. Cada turma com 44 alunos (realidade da minha escola, há escolas com mais alunos por turma). Faça as contas. Imaginem-me agora em semana de prova… me imaginem passando pesquisa para estas crianças? Como corrigir, como dar a atenção necessária? E não, não acreditem na Thatcher da educação quando ela diz em entrevista no rádio que professor “gosta de dar uma aulinha de noite”. Então, para a galera moralista que diz que professor não pode brigar por salário, fica a dica que não somos missionários e que professor bem remunerado é professor com menos turmas, e por isso, trabalho de mais qualidade para cada uma delas.

A segunda questão em torno da qual giravam nossas demandas, expostas pela mídia como “demandas pedagógicas”, diziam respeito ao projeto de educação da prefeitura. Desde o primeiro ano da gestão Paes-Costin começaram a ser implementados os projetos intervencionistas que atacam o cerne do nosso trabalho e nos impedem de dar uma educação humanista e crítica para esses discentes.

O primeiro projeto “entubado”, chamado “Realfa”, visava às crianças que já no fundamental II ainda não sabiam ler e escrever (sim, a aprovação automática deixou um saldo de muitos analfabetos no nono ano de escolaridade). Recebido como uma coisa positiva, esse projeto já iniciava a prática do professor polivalente, ou seja, um especialista de disciplina que daria “todas as matérias”. Na verdade, o ensino de História, Geografia, Ciências ficara totalmente marginalizado, o foco era em realfabetizar e ensinar as operações básicas de matemática.

Depois deste projeto veio o “Acelera”, cujo público alvo eram as crianças de oitavo ano que estavam “fora da faixa etária” (sic) – cabe ressaltar aqui que fora da faixa para a prefeitura era uma defasagem de mais de um ano da idade esperada na série. Ou seja, reprovou uma vez, já era. Entrou na escola tarde demais, já era. Saiu da escola por algum tempo, já era. O tempo de aprendizagem não pode esperar. Nesse projeto os jovens cursariam o oitavo e o nono ano juntos, sendo “despejados” no ensino médio, custe o que custar. A novidade veio no ano passado, o último projeto, voltado para as crianças de sétimo ano. Todos os repetentes seriam enviados para uma classe especial, o projeto chamado “Nenhum Jovem a Menos”, onde cursarão múltiplas séries em um ano, com vistas a não “se atrasarem”.

Todos esses projetos têm inúmeras nuances e questões, mas gosto de ressaltar duas: primeiro, o professor polivalente perde sua capacidade de elaborar e selecionar o material didático que quer usar – os mesmos são fornecidos pela Fundação Ayrton Senna e Fundação Roberto Marinho – e não pode fazer as avaliações de seus alunos, que vem verticalmente elaboradas pela Secretaria de Educação/Fundações; segundo, esses alunos, fora de série alguma, não podem ser reprovados e não fazem as provas oficiais que geram os índices que fazem o ranking da educação nacional. Não é de se estranhar que o Rio tenha saído de 26º para 14º lugar nos primeiros anos da gestão Paes. Nunca vi um projeto de educação dar efeito tão rápido. Na verdade, os alunos considerados “problema” não estão participando destes índices.

Além dos projetos, apostilas elaboradas e bem pagas para serem impressas também vêm chegando há algum tempo nas nossas salas de aula — ainda que excelentes profissionais de área, ligados à pedagogia e à universidade, venham reelaborando os livros didáticos e seja possível encontrar alguns com conteúdo atualizado e inclusive bem amarrados no politicamente correto. Recursos, aliás, para pagar investimento em material é o que não faltam: data show, educopédia (um site que disponibiliza um conjunto de aulas virtuais para os professores apresentarem a seus alunos – e que ainda tem a indecência de serem consideradas “formação continuada”).

