quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Governo do Estado tem quase 50 bilhões para receber de devedores

Em 15/01/2015
 
Durou mais de três horas o encontro do governador José Ivo Sartori, no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, com deputados e presidentes de partidos da base aliada. O objetivo foi apresentar um cenário do quadro financeiro do Estado e também projetar saídas para vencer a crise. A estimativa é de que estejam pendentes, hoje, pelo menos R$ 46 milhões a receber de devedores.   
 
O presidente do PP, Celso Bernardi, disse que há muito tempo já se conhecem as dificuldades financeiras, e alertou que o governador já traça alternativas para tentar superar o problema. “O primeiro passo é regulamentar a renegociação da dívida pública que, por enquanto, só foi sancionada pela presidente Dilma. Além disso, vamos atrás de R$ 31 bilhões em dívida ativa. Se alcançarmos em torno de 20%, o que chega a R$ 6 bilhões, já é um bom resultado”, ponderou.
 
Quem também sugeriu cobrar de quem está devendo foi o presidente estadual do PDT, Pompeo de Mattos. Ele quer que a União arque com quantias devidas pela União para o Rio Grande do Sul, e não apenas que o governo gaúcho siga pagando a dívida federal. “De forma ávida, a União cobra do Rio Grande os haveres que tem, mas de forma parcimoniosa, lerda e muito lenta, no reconhecimento da dívida que tem conosco. Tem que ter um encontro de contas, o estado tem a direito a R$ 15 bilhões e vamos apertar o cerco para receber esse dinheiro”, declarou.
 
O líder do governo na Assembleia Legislativa, Alexandre Postal, adiantou que são nebulosas as previsões para o futuro. “O cenário apresentado mostra que vamos ter um crescente aumento de despesas nos próximos anos e, com a relação à receita, é o contrário, vai diminuir muito. Existe um desequilíbrio, que qualquer chefe de família ou dona de casa entende. E é isso que queremos mostrar para a sociedade”, ponderou.
 
Postal revelou que 2014 fechou com déficit de R$ 800 milhões e já admite que as perdas vão ser maiores ao fim do primeiro ano do governo. Entretanto, ele descartou envio de projetos do Executivo à Assembleia Legislativa prevendo mais contenções de despesas. Aumento de impostos ou criação de taxas para dar fôlego à saúde financeira do Estado também não foram cogitados até o momento.
 
 
fonte Rádio Guaíba
 
 

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