22.03.14
“Sou um professor da rede pública estadual do Rio Grande do Sul
Sou um professor concursado e satisfeito da forma com que o
Governador do Estado, o Senhor Tarso Genro e principalmente o grande
companheiro de lutas do magistérios, Secretário de Educação José Clóvis
de Azevedo, tem tratado a educação pública nesse Estado tão próspero e
desenvolvido.
Primeiramente gostaria de ressaltar o quanto o governador é um
abnegado pela luta do magistério, pois afinal, foi ele quem assinou a
Lei do Piso Nacional do Magistério, uma lei que veio a dar dignidade ao
professor e fazer com que nenhum receba um salário abaixo do valor
estabelecido que ele mesmo criou.
E chegando ao posto de “chefe maior” da nossa unidade federativa, o
primeiro ato que o mesmo tomou foi de cumprir esta lei em sua
integralidade. Não precisou nem o magistério se mobilizar para isso. E a
integralidade se dá não só no valor do salário mas também no
cumprimento do 1/3 de hora atividade baseado na hora/aula, pois ele como
um tremendo advogado trabalhista, sabe muito bem que a lei sempre está
ai para defender o trabalhador e não o patrão,
Já o nosso Secretário José Clóvis.. Nossa, o que falar deste cara que
tem um histórico de lutas em defesa do magistério e dentro do CPERS. Se
vocês não lembram, ele fazia parte daquele greve de 90 e poucos dias,
no governo Simon se não me falhe a memória, a maior greve já feita na
história da categoria. Depois disso, ainda se dedicou a vida acadêmica
lançando livros sobre o cotidiano da escola, escola cidadã entre outros
temas.
Ele foi o secretário que, como não poderia ser diferente, mais
dialogou e ouviu a categoria. Fez uma mudança no ensino médio com uma
proposta inovadora que fora construída pelos professores em amplos
debates envolvendo a comunidade escolar. Soube ser humilde o suficiente
em reconhecer alguns erros quando essa proposta fora colocada em prática
e, novamente através do dialogo com a categoria, fez as mudanças
necessárias que fazem hoje 99% dos professores terem satisfação por ser
exemplo ao Brasil de que é possível colocar em prática um ensino que
emancipe verdadeiramente o aluno.
E a infraestrutura das escolas então… Todas passaram por amplas
reformas onde hoje, se você entrar dentro de qualquer escola estadual,
pensará que está dentro de uma escola privada. Escolas equipadas com
quadras poliesportivas cobertas, a maioria inclusive com ginásio. Salas
de aula em plenas condições receber os alunos e professores, algumas
inclusive com climatização, laboratórios de informática com a presença
de monitores concursados, bem como bibliotecas com bibliotecários.
Aquela história de professores cedidos para trabalhar na biblioteca e
outras funções na escola acabou, graças a esse secretário.
E a falta de professores no inicio de ano letivo? Ah, isso é um MITO!
Hoje, contamos com uma rede composta com sua quase totalidade de
professores CONCURSADOS. Professor contratado só para suprir
necessidades especificas como de licença-saúde/maternidade ou
licença-interesse. Os professores do Currículo, todos tem seu dia de
planejamento garantido, onde professores de educação fisica, artes,
filosofia e outras áreas, respeitando a autonomia de cada escola sobre a
disciplina a ser inserida nas séries iniciais, suprem esse dia em que o
professor deixa a sala de aula para planejar as atividades de seus
alunos. E outra coisinha importante, nenhum professor da aula de
disciplina que não é sua formação. Sabe aquela coisa de professor de
Geografia dar aula de história, de professor de Matemática dar aula de
física entre outros exemplos: Isso não acontece mais!
E quando os professores por ventura resolvem entrar em greve, pois
todos sabem que professor adora arranjar algum motivo para greve, o
secretário sempre apoia o movimento grevista. E não poderia ser
diferente, afinal, ele por muitos lados estava do outro lado, lutando
por direitos e não poderia ir contra a história de luta que ele
construiu frente a categoria.
Ameaça de cortar o ponto? Não, jamais! Um companheiro de luta jamais
poderia agir assim, pois seria considerado um TRAIDOR frente a
categoria.
Nisso tudo, não podemos esquecer do importante papel de sua fiel
escudeira, e também companheira de lutas, Maria Eulália Nascimento, que
tem um papel importantíssimo dentro desse governo, sempre dialogando com
a categoria, sempre do lado da categoria.
Por fim, hoje temos uma categoria unida e forte, satisfeita com os
rumos que a educação pública estadual tem seguido, com as politicas
implementadas por este governo e principalmente, da forma que ela é
valorizada, algo nunca antes acontecido em nosso magistério.
Obrigado Tarso! Obrigado José Clóvis! Obrigado Maria Eulália!”
Enfim, esse texto regado de ironias e sarcasmos (e mentiras) é
o mundo da fantasia que o Tarso, José Clóvis e Maria Eulália querem que
a sociedade Gaúcha pense sobre a educação Gaúcha. Já passou da hora da
categoria se mobilizar e denunciar as faláceas deste governo que mesmo
com 13 mil aprovados do último concurso, permite que centenas de escolas
iniciem o ano letivo com falta de professores. Que abre edital para a
contratação de professores temporários, além dos mais de 20 mil que
trabalham dentro desse regime “temporário”.
Que desrespeita a lei do piso tanto na questão salarial,
quanto no cumprimento do 1/3 da hora atividade de acordo com a
hora/aula, além dos professores das séries iniciais que não tem nenhuma
hora/atividade. Que permite que professores dêem aulas de disciplinas
fora de sua área de formação.
Enfim, motivos não nos faltam para denunciar como se encontra a educação pública Estadual do Rio Grande do Sul
Fonte: Blog Política Sem Partido