Mas não tem recurso para professor. Esse sim, é bicho em extinção no projeto da Secretaria. Não é à toa que os ginásios experimentais, as tais escolas ‘GENTE‘ com tutores, a substituição do espanhol pelo inglês, vem cada vez mais dispensando professores, esse não faz parte do projeto de educação (que aqui não está narrado nem em um terço de seu rosário). Assim, com essa gestão, perdemos o que tínhamos de mais caro no processo pedagógico: a autonomia de atender as necessidades de nossos alunos. Tudo é genérico, vale do aluno do Leblon, aquele que estuda na escola pública que fica dentro do condomínio na Barra, passando pelo da favela de Santa Cruz. Não, não é feito para funcionar.

Eis então, que surge o PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações) da Prefeitura do Rio de Janeiro, que une as duas frentes da nossa luta. Ataca diretamente a nossa carreira e institucionaliza o projeto de educação a partir da reforma do quadro de professores. Todos os parquíssimos benefícios só valem para os professores que migrarem para 40 horas semanais, sem a remuneração condizente (o salário nem se compara ao pago nos colégios federais), eliminando aqueles que trabalham nos regimes de 16 horas (fundamental II), 22,5 horas (fundamental I) e os 30 horas (modalidade especial do professor de fundamental II).

O plano institucionaliza a separação entre professor e pesquisador, desautorizando-nos a produzir o conhecimento (logo, criando cada vez mais profissionais com dificuldade de criticá-lo) quando afirma que as pós-graduações valorizadas serão somente as da área de educação (não que esta não seja importante, mas o professor precisa ter o direito de escolher a área que deseja pesquisar); institucionaliza o professor polivalente (extinguindo as carreiras de PI e PII – respectivamente professor de 6º ao 9º e os de 1º ao 5º anos), criando o professor de educação básica, que pode atuar em qualquer área. Esses são alguns exemplos de como o PCCR mata, via carreira do professor, não só nosso futuro profissional como a educação crítica e de qualidade.

A greve, então, ganha contornos muito especiais. Diz respeito à defesa de uma educação pública de qualidade, luta contra a morte da escola pública. E nessa batalha de vida ou morte nos encontramos até hoje. Literalmente. Nesses dias de luta e de cansaço, conhecemos e nos fizemos guerreiros. Reinventamos nosso papel social e levantamos a cabeça como profissionais de educação. Não queremos esse projeto, não queremos essa carreira, não queremos esses alunos que nos querem empurrar.

Queremos qualidade na educação, queremos fazer nosso trabalho com dignidade, queremos lutar pelos filhos e filhas da classe trabalhadora, dos quais o direito de educação está sendo tirado com esse plano terrível. Estivemos juntos nesses dias, e acreditem quando eu falo, fazer greve cansa mais do que dar aula. Passar nas escolas, conversar com os colegas que não estão em greve, fazer vigílias em frente à Prefeitura, em frente à Câmara de Vereadores, marchar da Cidade Nova à Cinelândia, do Largo do Machado ao Palácio da Cidade, como cansa… Andar com o adesivo sendo espreitada por policiais e tendo que correr como louca, pular no primeiro ônibus que estiver aberto para não ter o corpo destroçado pela violência… cansa.

Mas é no outro que nos fortalecemos. Nas mensagens trocadas, na solidariedade do biscoitinho e da água, nos informes, na ocupação. Bravos e bravas guerreiras, não aceitamos mais que a Secretaria dê aula pela gente. Queremos nossos alunos de volta, nossa autonomia, cumprir o papel que estudamos e empenhamos nossa vida para cumprir. Queremos nossos sonhos de volta. O terrorismo do corte de ponto, de corte do auxílio alimentação  (!!!), a violência da polícia não vão nos deter. Nossos alunos estão com a gente, os pais estão com a gente.

Não precisamos dessa mídia nojenta, porque nossa força está na rua, e na lição de solidariedade que os companheiros dão uns aos outros. A cada corrida da polícia os educadores voltarão com mais um. A carnificina da PMERJ não será em vão e não vai nos deter. O estado de exceção que se tornou a regra no Rio de Janeiro não irá nos calar. Temos medo, mas também temos sangue.  E como sempre dizemos: amanhã seremos mais.

