O imposto de renda fez de mim um milionário!
POR MARCELO BIAR
Todo mundo já pensou em como deveria ser acordar e se descobrir milionário. Pois nos últimos dias tenho experimentado isto e, creiam, tem sido ruim. Professor há 25 anos, com mestrado e em conclusão de meu doutoramento, trabalhando em regime de 40 horas em uma fundação estadual e como horista em uma universidade privada, realmente ganho mais que R$ 4 500,00. Deveria ganhar bem mais, na verdade. Mas o fato é que descobri que para o governo federal sou o topo da pirâmide socioeconômica do Brasil.
Pois é, quem ganha acima deste valor está no topo do desconto do imposto de renda e terá um desconto de 27%. Para ficar claro, isto significa que, aos olhos do governo federal, quem ganha R$ 4 500,00 é igual a quem ganha R$ 100 000,00. Adoraria crer que taxando pessoas do minha faixa salarial o governo estaria fazendo distribuição de renda. Sou a favor disto. Mas, francamente, num país que possui uma das piores distribuições de renda do mundo, é evidente que a riqueza se encontra com poucos e em grande proporção. Por que não mexer com estes? Por que fingir que eu, professor em fim de carreira, sou igual ao Eike?
O que é isso: falta de informação? rabo preso com a verdadeira elite? cinismo?
São vários os problemas decorrentes desta distorção. O país continua sendo conivente com aqueles que acumulam. A possível classe média é penalizada já que 27% para ela pesa muito mais do que para a verdadeira elite. Assim, reforça-se o caráter reacionário desta classe média. Ela que sempre foi conservadora, será, cada vez mais, contrária ao Estado, impostos e medidas distributivas. Assim, os ricos acumularão respaldados pelo coro da classe média.
Dilma vez por todas, não se promove transformação sem mexer nas feridas e mudar a cultura sobre a coisa pública. Por que não taxar as grandes riquezas? Ah… isso é coisa de socialista? Pois a Inglaterra, mãe do capitalismo, taxa em até 50%.
Não quero que nos tornemos a Inglaterra, mas quero que transformemos.
Fonte: profemarli.comunidades.net
Todo mundo já pensou em como deveria ser acordar e se descobrir milionário. Pois nos últimos dias tenho experimentado isto e, creiam, tem sido ruim. Professor há 25 anos, com mestrado e em conclusão de meu doutoramento, trabalhando em regime de 40 horas em uma fundação estadual e como horista em uma universidade privada, realmente ganho mais que R$ 4 500,00. Deveria ganhar bem mais, na verdade. Mas o fato é que descobri que para o governo federal sou o topo da pirâmide socioeconômica do Brasil.
Pois é, quem ganha acima deste valor está no topo do desconto do imposto de renda e terá um desconto de 27%. Para ficar claro, isto significa que, aos olhos do governo federal, quem ganha R$ 4 500,00 é igual a quem ganha R$ 100 000,00. Adoraria crer que taxando pessoas do minha faixa salarial o governo estaria fazendo distribuição de renda. Sou a favor disto. Mas, francamente, num país que possui uma das piores distribuições de renda do mundo, é evidente que a riqueza se encontra com poucos e em grande proporção. Por que não mexer com estes? Por que fingir que eu, professor em fim de carreira, sou igual ao Eike?
O que é isso: falta de informação? rabo preso com a verdadeira elite? cinismo?
São vários os problemas decorrentes desta distorção. O país continua sendo conivente com aqueles que acumulam. A possível classe média é penalizada já que 27% para ela pesa muito mais do que para a verdadeira elite. Assim, reforça-se o caráter reacionário desta classe média. Ela que sempre foi conservadora, será, cada vez mais, contrária ao Estado, impostos e medidas distributivas. Assim, os ricos acumularão respaldados pelo coro da classe média.
Dilma vez por todas, não se promove transformação sem mexer nas feridas e mudar a cultura sobre a coisa pública. Por que não taxar as grandes riquezas? Ah… isso é coisa de socialista? Pois a Inglaterra, mãe do capitalismo, taxa em até 50%.
Não quero que nos tornemos a Inglaterra, mas quero que transformemos.
Fonte: profemarli.comunidades.net
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