11/02/2015
Terceiro dia de greve continua com ocupação pacífica e tem reunião clandestina de deputados que não querem enfrentar a população
A ocupação da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira continua firme e forte. Servidores(as) de diversas categorias do Paraná permanecem mobilizados(as) no plenário da Alep. Do lado de fora, milhares de servidores(as) continuam vigilantes e prometem não sair enquanto o governo não recuar e retirar os projetos de Lei que prejudicam o funcionalismo público.
Uma reunião clandestina foi realizada por deputados(as) estaduais no restaurante da Alep hoje (11). Deputados(as) que se declararam contrários ao segundo "pacotaço de maldades" do governador Beto Richa não participaram da reunião como forma de repúdio ao ato feito às escondidas da população. Os(as) deputados(as) de oposição protocolaram um pedido de liminar ao Tribunal de Justiça (TJ) para tentar suspender a Comissão Geral que foi votada na reunião clandestina. Ontem (10) os(as) servidores(as) provaram sua indignação ocupando a Alep logo após a Comissão Geral ter sido aprovada pela maioria dos(as) deputados(as). No entanto, essa aprovação foi cancelada e uma nova foi votada hoje, longe da manifestação popular. O secretário de Comunicação da APP-Sindicato, Luiz Fernando Rodrigues, expressa a revolta da categoria no ato covarde dos(as) deputados(as). “Uma vergonha para o Paraná ter deputados que votam projetos às escondidas”, declara. Os deputados que protocolaram o pedido de liminar no TJ foram: Anibelli Neto (PMDB), Maurício Requião Filho (PMDB), Nereu Moura (PMDB), Péricles de Mello (PT), Professor Lemos (PT) e Tadeu Veneri (PT).
Casa do Povo – A Assembleia Legislativa do Paraná se tornou, logo após a ocupação dos(as) servidores(as) públicos(as), a verdadeira Casa do Povo. Centenas de pessoas estão acampando no plenário da Alep e prometem não sair até o governo ouvir a voz da população. O professor de História, Edmilson Rodrigues da Silva, expressa a indignação dos(as) educadores(as) com os projetos que o governo quer aprovar. “Eu to na luta porque estes projetos representam para mim o fim da minha carreira. Estou junto com meus companheiros do Paraná inteiro, pois a gente quer derrubar estas medidas do governo e avançar na educação do Estado”, declara Edmilson.
Apoio – Na manhã de hoje (11) diversas esposas de Policiais Militares declararam apoio aos(as) servidores(as) públicos(as) do Estado que estão mobilizados. Trabalhadores(as) da Polícia Militar não podem entrar em greve, mas também sofrem com a gestão precária do governo Beto Richa.
Fonte: APP Sindicato
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