“O povo unido é povo forte, não teme a luta, não teme a morte. Avante companheiro que essa luta é minha e sua, unidos venceremos e a greve continua!”

Referências
[1] “Primavera carioca” é uma referência às mobilizações relacionadas à campanha de Marcelo Freixo nas últimas eleições municipais do Rio.
[+] Para entender melhor o quadro da luta dos educadores no município do Rio, “Educação não é mercadoria! A quem serve a lógica da meritocracia nas escolas?”, texto de Juliana Lessa.
[+] Para entender melhor o quadro no âmbito do estado do Rio, “Alguns comentários sobre o ‘Plano Estratégico’do estado do Rio para a Educação e as ‘metas’”, texto de Rael Fizson.

* Larissa Costard é professora universitária e da educação básica. Fala melhor com as mãos do que com a voz, por isso brinca de pintar, festejar e decorar. Acredita que a História se faz mais com beleza e com ação do que com livros, por isso está vendo nas ruas sua sala de aula dos sonhos. Vai dar a volta no mundo, vai, e ver o mundo mudar.
http://outraspalavras.net/outrasmidias/capa-outras-midias/rio-de-janeiro-as-razoes-da-greve-gigante/



A ação de Lulinha contra os que o atacam na rede
Exemplo de postagem sobre Lulinha, comum na rede; o “casarão” é, na verdade, a sede da ESALQ, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, em Piracicaba.
12.10.13 - 6:08
INQUÉRITO
Advogados de filho de Lula denunciam seis pessoas por ataques via internet

por Luis Nassif, do Jornal GGN via Rede Brasil Atual

Esta é a ação mais enérgica da família Lula desde que começaram as acusações contra Fábio Luis

São Paulo –  O escritório de advocacia Teixeira, Martins & Advogados, em nome de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, entrou com representação  junto ao 78º Distrito Policial (DP) de São Paulo, contra pessoas que, pela internet, acusaram-no de ser dono de fazendas e aeronaves.

A representação foi feita no último dia 2 de outubro. Na sequência foi instaurado inquérito e, nos próximos dias, serão convocadas seis pessoas para prestar depoimentos.

Dentre elas, Daniel Graziano, responsável pelo site Observador Político, do Instituto Fernando Henrique Cardoso.

A acusação não é contra o site em si, mas contra um comentário específico postado por um leitor cadastrado. Daniel será intimado a identificar o autor do comentário.

Na representação, os advogados juntaram a chamada materialidade do crime – notas e comentários devidamente registrados em cartório.

O passo seguinte será identificar os autores finais. A partir daí, partir para a denúncia.

É a primeira atitude mais enérgica da família Lula contra os ataques sistemáticos que vêm sofrendo pela internet desde 2006. Neste momento, a reportagem principal do site Observador Político tem como título: “O brasileiro não se importa de ser severamente enganado”.

NOTA DO ESCRITÓRIO TEIXEIRA, MARTINS & ADVOGADOS


Polícia abre inquérito para apurar calúnia e difamação contra Fábio Lula

A delegada Victoria Lobo Guimarães, titular do 78º Distrito Policial da Cidade de São Paulo, instaurou inquérito policial para apurar a ocorrência de crimes contra a honra de Fábio Luis Lula da Silva.

A delegada Victoria recebeu no dia 2 de outubro de 2013 representação dos advogados de Fábio Lula, pedindo a investigação de seis publicações na internet com conteúdo mentiroso e ofensivo. Fábio não é e jamais foi dono de qualquer fazenda ou de aeronave.

Os seis responsáveis pelas publicações já tiveram suas intimações expedidas pela delegacia e deverão ser ouvidos nos próximos dias.

“Estas publicações absurdas que têm surgido na internet, pretendendo vincular o nome do Fábio à compra de bens de elevado valor, caracterizam conduta criminosa e serão sempre levadas ao conhecimento das autoridades para as providências legais cabíveis”, afirma Cristiano Zanin Martins, um dos advogados que assinam a representação.

