Relatório embasou decisão do deputado Paudo Odone de suspender a proposta de incluir pais de servidores do Estado no plano
O
relatório da inspeção do Tribunal de Contas do Estado (TCE) no IPE-Saúde aponta
indícios defraude e
descontrole nos pagamentos de consultas e exames, como mortos como beneficiários
do plano. Outro caso é de um médico com 193 consultas em 10 horas, no período
das 20h às 6h. No mesmo dia, outro profissional aparece com registro de 109
atendimentos.
Havia consultas com
pacientes diferentes ao mesmo tempo. Há indícios de que a senha do sistema era
utilizada por pessoas desautorizadas. Ao
todo, 29 segurados e 598 dependentes continuam no sistema do IPE, embora tenham
morrido. Outros 39,1 mil segurados tem o RG 0000000.
O resultado da inspeção
também traz uma projeção do déficit
nas contas, que ameaça o futuro do instituto. Para 2014, o déficit
entre as despesas e as receitas pode chegar a R$ 98 milhões e, em dez anos, a R$
3,3 bilhões, em um cenário positivo do TCE.
O
relatório sugere
ainda a necessidade de rever as contas, já que as despesas cresceram 104% desde
2004 e as receitas 40%. Uma das causas apontas para a crise do IPE é a permissão
para o desligamento de funcionários, que permitiu que servidores com altos
salários deixassem o plano, já que a contribuição é 3,1% da remuneração. Ainda
são apontados prejuízos em contratos com prefeituras a e má distribuição do
patrimônio imobiliário.
Diante
deste cenário, o deputado Paulo Odone do PPS suspendeu o projeto de inclusão de
pais de funcionários do Estado como dependentes. O projeto de 2011 estava na
ordem do dia e poderia ser votado nesta terça-feira. O
presidente do IPE, Valter Morigi, disse que mortos como beneficiários do plano e
outras irregularidades são casos de polícia e que podem ter ocorrido, pois isso serão verificados.
Fonte: Blog 20º Núcleo CPERS/Sindicato
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