Teixeira, Martins & Advogados
http://www.viomundo.com.br/denuncias/a-acao-de-lulinha-contra-os-que-o-atacam-na-rede.html
 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Bancários de todo o país rejeitam contraproposta e mantêm greve

Bancários de todo o país rejeitaramnesta segunda-feira a contraproposta apresentada na sexta-feira pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e decidiram continuar em greve. A proposta da Fenaban, que elevou o reajuste de 6,1% para 7,1%, foi considerada "melhoria irrisória" pelo Comando Nacional dos Bancários, que orientou as federações e sindicatos a rejeitar o ganho salarial de 0,97% - parcela acima da inflação de 6,1% acumulada nos últimos 12 meses.

Os bancários pedem reajuste de 11,93% (aumento real de 5%) e valorização do piso salarial e dos vales refeição e alimentação, entre outros benefícios.


No início da noite, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) divulgou nota destacando a participação "massiva" de trabalhadores nas assembleias de hoje, que rejeitaram a proposta da Fenaban. Segundo os bancários, nesta segunda-feira 11.717 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram paralisados em todo o país. A greve completa 20 dias amanhã.

Procurada pela Agência Brasil, a Fenaban não se manifestou sobre a rejeição da contraproposta, nem sobre a continuidade da mobilização dos bancários. O presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, ressaltou, porém, que nas assembleias de hoje os bancários deixaram claro mais uma vez aos banqueiros que "não aceitam uma proposta rebaixada, absolutamente incompatível com a rentabilidade do sistema financeiro, com o aumento da produtividade dos trabalhadores do setor e com o lucro astronômico dos bancos".


Os efeitos da greve já aparecem no mercado financeiro. O Indicador Serasa Experian informou que o número de pessoas em busca de crédito diminuiu 9,8% em setembro, em comparação com o total de agosto, em razão da greve iniciada dia 19 do mês passado. A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas estima perdas significativas nas vendas do comércio, em níveis até 30%, em regiões como o Nordeste, onde o uso de dinheiro no varejo é mais intenso.


O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região informou que 608 locais de trabalho da base da entidade estão parados e que cerca de 32 mil trabalhadores estejam em greve.

Agência Brasil
 
Fonte: Portal Terra 

sábado, 5 de outubro de 2013

Dia Mundial do Professor: busca por licenciaturas cresce menos de 1%

Para tentar melhorar situação, governo criou programa de bolsas para jovens

 

A procura por cursos de licenciatura cresce em um ritmo muito lento no Brasil: o aumento do interesse na área entre 2011 e 2012 foi de apenas 0,8%. O baixo índice se reflete na educação básica da rede pública, que apresenta um déficit de 170 mil docentes. Os dados do Censo do Ensino Superior 2012, divulgados em setembro, mostram que, no mesmo período, a procura por bacharelados subiu 4,6%, enquanto a busca por tecnológicos, 8,5%. Do total, apenas 19,1% dos matriculados representam licenciaturas.


Para tentar melhorar a situação, o programa Quero ser cientista, quero ser professor, do Ministério da Educação (MEC), oferecerá, a partir de fevereiro de 2014, 30 mil bolsas de R$ 150 a estudantes de Ensino Médio que se dedicarem à monitoria e pesquisa científica e tecnológica. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) já distribui atualmente 10 mil bolsas no Programa de Iniciação Científica Júnior. Somadas às que começarão a ser concedidas no ano que vem, o investimento girará em torno de R$ 66 milhões, sendo aumentado gradualmente até que se atinja a meta de 100 mil bolsas.

Para o professor de metodologia de ensino de química da Universidade Federal de Santa Catarina Carlos Alberto Marques, trata-se de uma boa iniciativa, pois valoriza tanto a pesquisa científica quanto o interesse pela área por parte dos jovens. O incentivo ao interesse por disciplinas como matemática, química, física e biologia é necessário para que os alunos se aproximem desses conteúdos, entende. "Aprender ciência é difícil. Ela tem que ser bem ensinada e os temas devem dizer respeito à vida cotidiana, questões tecnológicas, saúde, problemas ambientais. São disciplinas que exigem um esforço intelectual significativo e têm que ser tratadas de maneira mais próxima", defende Marques.


O professor cita ainda um fator curioso que contribui para o desinteresse na área: a descartabilidade dos produtos que usamos. Se antigamente as pessoas eram incentivadas a consertar os brinquedos e equipamentos quebrados, hoje apenas se descarta, perdendo-se a curiosidade pelas ciências exatas.

A professora do departamento de metodologias de ensino da Universidade Federal de São Carlos Denise de Freitas critica a transformação de disciplinas das ciências naturais em memorização e matemática. Esse processo, segundo ela, tira do aluno a possibilidade de ver a beleza da natureza.


Denise relata que é comum estudantes de cursos das ciências da natureza abandonarem a licenciatura. O provável motivo é que a carreira docente na educação básica não se mostra atraente e a sociedade não reconhece fortemente a profissão. "A gente reconhece a importância da educação, mas o professor é desacreditado, sua imagem não é a melhor para um profissional. Qual jovem quer seguir uma carreira que não tem grande sucesso? Quando optam por isso é pela função social", afirma.


Mauro Mendes Braga, professor do departamento de química da Universidade Federal de Minas Gerais, afirma que a área ainda é um tanto árida e há poucos profissionais em qualquer parte do mundo. "Nos Estados Unidos, a matemática é exercida principalmente por orientais e indianos". Quando se trata de licenciatura, além do pouco interesse pelo campo, pesa também a baixa valorização do professor. O problema não é somente a remuneração insuficiente, mas a ausência de reconhecimento da profissão por parte da sociedade. "O Brasil dá passos muito lentos. É preciso elevar o piso salarial e buscar um plano de carreira nacional", diz Braga. Salários nesses patamares de hoje não são atraentes para jovens que têm tantas opções, acredita Denise.

Exterior também enfrenta dificuldades

Alemanha e Inglaterra são exemplos na valorização dos professores, afirma Braga. "Mas até mesmo países pobres, como Cuba, conseguem uma abordagem da educação básica que é mais adequada à sociedade do que o Brasil", diz.


Marques relata que, ainda que se valorize a carreira científica, o desinteresse segue havendo por parte dos jovens europeus e americanos. São os países da Ásia os que melhor resolveram essa questão. Coreia do Sul e Japão têm sucesso no ensino de ciência, incentivando desde o ensino fundamental o estudo na área.


Líder no ranking de educação, a Finlândia também é espelho para a formação de professores. Há grande procura por docentes de química e física e a profissão está entre as mais populares. A cada 10 candidatos à carreira de professor apenas um consegue ingressar, tamanha à concorrência.

Fonte: Portal Terra




 

 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

PARADOXOS...

Na vida nos deparamos com  paradoxos, contradições. 
Por Siden* - 03.10.13
Rio de Janeiro - Out/13
Porto Alegre - Set/13
Perplexos, assistimos a violência praticada contra os professores no Rio de Janeiro, com o uso irracional de bombas de efeito moral, spray de pimenta e outros artefatos. No Rio Grande do Sul, recentemente, ocorreram episódios semelhantes.

Leio no site do SINDPROF (Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo) que sua presidente foi transferida, no mínimo de forma equivocada e no máximo arbitrária, conforme nota de solidariedade do Grêmio dos Funcionários. Seja de forma equivocada ou arbitrária é uma atitude que, sem dúvida, atinge todos os trabalhadores.

Nesse momento é indispensável que não se poupe esforços para que o diálogo se restabeleça. A verdade é que governos estaduais e municipais descumprem leis (Lei do Piso Nacional, por exemplo) e respondem, muito deles, com autoritarismo e arrogância quando os educadores exigem seus direitos.

Vale lembrar aos que desempenham cargos no Executivo (estadual ou municipal) que nenhum governo que desrespeitou a educação passou impune. Almejar educação de qualidade e não respeitar os educadores são atitudes paradoxais, contraditórias.

Defender a democracia, lutar pela mesma, como muitos que hoje estão no poder fizeram no passado, e, agora não aceitar a crítica e negar-se a sentar à mesa de negociação é como rasgar a história em que foram protagonistas.

Por outro lado, os educadores não suportam mais as desculpas dos governos de que não têm dinheiro para a educação, enquanto para outros setores sobram recursos.

É lamentável e extremamente decepcionante ver episódios como os do  Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Bombas contra educadores! A perseguição a sindicalistas não tem nada de democrático.

Tais atitudes tornam-se extremamente paradoxais ao partirem de executivos, liderados pelo partido, cuja maior estrela é ex-sindicalista e foi presidente da República. Talvez  seja o momento de alguns reverem seu passado e lembrar seu tempo de luta. Quem sabe isso desarmaria os ânimos e aumentaria a compreensão com os que ainda lutam!
*Siden  Francesch do Amaral é Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo CPERS/Sindicato.
 


Na cobertura de ato em Porto Alegre, jornalões enxergam apenas depredações e fragmentam narrativa
O ato chamado pelo Bloco de Lutas, na noite desta quinta-feira em Porto Alegre, reuniu cerca de duzentas pessoas. Em frente à Prefeitura e depois em caminhada pelo Centro até o Palácio Piratini, sede do governo estadual, os manifestantes protestaram com algumas pautas apontadas na evento no Facebook: Passe Livre Municipal; transporte 100% público; desmilitarização da BM; controle público das licitações; apoio à luta dos rodoviários; não ao ensino politécnico; pela demarcação das terras indígenas e quilombolas; piso dos professores; não à criminalização dos movimentos sociais.
Foto: Heverton Lacerda
Foto: Heverton Lacerda
A cobertura online de Zero Hora e Correio do Povo praticamente abriu mão de noticiar o protesto, Ainda que dessa vez a manifestação tenha sido mais reduzida, que tenha havido uma predominância de integrantes do grupo Black Bloc e que a quebra de vidros de espaços culturais apareça como algo chocante, um relato completo sobre atos assim não pode limitar-se à superficialidade do uso isolado de expressões como “depredação” e “vandalismo”.

A chamada na capa do site do Correio do Povo é “Catedral, museu e agências são depredadas em protesto”. Em Zero Hora, “Vandalismo – Manifestantes depredam prédios públicos, bancos e entram em confronto com a Brigada Militar”. Em ambos, a foto de capa é de “depredação”.

A matéria de ZH é acompanhada por duas fotografias: a primeira mostra um prédio sendo quebrado. A outra pretende mostrar de longe a bandeira do Brasil sendo retirada do Museu Júlio de Castilhos. O trecho da reportagem que se refere a esse momento diz o seguinte: “Uma bandeira do Brasil, estendida no prédio do Museu Julio de Castilhos, na Rua Duque de Caxias, foi arrancada por um dos manifestantes. Em seguida, um grupo atirou pedras em direção ao prédio. Um dos vidros da Catedral também foi atingido e acabou sendo quebrado”.

Segundo um dos manifestantes presentes no momento narrou ao Jornalismo B, há um instante de transição entre a retirada da bandeira e o arremesso das pedras: “Depois do pessoal sair em marcha do Palácio Piratini, passamos pela frente do museu e algumas pessoas decidiram retirar aqueles bandeiras do Brasil e do RS que estavam na frente de uma janela, no alto. Dois rapazes escalaram e pegaram as bandeiras. Foi quando dois seguranças abriram as janelas e começaram a empurrar os rapazes e usar as armas de choque neles, que por sorte não se machucaram ao cair no chão. Feito isso, começaram a tocar pedras na janela do museu em resposta à ação desses seguranças”.

Outro manifestante relatou pelo Facebook: “Subiram na sacada pra pegar as bandeiras, os seguranças do museu atiraram com taser nos manifestantes e a galera respondeu com pedras”. Um ex integrante da Secretaria de Cultura afirmou, também nessa rede social, que o contrato “não prevê e veda o uso de arma de qualquer tipo, letal ou menos-letal, para essa instituição”.

Com armas de choque ou não, o que aparece nos relatos é que as pedras foram antecedidas pela atuação dos seguranças. Zero Hora não fala desse momento, o Correio do Povo também não. Nenhum deles preocupou-se em conversar com manifestantes. Ambos fragmentaram a narrativa, retirando dela um ponto importante, que, se pra muitos leitores não justificaria a quebra dos vidros, poderia conferir a complexidade necessária a uma narrativa redonda, coerente, que não alimente estereótipos e preconceitos nem maniqueísmos dualistas.

Na matéria do Correio do Povo, a abertura é com o que foi quebrado, e o texto segue assim por dois parágrafos. O terceiro, último e mais curto parágrafo explica, finalmente, que o ato foi chamado pelo Bloco de Lutas e que “é para lembrar os 1.000 dias do governo Tarso Genro, classificado pelo movimento como ‘um governo de conciliação de classe, que ataca os direitos dos trabalhadores’”, usando como referência a página no Facebook, a mesma onde estavam as pautas que a matéria preferiu omitir.

No site de Zero Hora, a reportagem tem cinco parágrafos, três deles dedicados a falar do que foi quebrado, um para dizer que “pouco antes das 21h, a Brigada Militar (BM) dispersou a manifestação com bombas de efeito moral”, e um para citar duas das reivindicações e listar algumas das bandeiras presentes no ato: “Organizada nas redes sociais pelo Bloco de Lutas pelo Transporte Público, a manifestação pedia o passe livre em todos os ônibus da Capital e o fim do Ensino Médio Politécnico no Estado. Entre as bandeiras carregadas pelos manifestantes, estavam os símbolos do coletivo Juntos, do CSP-Conlutas e da Federação Anarquista Gaúcha (FAG)”.

Durante o ato, um repórter da Rádio Gaúcha narrava, via Twitter, o que via. De acordo com sua narração não aconteceu mais nada além de depredação.
Fonte: Jornalismo B
http://jornalismob.com/2013/09/26/na-cobertura-de-ato-em-porto-alegre-jornaloes-enxergam-apenas-depredacoes-e-fragmentam-narrativa/
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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Rio: sindicato nega morte de professora após ação da PM em protesto

atualizado às 12h23 

Após boatos no Facebook, sindicato disse que conferiu nos hospitais e Instituto Médico Legal e não encontrou registro de nenhum professor morto


O Sindicato dos Professores do Estado do Rio de Janeiro (Sepe), desmentiu por meio de nota que algum professor tenha morrido em decorrência das bombas e do gás lacrimogêneo lançado pela polícia contra manifestantes na frente da Câmara Municipal. Um professor de São Gonçalo, Rodrigo Bezerra, da Escola Estadual Nilo Peçanha, publicou em sua página no Facebook, na madrugada de hoje, que uma professora teria morrido no hospital Souza Aguiar,  no centro do Rio, de ataque cardíaco após ter inalado gás. Ele dá inclusive o nome da suposta vítima e diz que o Sepe e a Comissão de Direitos Humanos da Alerj teriam confirmado a morte.

"Sua direção (do Sepe) não conseguiu confirmar junto a hospitais e ao Instituto Médico Legal qualquer registro de profissional ferido que tenha morrido por causa de complicações causadas pela inalação dos gases lançados pelos policiais do Batalhão de Choque", diz a nota do sindicato.


A Secretaria Municipal de Saúde informou ao Terra que nenhuma paciente com o nome Citado pelo professor Rodrigo Bezerra deu entrada nem no Souza Aguiar e nem em qualquer outro hospital municipal na noite de terça-feira ou madrugada de quarta-feira.


Segundo a Polícia Militar, 16 pessoas foram detidos durante o protesto de ontem, sendo que duas já tinham passagem por roubo a mão armada. Nenhum professor foi preso.

Os educadores que estavam acampados na porta da Câmara desde a última quinta-feira deixaram o local esta manhã. Dois atos estão previstos esta tarde em repúdio à violência policial contra a categoria, que mantém a greve - um na porta da Câmara, às 17h, e outro na Universidade do Estado do Rio (Uerj), a favor dos professores da rede Estadual, que também seguem com a Greve.


Os professores do Estado fazem uma assembleia esta tarde no Clube Municipal, na Tijuca, para definir os rumos do movimento, enquanto os professores municipais realizam nova assembleia na sexta-feira em local ainda não definido.

Confira a nota do Sepe:


O Sepe informa que, em relação aos fatos ocorridos ontem durante o processo de votação do plano de carreira do magistério municipal, na área em torno da Câmara de Vereadores, - que resultaram em agressões contra diversos profissionais que participavam da manifestação contra a aprovação do projeto do prefeito Eduardo Paes – que a sua direção não conseguiu confirmar junto a hospitais e ao Instituto Médico Legal qualquer registro de profissional ferido que tenha morrido por causa de complicações causadas pela inalação dos gases lançados pelos policiais do Batalhão de Choque.


No final da noite desta terça-feira circularam informações na internet anunciando a morte de uma profissional (professora) no Hospital Sousa Aguiar, em decorrência de complicações causadas pela inalação de gases provenientes das bombas lançadas pela polícia durante os ataques contra os profissionais de educação e outros manifestantes que se encontravam na região. A direção do Sepe tomou conhecimento do caso e foi até o Hospital Souza Aguiar e outras unidades de saúde, além de checar no Instituto Médico Legal e nenhum registro de óbito decorrente das circunstâncias acima descritas foi encontrado.


Fonte: Portal Terra

 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

ONU: número de pessoas que passam fome no País caiu 10 milhões

Entre 1992 e 2013, o número de cidadãos que passam fome no País foi reduzido de 22,8 milhões para 13,6 milhões de pessoas

O número de pessoas que enfrentam a fome no Brasil caiu em quase 10 milhões de pessoas em 20 anos, revelam dados divulgados na terça-feira pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Entre 1992 e 2013, o número de cidadãos que passam fome no País foi reduzido de 22,8 milhões para 13,6 milhões de pessoas. A agência da ONU confirmou que o País, ao lado de cerca de 30 países, já atingiu as Metas do Milênio referentes ao tema há um ano do prazo-limite.

Segundo a FAO, a redução no Brasil superou a marca de 54%. Em 1990, 15% da população nacional passava fome. Hoje, essa taxa caiu para 6,9%. Conforme a meta, os governos precisariam reduzir em 50% a proporção de pessoas que passam fome em relação ao total da população. O ano que serviria de base seria o de 1990 e a meta teria de ser cumprida em 2015.

Em números absolutos, a redução de 40% é uma das maiores do mundo e é duas vezes mais acelerada que a média mundial. Segundo a FAO, a fome no mundo de fato caiu nos últimos dois anos e, entre 1992 e 2013, a redução foi de 17%. O total de famintos foi reduzido para 842 milhões de pessoas, contra 868 milhões há dois anos. Em 1992, o número total era de 1 bilhão.

Volume inaceitável

Apesar dos avanços, a FAO insiste que o volume de pessoas famintas é ainda inaceitável. Se grandes países emergentes conseguiram fazer avanços importantes, regiões inteiras da África ainda registram um aumento do problema.

Do total de famintos, apenas 15,7 milhões de pessoas estão nos países ricos. Mas, enquanto o número cai de forma geral no planeta, o volume de cidadãos que passam fome nos países ricos aumentou nos últimos quatro anos, com um incremento de 500 mil. O fenômeno foi registrado no mesmo período em que a pior crise econômica em 70 anos afetou Europa e Estados Unidos.

Eco Desenvolvimento

Fonte: Portal Terra